Vida difícil
— Ele acendeu o charuto diversas vezes e o apagava na palma da minha mão. Dizia que eu nunca mais deveria tocar algo que não me pertencesse. Ele fez isso tantas vezes que nem me lembro quando tive esperanças de que ele havia terminado. Porque quando eu tive, meu pai tirou o cinto e me deu uma surra, fiquei com marcas por quase duas semanas. Como eu disse, aguentei isso por anos. Eu não podia deixar meu irmão, não podia deixar Caroline. Foram três costelas quebradas, duas vezes o braço, uma vez o maxilar, e marcas roxas incontáveis. Humilhações, surras. Quando fiz quinze anos, eu tinha certeza que me pai me mataria. Foi aí eu que eu descobri que não poderia mais fazer isso, eu era a merda de um covarde. Mas eu não poderia mais ficar, por nenhum dos dois. — Sua voz sai baixa e letal.

— Eu fugi de casa e fiquei vivendo nas ruas de New York. Dormia em abrigos, comia sobras de comida. Quando fiz dezessete anos, consegui um emprego com o dono do abrigo. Como faxineiro de um abrigo de animai
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