— O presente que preparei não é algo de grande valor, mas acredito que o que importa não é o valor, e sim a sinceridade. Meu presente representa minha sinceridade, espero que goste. — Disse Charles, com uma atitude humilde e elegante.Olívia apoiou o queixo na mão, olhando para o cafajeste, levantando uma sobrancelha.Sempre frio e orgulhoso, como uma flor no topo de uma montanha, era raro vê-lo tão acessível. Que ator!— Já que é um presente do Sr. Charles, vamos ver o que é. — Disse Érico, com um tom de desdém, parecendo relutante.Glória sorriu amargamente, refletindo o quanto ela detestava Charles desde o fundo de sua alma.Diogo, observando Érico, quase riu.Não importava o quanto Charles tentasse agradar, ele feriu profundamente Olívia, o que significava que ele ofendeu toda a família Bastos. Seus erros eram como um buraco no céu, impossível de consertar.Glória e Érico levantaram o pano vermelho, revelando uma coroa de ouro incrustada com pérolas dentro de uma caixa de vidro tra
Dizer que não ficar tocado seria mentira.Érico ouviu tudo em silêncio, profundamente emocionado, e olhou para Charles com uma expressão menos hostil do que antes. — Chad, você realmente se esforçou. Este presente foi dado com muito cuidado e dedicação. Obrigado pelo seu empenho.— Sr. Érico, não precisa agradecer. — Charles respondeu com uma expressão calma, mas seu coração batia acelerado e seus dedos estavam entrelaçados de nervosismo.Chad...Érico o chamara de Chad!Aquela sensação de reconhecimento era como se, após treze anos de um relacionamento difícil com Olívia, ele finalmente tivesse a aprovação do sogro bilionário!Ele sabia que não conseguiria dormir de tanta emoção naquela noite!Diogo, ao perceber que Charles estava ganhando terreno e até recebendo elogios de Érico, sentiu uma raiva esmagadora tomar conta de si.Ele sempre se considerara mestre em manipulação e psicologia, mas perder para Charles por causa de um simples presente era intolerável!— Além disso, tenho out
— Mas sabe por que você perdeu para mim, mesmo tendo se esforçado tanto? — Charles perguntou, sem qualquer emoção nos olhos. — Eu posso usar meus truques e estratégias, mas é tudo para agradar a Vivia. Suas intenções, porém, não são tão puras. Desde o momento em que você insistiu em trazer sua mãe doente para a festa, você selou seu destino como meu derrotado.Com essas palavras, Charles se afastou com passos largos.Diogo ficou sem fôlego, seus olhos expressando uma raiva intensa....A festa continuava animada e cheia de alegria.Charles, sentindo-se vitorioso, decidiu sair para fumar um cigarro como forma de comemoração.Ele mal tinha saído do salão quando ouviu uma voz feminina e charmosa chamando seu nome, mexendo com suas emoções.— Charles!Ele engoliu em seco e se virou rapidamente.Olívia, com seus saltos altos sensuais, caminhava em sua direção como uma brisa suave.Seus olhos brilhantes e cristalinos cintilavam, seu cabelo sedoso balançava levemente, e seus lábios vermelhos
Charles segurava a mão de Olívia, caminhando apressadamente pelos corredores luxuosos e vazios.Eles pareciam dois jovens nobres, abandonando as amarras da sociedade, prontos para uma fuga apaixonada e proibida.Olívia observava atentamente as costas largas e firmes do homem à sua frente, sentindo uma sensação de segurança. Seu peito subia e descia, e suas palmas começaram a suar levemente.Naquele momento, ela admitiu que sentia um pequeno fascínio por ele.Ao mesmo tempo, ela sentia uma certa raiva de si mesma, odiando-se por ter gostado dele treze anos atrás, três anos atrás, e agora, de novo, por sentir algo por ele apenas por um simples toque de mãos.Que raiva! Ele não merecia isso!Charles estava de ótimo humor, levando-a rapidamente até parar em frente a uma suíte luxuosa.Olívia, com o coração acelerado e o rosto em chamas de vergonha e raiva, soltou sua mão com força e exclamou furiosa:— Charles! O que você pensa que está fazendo? No meu território e você ousa me tratar assi
