Alice— Para a cama, menina! — Volta a ordenar.Merda, devo dizer que esse seu jogo pervertido está me deixando ainda mais excitada!Desde quando você se tornou essa submissa, Alice?E isso importa? Ele está aqui e eu também. Eu o amo e irei lutar por ele custe o que custar. Penso, enquanto subo na cama e ao virar-me de frente para ele, Lucca começa a desabotoar os botões da sua camisa. Os movimentos de seus dedos não o impedem de manter seu olhar fixo no meu. Depois, é a vez do jeans surrado e dos tênis. Por fim, seus olhos famintos deslizam pelo meu corpo deitado no centro da cama e ele trinca o maxilar com força. Sem dizer uma palavra, ele se aproxima da cama e me puxa repentinamente pelas pernas para a beirada. Seus dedos alcançam a calcinha delicada e eu sei que já era.Lucca assemelha-se a um animal raivoso. Ah algo primitivo em suas retinas claras. E com um movimento, a pequena peça se desfaz entre seus dedos.Puxo a respiração com força quando ele finalmente se encaixa no meio
LuccaAlguns dias depois…Ainda não acredito que isso está acontecendo comigo. Penso, olhando-a, enquanto dorme do meu lado na cama. Isso parece um sonho. Um sonho que desejei por anos. Rio por dentro. E deliberadamente ajeito alguns fios dos seus cabelos espalhados pelo seu rosto. Ela se mexe e uma brecha de olhos azuis se abrem para mim. É uma pena que ela tenha que ir. Gostaria de passar o resto da noite com ela aqui.Suspiro.— Oi! — Ela diz com voz rouca de sono e isso mexe com a minha libido.— Oi! — respondo, recebendo um sorriso seu.Como pode ser tão linda assim? Como consegue mexer com o meu corpo com gestos tão simples? Confesso que esse tipo de amor me dá medo. Esse domínio, esse poder que ela tem sobre mim.— Que horas são? — Alice pergunta me despertando.Mais um suspiro para pelas minhas narinas.— Pouco mais das cinco. — Ela ergue um pouco o seu corpo e me dá um selo na boca.— Eu tenho que ir — avisa com um tom baixo, que me faz fechar os olhos e encosto a minha testa
Lucca— Olá, rapaziada, quais as novas? — falo assim que encontro a minha equipe reunida no pátio da corporação. Dilan estranhamente de cara amarrada e Rafael mexendo no celular.— Onde está o Joe? — pergunto. largando a minha mochila em um banco de madeira.— Deve estar chegando. E a Sam? — Rafa pergunta, mas dou de ombros.— O pai está doente. Talvez ela não venha essa noite. — Dilan bufa irritadiço e sai de perto. Franzo o cenho. — O que há de errado com ele? — É a vez de Rafael dá de ombros.— Não sei. Está assim desde que recebeu um telefonema.Sorrio.— Brigou com a namorada? — ralho, usando o meu melhor tom de brincadeira.— Eu não faço ideia.— Fala, rapaziada! — Joe cantarola ao entrar no pátio. — Como estão as coisas por aqui?— Tudo tranquilo até agora. E o bebê, como está? — Procuro saber e recebo um sorriso largo como resposta.— É uma menina. O nome dela é Sophia e ela está bem. — Joe começa a contar sobre as novidades quando o alarme começar a gritar alto dentro da corp
LuccaNão tem outra saída. Terei que entrar na sala que acabei de abrir. Felizmente o fogo ainda não chegou até aqui, mas não falta muito para isso acontecer. Preciso ser rápido e encontrar outra saída desse inferno. À medida que adentro, a visão fica cada vez mais difícil. Contudo, encontro uma janela e resolvo quebrá-la. De onde estou, consigo ver alguns bombeiros lutando contra o fogo, enquanto lançam fortes jatos de água e os médicos, mas eles não conseguem me ver.Atento, procuro por uma escada do lado de fora. Que estupidez! Quem constrói um prédio sem a porra de uma saída de emergência? Volto o meu olhar para a porta por onde entrei e constato que o fogo também já chegou ali.Agora é uma questão de segundos. Eu tenho que sair daqui. Procuro manter a calma enquanto procuro por algo me ajude a avisá-los da minha posição.— Olá, tem alguém aí? — falo pelo rádio, mas ele não está funcionando. Provavelmente i calor danificou as suas peças. — Merda! — xingo exasperado. Entretanto, tr
