Jair xingou em silêncio, envergonhado e furioso. No entanto, por orgulho e pela diferença de status, ele não podia se dar ao luxo de confrontar Aurora diretamente!Tiago, por sua vez, sentia sua pressão arterial disparar! Ele não conseguia entender como, depois de uma simples festa, seu filho havia sido parar na delegacia, acusado de ser um criminoso sexual! Era demais para ele!Glória estava inquieta, com a testa coberta de suor.Violência sexual? Gael teria cometido esse crime? Seria possível...Ela se lembrou de que, desde que sua filha chegou em casa, estava isolada em seu quarto, dizendo que estava mal, recusando-se a sair apesar das batidas na porta. Como mãe, seus instintos estavam alertas, e a sensação de pavor tomou conta dela, dificultando sua respiração.— Sr. Tiago, nós entendemos sua preocupação com o seu filho. — Maia falou, afastando Aurora, que estava furiosa, e a puxando para trás. Seus olhos estavam impassíveis. — Mas, mesmo que Gael tenha sido levado à delegacia por
Todos ficaram atônitos! Tiago e Jair estavam completamente petrificados, com a boca aberta, suas expressões idênticas como se tivessem sido copiadas e coladas.— Vivia... Como você... — Gilbert olhava para a irmã com angústia, o coração apertado.Como irmão mais velho, Gilbert sentia que era sua responsabilidade suportar a pressão e proteger os mais novos. Ele queria enfrentar tudo sozinho, resolver os problemas sem envolver os outros. Mas nunca imaginou que, nesse momento, sua irmã apareceria para enfrentar a família Moura, usando palavras afiadas para desviar o foco e atrair toda a atenção para si.— Impotente? Olívia, o que você quer dizer com isso? — Jair, que sempre carregava uma postura altiva, quase perdeu a compostura. Seus olhos, fixos em Olívia, estavam cheios de fúria. — E mais... Você disse o quê? Que bateu no Gael? Como ousa? Como teve coragem?— Como eu não teria coragem? — Os olhos de Olívia se estreitaram, seu sorriso frio era de arrepiar. — Ele ousou humilhar a Hebe, e
— Graças a Deus... Graças a Deus! — Érico murmurava, como se tentasse convencer a si mesmo, mas ainda tremia de medo.— Impotente? Meu filho? Isso é impossível! — Tiago sentiu como se sua cabeça estivesse prestes a explodir. O comentário de Érico o deixou furioso, seu rosto ficando roxo de raiva. — Érico! O que você quis dizer com isso? Está amaldiçoando o meu filho?— Amaldiçoando? — Érico riu com desprezo, seu olhar flamejante parecia capaz de incinerar tudo ao redor. — Seu filho tentou fazer algo monstruoso com a minha filha! Ele merece morrer! Se não fosse porque ele é seu filho, eu já teria acabado com ele. Tê-lo espancado e jogado na cadeia foi minha forma de ser generoso!Tiago e Jair sentiram o peito apertar, o orgulho reduzido a pó. Eles haviam vindo para confrontar os Bastos, mas agora estavam sendo humilhados. Tornaram-se piadas ambulantes.Diogo, com os olhos avermelhados, mordeu o lábio inferior até sangrar. Ele sabia que, se a situação continuasse assim, Gael seria o meno
— Haha, Jair, você é jovem demais. Se não sabe pelo que passei até chegar aqui, pergunte ao seu pai quando voltar para casa. — O olhar de Érico, afiado como o de uma águia, parecia cortar o ar com sua intensidade. — Descubra o que aconteceu com quem ousou enfrentar-me e veja quais foram os resultados.Jair sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Mesmo assim, tentou manter a postura firme, sem demonstrar fraqueza.— Estou aqui, neste momento, não como o sétimo herdeiro da família Bastos, mas como policial. — Vasco deu um passo à frente e, com um movimento brusco, exibiu um mandado de prisão diante da família Moura. — Gael Moura foi formalmente preso sob acusação de estupro. Temos provas concretas, tanto materiais quanto testemunhais. Sugiro que se preparem para o julgamento.Ele esboçou um sorriso provocador, carregado de ironia. — Ah, desculpem. Tecnicamente, o termo correto é "suspeito de estupro", não é mesmo?Tiago sentiu o coração afundar. Seu rosto ficou pálido, e, por um momen
