— Ele acendeu o charuto diversas vezes e o apagava na palma da minha mão. Dizia que eu nunca mais deveria tocar algo que não me pertencesse. Ele fez isso tantas vezes que nem me lembro quando tive esperanças de que ele havia terminado. Porque quando eu tive, meu pai tirou o cinto e me deu uma surra, fiquei com marcas por quase duas semanas. Como eu disse, aguentei isso por anos. Eu não podia deixar meu irmão, não podia deixar Caroline. Foram três costelas quebradas, duas vezes o braço, uma vez o maxilar, e marcas roxas incontáveis. Humilhações, surras. Quando fiz quinze anos, eu tinha certeza que me pai me mataria. Foi aí eu que eu descobri que não poderia mais fazer isso, eu era a merda de um covarde. Mas eu não poderia mais ficar, por nenhum dos dois. — Sua voz sai baixa e letal. — Eu fugi de casa e fiquei vivendo nas ruas de New York. Dormia em abrigos, comia sobras de comida. Quando fiz dezessete anos, consegui um emprego com o dono do abrigo. Como faxineiro de um abrigo de animai
meses Depois. Eu nunca tive tanto medo que alguma coisa desse errado. Eu tremia e suava frio, tanta coisa podia potencialmente sair dos trilhos aqui, e depois, o que eu faria? Eu realmente não estava preparada, e se ele me odiar? E se depois for embora e me deixar? E se ele me achar fraca? — Ahh! — gritei. — Eu não vou aguentar. Eu estou morrendo. Suspirei fundo. Minhas primeiras contrações começaram na parte da tarde do dia anterior, e eu estava certa que eram apenas contrações de Braxton-Hicks. Mas quando senti tanta dor que tive vontade de torcer o pescoço de alguém, acabei indo para maternidade. — Respire devagar — uma enfermeira disse. — Eu não consigo. Preciso de uma anestesia. — Não, não — Alice, que estava do outro lado da sala comendo uma barra de cereal, falou. Você me fez prometer que, por mais que gritasse, chorasse, e implorasse eu ia te convencer a não tomar uma anestesia. — Além do mais, você está quase lá. Ela abaixa a cabeça de um ângulo estranho olhando entre as
Ethan Colleri tunner ( Antes) Há anos atrás, eu descobri a maneira mais difícil de deixar alguém. Eu fui obrigado a deixar meu irmão e Caroline para trás para sobreviver. Meu irmão, se tornou um desconhecido um dano colateral para o comportamento do meu pai assim como Caroline. Eu voltei por ela sete anos depois. Mas ela, como cada um de nós, ela não era mais a mesma. Meu pai, teve esse efeito sobre a gente. Arrancando a bondade de nossos corações e substituindo por puro e vil veneno. As vezes me pergunto se eu nunca tivesse ido embora se eles teriam se tornado oque são, se teriam tomado o caminho tortuoso e amargurado que tomaram. Me pergunto se eu mesmo seria um “eu” diferente? Um outro Ethan. — Você entende porque eu preciso da sua descrição? — Sua voz sai baixa e letal. Nada diferente do que se espera de uma CEO, muito bem sucedida. A mulher de pelo menos cinquenta anos vestida elegantemente na minha frente, pisca os olhos azuis para mim, com seriedade enquanto bebe o seu café.