Lucca— Fala, cara! — digo abrindo um sorriso em seguida.— Espero que não esteja ocupado.— Não estou. Estou em casa sem fazer nada, por quê?— Topa participar de uma festa infantil? — Rio alto.— Que história é essa?— É aniversário do meu sobrinho Eduardo e a família está toda aqui. Inclusive uma certa garota pinga fogo. — Meu sorriso encolhe um pouco.Pinga Fogo é o apelido de infância que pus em Alice. E… ele está mesmo fazendo isso?Respiro fundo.— Eu não sei, Chris. É uma festa de família e eu…— Ora vamos lá, Lucca. Você é nosso primo, é da família. E se não fosse, iria mesmo deixar a minha caçula triste? — Meu coração acelera no peito.Como assim? Ele sabe sobre nós?Puxo outra respiração, essa um tanto ansiosa.— Ela… te contou.Engulo em seco.— Sim, ela me contou tudo.Porra, xingo com um resfolgar interno.— E aí, você vem? — Pressiono os lábios protelando dizer um não, a final, é na casa dos Ávila. E estaremos expostos a todos ali. Merda, é cedo para isso, Lucca e você
Alice— Alô? — Escuto a voz do meu professor do outro lado da linha.— Pronto capitão, trabalho enviado com sucesso — ralho com humor. — Este é o último, Jean Pierre. Nos vemos na formatura.— Está perfeito, Alice! Impecável como sempre. Como estão as coisas aí no Brasil?— Está tudo indo muito bem.Ele faz uma pausa mínima e depois, escuto o som da sua respiração.— E o tal Lucca?— Não devíamos falar sobre o Lucca, professor.— Tem certeza de que não quer voltar para Londres? Essa é a melhor época…— Nos vemos na formatura, antes disso não. — O interrompo.— Eu… ainda te amo, Alice!Céus, isso é tão… doloroso e frustrante.Suspiro baixinho.— Boa tarde, professor!—Boa tarde, Alice! — Encerro a ligação e decido ir tomar um banho frio para desanuviar os meus pensamentos e quando termino, escuto meu celular tocar em cima da minha cama. Saio apressada para atendê-lo e sorrio ao ver que é a minha amiga Mila.— A, onde você está?— Estou em casa — digo, me jogando na cama ainda envolta e
Alice— Que carinha é essa? — A voz de Christopher me desperta e eu lanço um olhar aturdido para o meu irmão.— Não é nada — digo com desdém e dou de ombros, voltando os meus olhos para as balinhas.— Como nada, Pinga Fogo? Você está com uma carinha triste.Puxo uma respiração sutil. Se tem uma coisa que eu sou péssima é esconder as minhas emoções. Se estou com raiva, explodo. Se estou triste, choro. Se estou feliz… bom, já deu para entender.— Eu não sou mais criança, Cristopher. Não me chame assim.— O repreendo, mas ele abre um sorriso debochado para mim.— Não vai me dizer o que está acontecendo? — Ele insiste.Contudo, tenho o cuidado de olhar para os quatro cantos da cozinhar para ter certeza de que estamos sozinhos. No ato, bufo e protelo se devo falar ou não sobre o assunto. Droga, Chris é o meu irmãozão. Aquele que sempre encobriu as minhas traquinagens.— Estou gostando de alguém. — Começo a falar.— Alguém? Quem? — Lanço lhe um olhar escrutínio.— Do Lucca. — Meu irmão une a
Alice— Ele me ama! — exaspero. — Nós nos amamos… — Paro de falar quando escuto o som da sua gargalhada ecoar pelo cômodo.—Alice, Lucca namora com essa mulher a quase três anos. A dois meses, ele a pediu em casamento. Acha mesmo que ele vai largar tudo que conquistou por causa de uma pirralha como você? — berra.Tenho vontade de gritar com ele. De bater nele. Entretanto, fecho as mãos em punho e contenho as lágrimas.— Acho — respondo firmemente. — Ele vai acabar o noivado.— Por que ele te prometeu? — retruca com ironia. — Me diga, querida? — Ele pede se aproximando de mim. Para bem na minha frente e olha dentro dos meus olhos. — Quantas desculpas ele te deu para adiar término? Duas, três, quatro? Quantas, Alice?Começo ofegar e as lágrimas lutam para vir à tona. — Sabe, eu até posso imaginar. Não deu tempo. Ela está muito doente. Ela viajou e não consegui falar. Blá, blá, blá. Ora, Alice, não seja tola! — Ele grita se afastando em seguida.Possessa, eu saio do escritório e corro