No início da madrugada, um carro esportivo vermelho deslizou pela rua, fazendo um giro elegante antes de estacionar com precisão em frente a uma boate luxuosa.Bruna desceu do carro com um movimento fluido, revelando suas longas e torneadas pernas. Ela usava um vestido preto justo, com cauda de sereia, que realçava suas curvas de maneira provocante. Nos pés, um par de saltos altos de cristal cintilava sob as luzes da noite, as pontas afiadas parecendo armas prestes a perfurar o coração de qualquer homem.— Srta. Bruna, ele ainda está lá dentro. Não tirei os olhos dele. — Um de seus homens emergiu das sombras, aproximando-se com respeito.Bruna ergueu os olhos, que brilhavam frios como a lua. Com um movimento elegante, prendeu os cabelos escuros em um coque improvisado, usando uma presilha de prata adornada com uma pedra de rubi. O gesto foi tão gracioso que hipnotizou o guarda, que a observava com a boca ligeiramente aberta.— Fique aqui. Garanta que tudo corra como planejado.…Dentro
Bernardo estreitou os olhos, o olhar profundo e enigmático como um abismo. — Não me diga que você veio até aqui... Me procurar.Os dedos de Bruna passearam, provocantes, sobre o peito firme do homem, desenhando círculos preguiçosos. — Senhor, você deveria acreditar que nosso encontro anterior foi obra do destino.Bernardo arqueou uma sobrancelha. — Oh, destino. Que conveniente.— Da última vez, obrigada por me ajudar. — A voz de Bruna deslizava como mel, enquanto suas mãos delicadas envolviam a gravata preta dele. Seu corpo macio encostou-se ao dele, e seus olhos brilhavam com umidade sedutora. — Eu sempre esperei ter a chance de te encontrar de novo... E de poder te recompensar.O olhar de Bernardo se aprofundou, como se quisesse sondar cada camada de suas palavras. Algo em sua expressão a fazia perder o controle do próprio coração, mas ela se obrigou a manter a compostura.Os olhos dele eram como sensores de mentira, afiados e implacáveis. Ainda assim, algo no tom dela parecia...
— Senhor, é a sua vez… — Bruna interrompeu-se, sentindo o coração dar um salto repentino. Ela ficou paralisada ao perceber as lágrimas discretas brotando nos olhos de Bernardo, brilhando como uma estrela cadente que desaparecia tão rápido quanto surgia. — Ganhou. Ganhar é bom… — Ele curvou levemente os lábios num sorriso melancólico, erguendo a taça para um leve brinde. — Espero que você sempre ganhe. Com essas palavras, Bernardo tomou o resto do vinho de um só gole. O líquido escorreu pelo canto de sua boca, desenhando uma linha até a perfeição de seu maxilar. Os olhos de Bruna se encheram de lágrimas. Algo dentro dela, como uma bóia flutuando em um lago, balançou descontroladamente. Ninguém nunca tinha dito algo assim para ela. A vida inteira fora cercada por ordens, comandos e exigências. Jamais alguém desejara sinceramente que ela vencesse, que seu futuro fosse mais do que sombras. Sem pensar, sua mente ficou em branco. As mãos de Bruna subiram por conta própria até os
Charles ainda estava esperando? Gilbert ficou completamente perplexo ao ouvir isso.Na noite anterior, a chuva só havia dado trégua perto da madrugada, e naquela manhã recomeçou com força. Pior ainda, a previsão dizia que à noite um tufão chegaria. E Charles, sem comer ou beber, continuava ali, parado. Ele estava tentando se matar?— Chad... Esteve do lado de fora o tempo todo? Desde ontem à noite? O que você quer dizer com isso? — Os olhos de Olívia se arregalaram, fixos em Pietro. Ela agarrou os ombros do irmão e começou a sacudi-lo desesperadamente. — Fala logo! O que está acontecendo? Vocês viram o Chad, não viram? E esconderam isso de mim?— Para, para, Vivia! — Pietro gemeu, sentindo o cérebro chacoalhar dentro do crânio. — Eu vou vomitar!— Vivia, calma! — Gilbert rapidamente interveio, segurando os pulsos dela e puxando-a contra o peito. — O que Charles quer fazer é escolha dele. Se ele decidiu ficar lá fora, que fique. Ele não vai conseguir ficar para sempre. Uma hora ele vai