Assim que Olívia entrou no quarto, viu sobre a mesa de centro uma caixa de coleção de ébano de alta qualidade.Ela tinha um olhar treinado para reconhecer tesouros, e só de olhar para a caixa, já sabia que o conteúdo não era comum.— Que caixa linda... — Olívia murmurou, encantada.— Não olhe apenas para a caixa. Abra e veja o que tem dentro. — Charles se aproximou dela com passos suaves.Toda a atenção dele estava focada naquele rosto que tanto o fascinava.Olívia, cheia de curiosidade e expectativa, limpou as mãos húmidas no vestido.Esse gesto adorável não passou despercebido pelo homem, que sentiu um calor percorrer seu corpo, gostando ainda mais dela.Olívia abriu a caixa com cuidado, revelando um cálice de pé alto em esmalte vermelho sobre uma base azul e rosa. A combinação de cores era tão bela que parecia irreal!— Uau! Meu Deus! — Olívia exclamou, cobrindo os lábios vermelhos com as mãos.No museu particular de Érico, havia inúmeras joias e antiguidades nacionais e internacion
— Eu... Eu não sei... Eu não vou dançar...Samara estava tranquilamente sentada no sofá de um canto, bebendo suco e comendo bolo, bastante confortável. Quem diria que Benjamin iria insistir tanto para tirá-la dali e fazê-la dançar?Ela já tinha visto seus pais dançarem, e também a Chica, mas ela mesma nunca tinha tentado. Além disso, nunca imaginou que teria a chance de ser o centro das atenções de qualquer forma.— Não tem problema, eu te ensino devagar, Samara. — Benjamin, com paciência, colocou as mãos nos ombros dela, tentando convencê-la.— Eu não vou... Benjamin. — Samara abaixou a cabeça, com um pedacinho de creme ainda grudado no canto da boca, parecendo tão triste que dava vontade de abraçá-la. — Todo mundo dança tão bem, eu não sei dançar, vou te fazer passar vergonha. E... E eu não gosto de lugares cheios, me deixam ansiosa.Os olhos de Benjamin se encheram de dor. A segunda frase dela era a que mais importava.Ele sempre tentava cuidar bem dela, mas às vezes, na empolgação
— Posso te convidar para uma dança? — Perguntou Pietro.Dora levantou-se com elegância, colocando sua mão delicada na dele. — Claro.Sob a luz, Pietro franziu ligeiramente a testa.Ele percebeu um brilho de lágrimas nos olhos dela.Sem querer, apertou um pouco os dedos, fazendo Dora sentir um calafrio e querer soltar a mão.— O quê? Arrependeu-se? — Pietro arqueou uma sobrancelha, a voz ficando mais grave.— Não... Mas por que está apertando minha mão? — Dora perguntou, com um olhar de leve irritação.— Se não apertar sua mão, devo apertar seu pé? — Pietro achou a pergunta dela um pouco boba e brincou.— Você! — Dora estava prestes a responder, mas Pietro a puxou pela cintura, girando-a de repente!Ela viu as luzes passarem rapidamente e, num piscar de olhos, já estava dançando com ele ao som da música.— Você estava chorando agora há pouco? — Pietro perguntou baixinho, segurando-a pela cintura e olhando para seus olhos avermelhados.— Quem estava chorando? Eu estava com sono e boceje
— Filho ingrato! Eu sou seu pai, como você pode falar assim comigo? — Tiago bufava de raiva, quase perdendo o controle.Se não fosse pela presença dos convidados ao redor, ele já teria dado um tapa em Diogo!A geração deles, exceto Érico, sempre acreditou que "as melhores pessoas não precisam ser ensinadas, as medianas precisam de disciplina rígida e as piores precisam de castigo físico". Para lidar com esse filho ingrato, Tiago achava que precisava ser severo.— Se você respeitasse minha mãe, eu ainda poderia tentar manter algum respeito entre nós. Mas se não o fizer, tenho coisas piores para dizer, pode esperar. — Diogo sorriu, mas seus olhos não mostravam nenhum traço de alegria.Seu sorriso era frio e cruel, fazendo até mesmo Tiago sentir um calafrio....No final do corredor, na varanda ao estilo europeu, pai e filho se encaravam.A temperatura externa era baixa, mas não tanto quanto a tensão entre eles.— O que você quer afinal? — Tiago perguntou com o rosto fechado.— Eu não sab