Olívia sentou-se ereta sem perceber, com o coração acelerado, os olhos fixos no palco.Laís, que estava mais perto da irmã, percebeu imediatamente a mudança de humor dela e lançou um olhar mais profundo.Os olhares de todos se voltaram novamente para o palco, desviando-se de Diogo.— Haha! O presente do meu neto, o presente do meu neto! — Haroldo exclamou, batendo no ombro de Gilbert à esquerda e de Tiago à direita, visivelmente empolgado.Ele sabia que seu neto não deixaria Diogo, com todas as suas artimanhas, roubar a cena.— Tiago, pelo que vejo, seu filho mais novo está interessado na Jenny, né? — Haroldo perguntou curioso, levantando uma sobrancelha branca.— Jenny?— Ah... Quer dizer, Vivia. Jenny é o apelido dela, já me acostumei a chamá-la assim. — Haroldo corrigiu-se com um sorriso.Tiago apertou os lábios, mantendo suas emoções ocultas. — Meu filho Diogo sempre foi um espírito livre. O que ele pensa, eu realmente não sei.— Você não sabe? — Haroldo riu com malícia, pressiona
— O presente que preparei não é algo de grande valor, mas acredito que o que importa não é o valor, e sim a sinceridade. Meu presente representa minha sinceridade, espero que goste. — Disse Charles, com uma atitude humilde e elegante.Olívia apoiou o queixo na mão, olhando para o cafajeste, levantando uma sobrancelha.Sempre frio e orgulhoso, como uma flor no topo de uma montanha, era raro vê-lo tão acessível. Que ator!— Já que é um presente do Sr. Charles, vamos ver o que é. — Disse Érico, com um tom de desdém, parecendo relutante.Glória sorriu amargamente, refletindo o quanto ela detestava Charles desde o fundo de sua alma.Diogo, observando Érico, quase riu.Não importava o quanto Charles tentasse agradar, ele feriu profundamente Olívia, o que significava que ele ofendeu toda a família Bastos. Seus erros eram como um buraco no céu, impossível de consertar.Glória e Érico levantaram o pano vermelho, revelando uma coroa de ouro incrustada com pérolas dentro de uma caixa de vidro tra
Dizer que não ficar tocado seria mentira.Érico ouviu tudo em silêncio, profundamente emocionado, e olhou para Charles com uma expressão menos hostil do que antes. — Chad, você realmente se esforçou. Este presente foi dado com muito cuidado e dedicação. Obrigado pelo seu empenho.— Sr. Érico, não precisa agradecer. — Charles respondeu com uma expressão calma, mas seu coração batia acelerado e seus dedos estavam entrelaçados de nervosismo.Chad...Érico o chamara de Chad!Aquela sensação de reconhecimento era como se, após treze anos de um relacionamento difícil com Olívia, ele finalmente tivesse a aprovação do sogro bilionário!Ele sabia que não conseguiria dormir de tanta emoção naquela noite!Diogo, ao perceber que Charles estava ganhando terreno e até recebendo elogios de Érico, sentiu uma raiva esmagadora tomar conta de si.Ele sempre se considerara mestre em manipulação e psicologia, mas perder para Charles por causa de um simples presente era intolerável!— Além disso, tenho out
— Mas sabe por que você perdeu para mim, mesmo tendo se esforçado tanto? — Charles perguntou, sem qualquer emoção nos olhos. — Eu posso usar meus truques e estratégias, mas é tudo para agradar a Vivia. Suas intenções, porém, não são tão puras. Desde o momento em que você insistiu em trazer sua mãe doente para a festa, você selou seu destino como meu derrotado.Com essas palavras, Charles se afastou com passos largos.Diogo ficou sem fôlego, seus olhos expressando uma raiva intensa....A festa continuava animada e cheia de alegria.Charles, sentindo-se vitorioso, decidiu sair para fumar um cigarro como forma de comemoração.Ele mal tinha saído do salão quando ouviu uma voz feminina e charmosa chamando seu nome, mexendo com suas emoções.— Charles!Ele engoliu em seco e se virou rapidamente.Olívia, com seus saltos altos sensuais, caminhava em sua direção como uma brisa suave.Seus olhos brilhantes e cristalinos cintilavam, seu cabelo sedoso balançava levemente, e seus lábios vermelhos
