Benjamin engoliu seco, o pomo de Adão subindo e descendo com força, enquanto o desejo queimava dentro dele. Ele já sabia exatamente como iria mimar Samara naquela noite, e as posições... Bem, essas já estavam todas planejadas.— Tarado! — Olívia mordeu o lábio vermelho e, sem hesitar, deu-lhe uma cotovelada certeira nas costelas.Os três voltaram para a sala e se sentaram. Samara, naquele momento, havia adormecido no sofá, enquanto assistia à televisão. Stéphanie cuidou de ajeitá-la antes de descer e trazer suco para os demais.Ela lançou um olhar para Benjamin, hesitante em falar algo. Afinal, não era o momento certo para fazer qualquer relato.— Eu fui até minha casa. — Benjamin baixou os olhos, mexendo o copo de suco e falando em um tom baixo, cheio de culpa. — Chad, Vivia, preciso pedir desculpas antes de qualquer coisa. O meu avô conseguiu tirar a Dalila da prisão.Ao ouvir aquele nome, os olhos de Charles brilharam com uma frieza cortante.— Ela cometeu erros absurdos, ninguém
Diogo estava simplesmente deslumbrante, exalando masculinidade e uma tensão sexual irresistível. Cauã não conseguia entender como Olívia podia ser tão cega. Que tipo de olhar ela tinha para não enxergar um homem tão impecável como Diogo? Foi então que o alvo distante começou a se mover lentamente em direção a eles. Quando chegou mais perto, Cauã percebeu, chocado, que no centro do alvo estava colada uma foto... de Charles! E, sem hesitar, Diogo disparou três tiros seguidos. Cada um deles acertou em cheio a cabeça do homem na foto. — Impressionante, Sr. Diogo! O senhor é um verdadeiro mestre, nunca erra um tiro! — Exclamou Cauã, aplaudindo e enchendo-o de elogios. — Uma pena. — Diogo recolheu a arma, abrindo levemente os lábios. — Pena? — Pena que seja apenas uma foto, e não o próprio Charles. — Ele nem sequer olhou para Cauã enquanto tirava um lenço branco do bolso de sua calça social e começou a limpar a arma com precisão. — O que você tem para me dizer? — Sr. Diogo, r
Diogo ficou paralisado, o rosto petrificado em uma expressão rígida. Érico não havia mencionado seu nome, mas Diogo sentiu como se cada palavra dita fosse uma lâmina direcionada exclusivamente a ele. A raiva fervilhava em seu peito, queimando seu rosto pálido de indignação. — Sr. Érico, tudo o que Charles está fazendo agora não passa de um espetáculo para agradar e enganar Vivia. — Diogo apertou os punhos com força, o desejo de destruir Charles ainda vivo dentro dele. — Se ele realmente amasse Vivia, como pode ter passado três anos casado com ela, convivendo diariamente, sem se apaixonar por uma mulher tão bela e extraordinária? Não, ele a abandonou cruelmente no final. Isso prova que o que ele sentia por ela nunca foi verdadeiro! Isso nunca foi amor! — Nunca foi amor? — Érico arqueou uma sobrancelha, curioso. — O senhor já parou para pensar em quando Charles começou a demonstrar interesse por Vivia? Não foi logo depois do divórcio, quando ele descobriu que a mulher que ele des
Érico lançou um olhar desconfiado para Dimitri. — Pelo visto, você tem uma boa impressão de Charles? Dimitri permaneceu calmo, como sempre. — O senhor está enganado. Eu só estou analisando os fatos. A Srta. Olívia foi alguém que vi crescer, e eu também me preocupo com ela. Desejo, de coração, que ela encontre o homem certo para se casar. — Ah, claro! E você acha que elogiar Charles indiretamente não deixa isso bem claro? — Érico retrucou, com sarcasmo evidente. Dimitri preferiu não responder, optando pelo silêncio. De repente, Érico parou bruscamente, os olhos fixos na janela à sua frente. Dimitri, intrigado, seguiu seu olhar. Daquele ângulo, era possível ver a entrada da Villa Werland. Lá fora, Diogo, furioso, jogava no chão a caixa de doces que havia trazido para Olívia. Como se isso não bastasse, ele ainda a chutou duas vezes, esmagando os doces até que não restasse nada além de uma mistura disforme no chão. — Humpf! — Érico soltou uma risada de desprezo. — Pelo vist
