Olívia ficou completamente perplexa ao ouvir o que Gael disse.Não era apenas o fato de Diogo sempre ter sido um homem gentil e educado, mas também porque, mesmo que ele quisesse se vingar de Gael, com o poder e os recursos que tinha, ele poderia simplesmente mandar alguém fazer o serviço sujo. Por que se arriscaria a sujar as próprias mãos?Recuperando a compostura, ela respondeu com seriedade: — Sr. Gael, isso que você está dizendo é muito grave. Você precisa de provas concretas. Além disso, o senhor deveria falar sobre isso com o Sr. Tiago e com a polícia, não comigo.— Srta. Olívia, você salvou minha vida... Eu sou eternamente grato! Não posso ficar de braços cruzados, vendo você ser enganada por um sujeito tão cruel! — Gael estava visivelmente aflito e sincero. — Eu sei que Diogo está tentando conquistá-la e que vocês têm ficado cada vez mais próximos. Mas eu temo que você não esteja enxergando o verdadeiro caráter dele e acabe sendo manipulada! Aquele desgraçado sempre foi um ps
— Gael perdeu uma perna. Ele não se mutilaria dessa forma só para incriminar você. — Disse Olívia.— Gael é apenas uma marionete do meu irmão. Ele fez muitos serviços sujos e acumulou inúmeros inimigos em Yexnard. Tem muita gente querendo se vingar dele, não se engane. — Diogo apertou os dentes. — Além disso, ele só está colhendo o que plantou.Então, ele contou a Olívia tudo o que havia acontecido no haras naquele dia.— Se há alguém com intenções malignas, esse alguém é o Gael!Olívia o observou, sem demonstrar nenhuma reação.— Vivia, eu nunca considerei a família Moura digna da minha atenção. Se eu quisesse prejudicá-los, não seria de maneira tão grosseira. Isso simplesmente não faz parte do meu estilo. — Diogo endireitou-se na cadeira, pegou a xícara de café e tomou um gole com elegância, exibindo seu típico ar de superioridade.Durante quinze anos, ele havia se acostumado a viver em País F, onde, para sobreviver, teve que abandonar sua consciência, desenvolver uma personalidade d
— Entendi, irmão. Não precisa vir me buscar, mais tarde eu mesma dirijo de volta....Naquela noite em Matear.Um Maserati preto entrou em alta velocidade pelos fundos da Villa Werland, executando um drift perfeito que o fez parar suavemente no jardim dos fundos.Bernardo, que não via há seis meses, saiu do carro com a mesma elegância de sempre e caminhou rapidamente na direção de Gilbert, que já o esperava.— Gilbert! Que saudade, irmão! — Exclamou Bernardo.— Eu também, mano. — Respondeu Gilbert, com um sorriso, enquanto olhava para a janela escura do carro. — O Gabriel está aí dentro?— Sim. — Respondeu Bernardo com um sorriso sarcástico. — E não está nada contente.— Bom, por mais rebelde que ele seja, tenho certeza de que se acalmou com você. — Comentou Gilbert, com uma expressão preocupada. — Mas... Você não fez nada que o machucasse, né?— Depende do que você quer dizer. — Respondeu Bernardo, fingindo refletir. — Fisicamente, não. Agora, emocionalmente... Talvez.Gilbert ficou e
Gabriel olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas, incrédulo e assustado.O que estava acontecendo na cabeça desse cara?Se ele não fosse bonito, Gabriel realmente pensaria que ele era um lunático!— Você está com os caras que me sequestraram? Vocês são sequestradores? — Gabriel perguntou com a voz trêmula.— Sr. Gabriel, seja bem-vindo a Yexnard. — Respondeu Gilbert, estreitando os olhos enquanto estendia a mão, com um ar de cavalheiro. — Permita-me apresentar: sou Gilbert, presidente do Grupo Bastos. Um prazer conhecê-lo.— Grupo Bastos... — Gabriel ficou atônito. — Minha tia é sua... Você é...— Exatamente quem você está pensando. — Respondeu Gilbert, apertando levemente os dedos e sorrindo de forma contida. — Podemos apertar as mãos quando meu irmão te soltar.— Irmão! — Bernardo voltou caminhando rapidamente, reclamando enquanto se aproximava. — Esse banheiro é longe demais! Quase não chego a tempo! Pra que construir uma casa tão grande?Gilbert franziu o cenho, com uma expre
