— Posso te convidar para uma dança? — Perguntou Pietro.Dora levantou-se com elegância, colocando sua mão delicada na dele. — Claro.Sob a luz, Pietro franziu ligeiramente a testa.Ele percebeu um brilho de lágrimas nos olhos dela.Sem querer, apertou um pouco os dedos, fazendo Dora sentir um calafrio e querer soltar a mão.— O quê? Arrependeu-se? — Pietro arqueou uma sobrancelha, a voz ficando mais grave.— Não... Mas por que está apertando minha mão? — Dora perguntou, com um olhar de leve irritação.— Se não apertar sua mão, devo apertar seu pé? — Pietro achou a pergunta dela um pouco boba e brincou.— Você! — Dora estava prestes a responder, mas Pietro a puxou pela cintura, girando-a de repente!Ela viu as luzes passarem rapidamente e, num piscar de olhos, já estava dançando com ele ao som da música.— Você estava chorando agora há pouco? — Pietro perguntou baixinho, segurando-a pela cintura e olhando para seus olhos avermelhados.— Quem estava chorando? Eu estava com sono e boceje
— Filho ingrato! Eu sou seu pai, como você pode falar assim comigo? — Tiago bufava de raiva, quase perdendo o controle.Se não fosse pela presença dos convidados ao redor, ele já teria dado um tapa em Diogo!A geração deles, exceto Érico, sempre acreditou que "as melhores pessoas não precisam ser ensinadas, as medianas precisam de disciplina rígida e as piores precisam de castigo físico". Para lidar com esse filho ingrato, Tiago achava que precisava ser severo.— Se você respeitasse minha mãe, eu ainda poderia tentar manter algum respeito entre nós. Mas se não o fizer, tenho coisas piores para dizer, pode esperar. — Diogo sorriu, mas seus olhos não mostravam nenhum traço de alegria.Seu sorriso era frio e cruel, fazendo até mesmo Tiago sentir um calafrio....No final do corredor, na varanda ao estilo europeu, pai e filho se encaravam.A temperatura externa era baixa, mas não tanto quanto a tensão entre eles.— O que você quer afinal? — Tiago perguntou com o rosto fechado.— Eu não sab
Diogo estava quase fora de si, os ombros tremendo violentamente, e sua voz rouca carregava uma dor profunda:— Eu já disse inúmeras vezes, foram Jair, Gael e Tábata, os três filhos que você mais confia e ama, que armaram contra minha mãe! Você não investigou a verdade, não ouviu as explicações da minha mãe, e simplesmente a mandou para aquele lugar horrível... Casar com você foi a maior desgraça da vida dela!— Eu a mandei embora, mas deixei o título de esposa! Isso já foi um grande favor! Naquela época, eu vi com meus próprios olhos, peguei ela no flagra! O que mais ela poderia dizer? — Tiago estava furioso, seu rosto velho vermelho de raiva.Lembrar daquele escândalo o fazia querer estrangular Verônica, e também o filho ingrato à sua frente!— Idiota. — Diogo resmungou com um sorriso frio, virando-se novamente.Na verdade, ele não queria trazer esse assunto à tona, pois cada vez que mencionava a humilhação de sua mãe, seu coração doía intensamente. Desta vez, foi apenas uma coincidên
Contanto que sua mulher ficasse feliz, latir a noite toda não seria problema.— Charles, você está... Você está louco. — Olívia não aguentava mais ouvir aquilo, estava morrendo de vergonha por ele. — Se eu mandar você pular de uma ponte, você pula?— Eu não quero morrer, porque morto não posso ver você.Com essas palavras, Charles lentamente virou o corpo dela para que ficasse de frente para ele.Olívia olhou diretamente nos olhos dele e pôde ver a paixão ardente, fervendo, quase transbordando. Era um olhar tão nu, tão desesperado para que ela visse.Os olhos dele diziam tudo, mas ele também falava demais!— Charles...Olívia abriu ligeiramente os lábios, mas antes que pudesse continuar, Charles arrancou a própria gravata e a estendeu para ela.— Vivia, me leva para casa.Olívia ficou olhando para a gravata, completamente desorientada.Charles engoliu em seco, o pomo de Adão subindo e descendo enquanto ele mantinha o olhar fixo nos lábios húmidos dela. Ele se inclinou levemente.A visã