Quatro anos depois Nicole — A Security Enterprises está envolvida no escândalo do século. Milhares de dólares desviados e lavagem de dinheiro — a repórter dizia no noticiário. Olhei, ainda desacreditada, para a mesma notícia que assolava as principais manchetes. O Ethan jamais faria isso. Não era à toa que a culpa estava caindo no principal contador da empresa. — Sr. Colle! Sr. Colle! — A repórter o abordava enquanto ele saía de um evento em Nova Iorque. Acompanhado. Meu coração ainda doía, mesmo depois de quase cinco anos sem vê-lo. Ele ainda me afetava. O Colleri, não era uma pessoa que gostava de aparecer em público, portanto, raramente via-se uma imagem dele. Agora, mesmo depois de todos esses anos, eu entendia o motivo, a história da sua juventude ainda me assombrava. Não parecia fazer sentido para as pessoas um CEO milionário, bonito e bem sucedido ter um passado desconhecido para o público. Aparentemente isso também foi motivo de desconfiança e investigação. Colle não estav
Nicholas estava tão ansioso que mal conseguiu dormir a noite passada. Ele verdadeiramente amava estar com Maria. — Maria! — Nicholas correu para os seus braços. — Menino, se acalme! — Ela o abraçou e afagou os seus cabelos. — Nós podemos comer sorvete?! E bolo?! Podemos ver os patos como da última vez? — Sim, pequeno, nós podemos! Só porque estamos no verão! — Ela lhe deu um beijo e sorriu. — Muito obrigada por levá-lo, Maria. Ele está muito empolgado. — Sorri com ternura. — Não é nada, querida. Como aqui, lá ele é a nossa alegria. Apenas aproveite o feriado e o final de semana. Você terá três dias para descansar. Fingi estar morrendo de alívio, botei minhas mãos no peito, e sorri. Agachei perto de Nicholas e comecei a me despedir. — Apenas seja um bom menino. Seja um cavalheiro, e trate-as como damas que realmente são. — Está bem, mamãe. — Ele me abraçou forte e eu tive uma súbita vontade de chorar. O tempo havia passado tão rápido, ele já era um homenzinho. Ajeitei sua blusa
Os mergulhos para o fundo do lado resultaram na parte de cima do meu biquíni tão frouxa que foi desprendido do meu corpo e se perdeu no fundo do lado. Mesmo dando vários mergulhos a procura da peça, parecia impossível acha-la naquele profundo e negrume lago de águas castanhas. Fiquei preocupada, porque a roupa que vim por cima do biquíni era de um branco leitoso, transparente que só tinha a função de decorar o look de verão. Eu estava sozinha na propriedade, mas fiquei ociosa, o caminho era longo, e já era pôr-do-sol. Depois de muito nadar à procura da peça, comecei a cogitar a ideia de sair assim mesmo. A viagem até a casa da irmã da Maria levaria umas quatro horas de ida e quatro de volta, e eles com certeza parariam para comer algo. Então não havia a possibilidade de eu sair dali e dar de cara com Will, por exemplo. Comecei a nadar de volta para o deck. Quando apoiei meus braços para subir, dei de cara com os mocassins mais bem engraxados que eu já vi na vida. Paro na frente dele,
Quando entrei em casa, a primeira coisa que eu fiz foi me apoiar na parede ao lado da porta. Minhas pernas pareciam feitas de gelatina, eu ainda estava tremendo e cheirando a Ethan. Porque ele voltou sem ao menos avisar? E de tantos dias porque tinha que ser hoje o dia que perdi o biquíni? É certo que ele me olhou, e eu realmente gostei quando o peguei me encarando, havia luxúria em seus olhos. Jesus amado, Eu queria aquele homem. Agora mesmo imagens obscenas de ele me puxando para cima dele no banco do seu carro, colocando a parte de baixo do meu biquíni para o lado e me penetrando com seu pau grande, chupando meus peitos e me deixando cavalgar nele me deixava quente entre as pernas. Eu precisava de um banho frio. ** Eu não tinha certeza de como falar com Ethan novamente, aquela cena havia sido vergonhosa. Aparentemente só percebi isso depois de me masturbar duas vezes no chuveiro enquanto pensava nele. Tomando um chá, a noite eu entendi que era inconveniente esse meu comportamen
Enquanto ela fala, não sei porque a primeira coisa que olho é para Ethan, e sua cabeça gira para cima e um músculo em sua mandíbula cerrada estremece, mas ele não desvia o olhar de ódio para Caroline. Ele Cerra os punhos e se levanta. — Merda! Ouvi alguém dizer. Em seguida, Colleri tomou à frente. — Que porra, de falta de educação é essa? — disse, gritando. Ele apoiou as mãos na mesa com força. — Eu não disse nada — Caroline resmungou. — Estou falando sobre experiências de amigas próximas. — Você não tem a porra de uma amiga Caroline. Não minta, usando sua falta de caráter como desculpa. Ela aperta a mão contra o peito, parecendo escandalizada e realmente magoada. Porque eu vejo malditamente lágrimas em seus olhos azuis. Rangendo os dentes contra uma onda de raiva, tento apaziguar: — Colle, tá tudo bem — falei, levantando, na tentativa de diminuir a discussão. — Eu estava mesmo de saída. Obrigada pela gentileza do café. As palavras saem calmas e firmes, muito mais firmes do q