No segundo seguinte, Gabriel se inclinou abruptamente para a frente, suas mãos longas se agarrando aos ombros largos de Gilbert, e todo o seu corpo foi parar no peito firme do outro. Gilbert, rápido e atento, envolveu a cintura de Gabriel com uma mão forte, temendo que ele caísse.Os dois homens ficaram numa posição que lembrava aquelas cenas dramáticas de novelas românticas, deixando Bernardo perplexo ao lado.— Me... Me desculpe. — Disse Gabriel, com as bochechas coradas de vergonha. Ele estava furioso, mas, de alguma forma, ao ser abraçado por Gilbert, sua raiva parecia se dissipar como por encanto.— Não diga isso, quem deve se desculpar somos nós. — Respondeu Gilbert sem hesitar, levantando Gabriel nos braços como se ele não pesasse nada.O coração de Gabriel batia tão forte que ele achou que iria explodir. Ele sempre foi um conquistador, brincando com os sentimentos alheios e se entregando aos prazeres carnais, especialmente depois de algumas doses. Foi assim que acabou caindo na
Na sala de estar, Olívia estava carinhosamente abraçada a Bernardo, que também a segurava com um braço firme. Se não fossem irmãos, qualquer um poderia pensar que eram um casal recém-reunido após uma breve separação.— Bernardo, desta vez você realmente se esforçou por mim. — Disse Olívia, fazendo um biquinho adorável.— Não foi esforço nenhum, só trouxe uma pessoa, não tem nada de mais nisso. — Respondeu Bernardo, acariciando a cabeça dela, com os olhos cheios de saudade e ternura. — Se for para te ver feliz, até mato ele se precisar.Breno sentiu um calafrio, enquanto Pietro quase cuspiu o refrigerante que estava bebendo.Nesse momento, Gilbert desceu as escadas.— Ele está dormindo.— Deve estar exausto, deixe-o descansar um pouco. — Suspirou Olívia. — Acho que fui precipitada. Agindo assim, posso acabar piorando as coisas. Se Gabriel se irritar e decidir não nos ajudar, não posso simplesmente colocar uma faca no pescoço dele para forçá-lo.— Vivia, não se preocupe. — Disse Gilbert,
— Ei, irmãzinha, no que você está pensando? Seus olhos estão perdidos. — Bernardo notou o olhar vazio de Olívia e logo passou a mão na frente do rosto dela para chamar sua atenção.— Bernardo, eu...Olívia pensou na mulher que se parecia com ela, hesitando, como se quisesse falar, mas sem conseguir.— O que foi, Vivia? Você sempre foi tão direta. Agora está gaguejando? — Perguntou Bernardo, surpreso.— Não é nada, de verdade.Era só uma mulher que Bernardo encontrou por acaso, e ainda por cima, bem longe, no País M. Mesmo que tivesse suas dúvidas, Olívia sabia que não tinha como investigar essa mulher; a única pista estava com Dalila.Mas de que adiantaria investigar?Naquele dia, na frente do avô, Charles disse claramente que entre eles estava tudo acabado, que não havia mais volta. Então, por que ela ainda hesitava? Por que ainda sentia essa tristeza?Olívia soltou um riso silencioso e amargo, levando a taça de vinho aos lábios e esvaziando-a de uma só vez.Que tolice a dela, insisti
Pietro arregalou os olhos, quase desejando dar um chute no irmão bobo.— Eu nunca vi um homem tão bonito assim antes, só fiquei curioso, sabe? E se ele for um transexual?Olívia revirou os olhos, frustrada.— Você tem uma imaginação fértil, né?Bernardo interveio.— Qual é a curiosidade normal que um homem tem sobre outro homem?Pietro respondeu.— Isso é porque eu sou jovem. Só pessoas mais velhas perdem a curiosidade!Enquanto os irmãos discutiam, a noite chegou ao fim....No dia seguinte.Gabriel, ainda ajustando seu horário, só acordou ao meio-dia.Quando abriu os olhos sonolentos, ouviu batidas ritmadas na porta.Inicialmente, ele não estava com vontade de atender, mas as batidas persistiram, incansáveis.— Que é isso? Não deixa ninguém dormir? Que saco!Gabriel se levantou da cama e, irritado, foi até a porta para abri-la com força.Quando viu Gilbert, vestido com um terno impecável, parado na porta, ele ficou paralisado.Gilbert, mantendo a compostura, deixou seus olhos vagarem