Charles ficou visivelmente surpreso, suas mãos, que tentavam oferecer conforto, ficaram paradas no ar, rígidas e sem jeito.— Eu vi que você estava muito preocupada, só queria...— Vou repetir mais uma vez, meus problemas não te dizem respeito!Olívia não tinha paciência para continuar discutindo com ele. Desviou-se rapidamente, olhando para o celular enquanto corria para fora.Um estrondo ecoou quando a porta se fechou com força.Charles sentiu que o momento de ternura que havia conquistado desaparecera completamente. Tudo o que aconteceu parecia um belo balão colorido que subiu ao céu, apenas para ser cruelmente estourado por ela.O presente valioso que ele lhe dera, uma antiguidade de valor inestimável, também fora deixado para trás.Para Olívia, apenas sua família importava; todo o resto era irrelevante.Charles estava profundamente magoado, sentindo uma dor aguda no coração.Mas não era momento para lamentações. Ele rapidamente se recompôs e saiu do quarto a passos largos.— Presi
— Presidente Charles! Para onde o senhor vai? — Dante perguntou apressado.O homem parou, mas não se virou. — A Vivia foi ajudar a família dela, preciso proteger ela.Não importava que ela não o amasse, ou que não tivesse lugar para ele em seu coração.Ele a tinha incorporado à sua vida, ao seu sangue, e isso bastava....Quando os escândalos vieram à tona, com o empurrão do mandante por trás, o passado vergonhoso de Glória voltou a ser assunto quente!Repórteres se dirigiram como enxames de gafanhotos para o Village Garden Hotel.E a opinião pública na internet também mudou drasticamente:[Nunca imaginei ver um lado tão feio de uma estrela tão famosa!][Caramba! Isso é ridículo! Enquanto outros se despedem do palco com lágrimas, a Glória fez isso com urina, haha!][Vocês jovens nunca ouviram falar, mas eu já sabia. A Glória saiu do showbiz por causa de um escândalo envolvendo drogas!][Isso é chocante! Será verdade?][E pensar que o Érico ainda quis ficar com uma mulher dessas! A fam
— Vivia, você está sangrando! — Pietro exclamou ao ver os dedos ensanguentados de Olívia, quase chorando de preocupação. — Vasco, chama uma ambulância! Rápido!— Um cortezinho desses e você já está desesperado? Que falta de experiência! — Os olhos de Olívia brilhavam com uma frieza assustadora enquanto ela balançava a mão diante de Pietro.No segundo seguinte, Olívia arrancou a gravata de Pietro e, com habilidade, a enrolou em torno de sua mão machucada.— Caramba! Que impressionante! — Vasco não pôde deixar de admirar, completamente fascinado pela irmã.— Vivia, calma. — Gilbert segurou a mão de Olívia com a gravata, cheio de preocupação. — Por mais irritada ou ansiosa que esteja, não pode se machucar assim. Somos uma família, unidos, podemos resolver qualquer problema.— Irmãos, fiquem aqui e descubram quem está por trás disso! Deixem tia Glória e Hebe comigo, eu as levarei para casa em segurança!Assim que terminou de falar, Olívia virou-se e correu rapidamente.— Ei! Vivia! Sua mão
Os jornalistas soltaram risadas maliciosas.Schadenfreude, malícia, zombaria, desprezo, ódio... Cada olhar afiado lançada sobre Glória era como um punhal, uma dor esmagadora que a consumia, como um enxame de formigas devorando seu coração.— Mãe, não tenha medo, eu vou te proteger!Hebe abraçou a mãe com força, protegendo-a, devolvendo cada olhar insidioso com uma determinação feroz.A menina, geralmente tímida e cuidadosa, agora mostrava um olhar firme e destemido, sem um pingo de medo.— Eu nunca vou deixar ninguém te machucar... Nunca!— Hebe... Está tudo bem... Tudo bem... — Glória balançava a cabeça, com o olhar vazio e confuso.Hebe viu o estado da mãe e não conseguiu segurar as lágrimas, que escorriam e se misturavam aos cabelos de Glória.— O que você disse? Repete se tiver coragem! — Aurora apontou para o rosto do jornalista, vermelha de raiva, prestes a explodir.— Sra. Aurora, essa questão não tem nada a ver com você, por que tanta raiva? — Zombou outro jornalista.Maia fran