Passei a noite assistindo TV.
Desde nossa aventura na Cidade Capital há três meses atrás, eu estava com muita dificuldade em dormir. Sempre que fechava os olhos pesadelos aconteciam, quase sempre envolvendo Safira. Algo me dizia que ela não gostou de ser negada naquela vez. Minha rotina de sono era a coisa mais irregular do mundo. Eu costumava dormir dia sim, dia não. As vezes conseguia dormir uns três dias seguidos, mas em compensação ficava outra dois sem dormir. Meus sonhos/visões também se foram, há algumas semanas não conseguia ver nada sobre Heutz ou Arp. Era como se algo estivesse bloqueando.
Voltei para casa carregando Cara em minhas costas. Sua respiração estava normal e seu coração batia regularmente, isso significava que era apenas um simples desmaio.As pessoas da cidade nem se importaram, provavelmente pensando que ela apenas havia cochilado e eu a estava levando, como uma irmã mais velha faria.Mas o pessoal da casa, assim que colocaram os olhos nela, entenderam que algo ruim havia acabado de acontecer. Assim que abri a porta, me deparei comMorelo, Fischer e Aaron na sala.Morelofoi o pri
Estava tendo um sonho, algo que não acontecia a bastante tempo. Me via no meio de uma multidão no meio da Cidade Capital.Safira estava no topo de um prédio, ela ergueu suas mãos para o céu que repentinamente ficou vermelho. De repente uma enorme rocha, grande o suficiente para tampar todo o céu apareceu e começou a cair em nossa direção. Safira olhava direto para mim, como se estivesse me esperando fazer algo, mas não dava, não contra algo daquele tamanho. Eu, junto com o resto da multidão, tentamos correr dali, mas não parecia que iria fazer diferença, não tinha
Estava indo sozinha enfrentar dois chefes da máfia. Cara e Morelo provavelmente estavam a caminho do cruzeiro nesse momento e eu estava aqui, indo resgatar Klaus. Pensando bem, devo ter sido bem egoísta em ter deixado aquela carta vaga ao invés de contar a verdade para eles. O problema era que os dois tinham uma missão importantíssima para fazer e caso eu contasse, fariam questão de vir me ajudar, Fischer garantiria isso. Não iria mentir também e dizer que não fiquei com um pouco de medo de trazer Cara, seus poderes poderes andavam meio instáveis ultimamente e se falhassem em um momento crucial Klaus podia de fato morrer. Eu não conseguia deixar de olhar com preocupação para Klaus. Haviam vários homens armados acima de nós, mais esse cara armado com sua pantera. Se as coisas saíssem de controle para eles, iriam tentar atingir Klaus. - Calma.- Disse Lorenzo, percebendo minha preocupação. - Não iremos atacar seu namorado em hipótese nenhuma. Nós da máfia somos justos, nosso negócio é com você, então sugiro se preocupar com sua própria vida. Eu não sabia dizer se ele estava mentindo, tanto que suas palavras não me deixaram nem um pouco mais tranquila.Ophelia
Após o perigo passar, eu desabei no chão. Cai do lado de Klaus, que ainda estava desmaiado. - Aqui estamos eu e você de novo, em um esgoto... Ele não respondeu... Claro que não, estava inconsciente. Nós deveríamos sair daquele lugar, até porque os homens de Lorenzo alguma hora iriam descobrir que escapamos. Só que eu não conseguia me levantar, meu corpo estava pesado e minha visão ficando turva. A voz de Gabbiadini me fez recobrar os sentidos. Ele estava usando um capuz e óculos escuros, pra ninguém reconhece-lo. A viagem durou mais de 2 "horinhas", mas Aaron nos deixou no lugar correto. Era uma cidade costeira, ao norte deNaudínia. Descemos perto de onde iria ser o embarque, em um beco quase deserto. Cara estava usando um casaco com o capuz grande o suficiente para cobrir seu rosto. De lá, fomos em direção ao cruzeiro. Agora que estávamos perto o bastante do navio pudíamos ver o quanto ele era enorme. Era quase um edifício da Cidade Capital. O casco branco tinha pelo menos dez andares e acima dele haviam mais ou menos meia dúzia de conveses com seus balcões e vigias. O nome do navio estava pintado com letras vermelhas acima da linha de proa: ''Princesa Vitória''. A questão de chegar havia acabado de ser resolvida, agMorelo
Acordei numa cama de hospital.Não sabia se o que acontecera ontem havia sido real ou apenas um sonho maluco. Talvez eu estivesse no hospital porque tinha virado da cama por conta do pesadelo de ontem e bati a cabeça no chão. É, tinha que ser isso. Me levantei da cama e fui até a saída do quarto. Ao abrir a porta, me deparei com um soldado esperando do lado de fora do quarto.- Pai?- Chamei. Mas não era meu pai, eram apenas um soldado comum, alguém que eu nunca havia visto na vida.- Onde est&aacut
O trem a essa hora só tinha bêbados, vendedores de drogas, mulheres que ganhavam a vida de maneira "alternativa" e bandidos. Infelizmente havia atraído a atenção desse último grupo. Dois homens usando jaquetas e óculos escuros vieram na minha direção. - Oi, garoto.- Um deles disse.- Você não deveria estar aqui à essa hora da noite sozinho. - Pois é.- O outro concordou.- Pode atrair a atenção de gente ruim... - Tipo vocês?- Perguntei sarcásticamente. Eles se entreolharam. - Exatamente. - Celular, agora.- Um deles pediu enquanto erguia a mão na minha frente. Resolvi não reagir e entreguei lo