Vivia era o amor da sua vida. Como ele poderia suportar destruí-la...— E então, já decidiu o que vai fazer? — A voz do homem, preguiçosa, carregava uma ameaça velada. — Senhor, me dê mais uma chance. A última. — A aura sombria que emanava de Diogo era sufocante, como a de um demônio agarrado à beira do inferno, lutando desesperadamente para escapar. — O seu laboratório... Não está desenvolvendo uma droga capaz de causar paralisia cardíaca instantânea? Eu preciso de uma dose. — Hmm? Para que você quer isso? — O homem riu, um tom de escárnio evidente. — Não vai me dizer que pretende usar essa droga em si mesmo? Você realmente é audacioso. Não acha que já enfiou agulhas suficientes no próprio corpo ao longo desses anos? E, só para constar, essa droga ainda está longe de ser segura. Não passou pelos testes clínicos. O risco é enorme. — Eu sei. Mas essa é minha última cartada. Vou apostar tudo. — Os olhos de Diogo estavam vermelhos, inchados de tanto sangue acumulado, e sua sanidade
Benjamin entrou no quarto com passos leves, tomando cuidado para não perturbar o sono de sua amada. Antes mesmo de cruzar a porta, ele tirou os sapatos, andando apenas de meias para abafar qualquer ruído. Na cama espaçosa e macia, Samara estava encolhida, seu corpo delicado e pequeno totalmente envolto pelo cobertor. Apenas sua cabecinha aparecia, com os cabelos negros e macios espalhados de forma desleixada sobre o travesseiro, como algas flutuando no mar. Benjamin sentou-se à beira da cama, observando com atenção o rosto sereno e adorável dela. Com a ponta dos dedos, afastou delicadamente uma mecha de cabelo que estava colada à sua bochecha. — Eu saí de casa por algumas horas e, quando volto, já descubro que tanta coisa aconteceu. — Ele murmurou baixinho, sua voz carregada de um tom possessivo, enquanto passava o dedo com leveza pelo rosto liso da garota, descendo até seus lábios rosados e, em seguida, deslizando pela clavícula delicada. — Eu achava que era o único homem no mun
Benjamin caminhava em direção à mesa, e Olívia, ao vê-lo, não pôde deixar de notar seu rosto abatido e exausto. — Eita, o que aconteceu com você? Virou a noite trabalhando? — Brincou ela, com um sorriso provocador. — Eu... Ah, nem me fale. — Ele suspirou, frustrado. O que ele poderia dizer? Reclamar do irmão dela? Isso certamente acabaria com a amizade deles. Olívia percebeu que ele estava com algo na cabeça, mas, se ele não queria falar, ela também não iria insistir. — Vai comer? Se quiser, faço a sua parte agora. — Charles lançou um olhar rápido para ele enquanto fritava ovos na frigideira, sem parar o trabalho. — Não tô com fome. — Benjamin abriu a geladeira, pegou uma garrafa de água gelada e, sem cerimônia, bebeu tudo de uma vez. Ao terminar, ele amassou a garrafa vazia em sua mão e respirou fundo antes de soltar a bomba: — Vivia, Chad, hoje eu vou me casar com a Samara. Os dois pararam o que estavam fazendo, completamente surpresos. — O quê? Hoje? — Exclamaram
— Rival? — Olívia apoiou o rosto na mão esquerda enquanto, com a direita, pegava uma blueberry e a colocava na boca de Charles. — Você? Rival? Que novidade é essa? Charles soltou uma risada fria. — Benjamin, você cerca a Samara como se estivesse em prisão domiciliar. Ela só vê você e sua secretária o dia inteiro. Nem sequer tem uma vida social normal. Rival de onde? Sonhou com isso, foi? — Pois é isso mesmo! — Benjamin bateu com força na mesa, a voz saindo quase esganiçada de tão nervoso. Ele se lembrou da noite anterior, quando, em seus braços, Samara murmurou o nome "Vasco". Ela sonhou com outro homem! Benjamin sentiu o coração se partir em mil pedaços, como vidro estilhaçado pelo chão. — Não me diga que você tá falando... Do meu irmão Vasco? — Olívia lançou-lhe um olhar gélido, cruzando os braços. Charles ficou confuso, incapaz de conectar os pontos com o nome de Vasco. Benjamin arregalou os olhos, encarando Olívia com uma expressão de admiração. — Vivia... Como vo