Charles segurava a mão de Olívia, caminhando apressadamente pelos corredores luxuosos e vazios.Eles pareciam dois jovens nobres, abandonando as amarras da sociedade, prontos para uma fuga apaixonada e proibida.Olívia observava atentamente as costas largas e firmes do homem à sua frente, sentindo uma sensação de segurança. Seu peito subia e descia, e suas palmas começaram a suar levemente.Naquele momento, ela admitiu que sentia um pequeno fascínio por ele.Ao mesmo tempo, ela sentia uma certa raiva de si mesma, odiando-se por ter gostado dele treze anos atrás, três anos atrás, e agora, de novo, por sentir algo por ele apenas por um simples toque de mãos.Que raiva! Ele não merecia isso!Charles estava de ótimo humor, levando-a rapidamente até parar em frente a uma suíte luxuosa.Olívia, com o coração acelerado e o rosto em chamas de vergonha e raiva, soltou sua mão com força e exclamou furiosa:— Charles! O que você pensa que está fazendo? No meu território e você ousa me tratar assi
Assim que Olívia entrou no quarto, viu sobre a mesa de centro uma caixa de coleção de ébano de alta qualidade.Ela tinha um olhar treinado para reconhecer tesouros, e só de olhar para a caixa, já sabia que o conteúdo não era comum.— Que caixa linda... — Olívia murmurou, encantada.— Não olhe apenas para a caixa. Abra e veja o que tem dentro. — Charles se aproximou dela com passos suaves.Toda a atenção dele estava focada naquele rosto que tanto o fascinava.Olívia, cheia de curiosidade e expectativa, limpou as mãos húmidas no vestido.Esse gesto adorável não passou despercebido pelo homem, que sentiu um calor percorrer seu corpo, gostando ainda mais dela.Olívia abriu a caixa com cuidado, revelando um cálice de pé alto em esmalte vermelho sobre uma base azul e rosa. A combinação de cores era tão bela que parecia irreal!— Uau! Meu Deus! — Olívia exclamou, cobrindo os lábios vermelhos com as mãos.No museu particular de Érico, havia inúmeras joias e antiguidades nacionais e internacion
— Eu... Eu não sei... Eu não vou dançar...Samara estava tranquilamente sentada no sofá de um canto, bebendo suco e comendo bolo, bastante confortável. Quem diria que Benjamin iria insistir tanto para tirá-la dali e fazê-la dançar?Ela já tinha visto seus pais dançarem, e também a Chica, mas ela mesma nunca tinha tentado. Além disso, nunca imaginou que teria a chance de ser o centro das atenções de qualquer forma.— Não tem problema, eu te ensino devagar, Samara. — Benjamin, com paciência, colocou as mãos nos ombros dela, tentando convencê-la.— Eu não vou... Benjamin. — Samara abaixou a cabeça, com um pedacinho de creme ainda grudado no canto da boca, parecendo tão triste que dava vontade de abraçá-la. — Todo mundo dança tão bem, eu não sei dançar, vou te fazer passar vergonha. E... E eu não gosto de lugares cheios, me deixam ansiosa.Os olhos de Benjamin se encheram de dor. A segunda frase dela era a que mais importava.Ele sempre tentava cuidar bem dela, mas às vezes, na empolgação
— Posso te convidar para uma dança? — Perguntou Pietro.Dora levantou-se com elegância, colocando sua mão delicada na dele. — Claro.Sob a luz, Pietro franziu ligeiramente a testa.Ele percebeu um brilho de lágrimas nos olhos dela.Sem querer, apertou um pouco os dedos, fazendo Dora sentir um calafrio e querer soltar a mão.— O quê? Arrependeu-se? — Pietro arqueou uma sobrancelha, a voz ficando mais grave.— Não... Mas por que está apertando minha mão? — Dora perguntou, com um olhar de leve irritação.— Se não apertar sua mão, devo apertar seu pé? — Pietro achou a pergunta dela um pouco boba e brincou.— Você! — Dora estava prestes a responder, mas Pietro a puxou pela cintura, girando-a de repente!Ela viu as luzes passarem rapidamente e, num piscar de olhos, já estava dançando com ele ao som da música.— Você estava chorando agora há pouco? — Pietro perguntou baixinho, segurando-a pela cintura e olhando para seus olhos avermelhados.— Quem estava chorando? Eu estava com sono e boceje