Alice— Sabe, toda garota quer receber carinho depois do sexo. Todas querem receber atenção de um homem depois do sexo. Mas não Alice Ávila, ela prefere me expulsar da sua cama e me manda procurar outra mulher.O observo trincar seu maxilar e após puxar uma respiração pesada, ele continua.— Você fala de experiência e de idade, mas você foi a melhor transa que eu já tive na minha vida — declara ainda com raiva.O melhor sexo da vida dele? Ele só pode estar de brincadeira, não é? Rio por dentro.— Você é complicado — sibilo baixinho, recebendo um olhar escrutínio seu.— Eu sou complicado? Eu, porra? — berra e rir sem vontade. Eu rolo os olhos internamente.Isso está virando um drama de novela mexicana.— Achei que os homens gostavam disso. Não é assim que vocês agem? Faz um sexo gostoso e sai fora no dia seguinte? E para começar, eu não fui atrás de você dessa vez — rebato rudemente.— É você quem não está entendendo, Ávila. EU. QUERO. VOCÊ! — Lucca grita as palavras dessa vez. — Eu es
AliceAlgumas horas depois…Após algumas horas de sono, almoço com a minha família e retorno para o meu quarto e fico lá sozinha praticamente a tarde inteira. Os meus pensamentos estão silenciosos, mas as palavras de Lucca ainda gritam nos meus ouvidos. E ainda, tive o disparate de ignorar as mensagens e ligações de Jean Pierre.Algumas batidas leves na porta me fazem olhar na mesma direção e sorrio pela primeira vez desde que abri os meus olhos nas primeiras horas do dia.— Olá! — Mila literalmente cantarola seu cumprimento, ergue uma garrafa de vinho e caro e duas taças.Só você para salvar o resto do meu dia. Penso, indo ao seu encontro para abraçá-la. Um gole, dois, boas risadas. Uma taça, depois outra e mais outra. Mais risadas e eu estou leve como uma pluma.— Preciso te contar uma coisa — digo.Por quê?Porque fico falante demais quando estou descontraída demais.— Fala. Sou toda ouvidos.— Eu passei a noite com o Lucca. Mila quase se engasga com o vinho.— Porra! — Ela grunhe
AliceImediatamente largo a taça em cima do criado mudo e tento abraçá-la. Deus, eu queria tanto poder arrancar essa dor de dentro dela. Queria poder confortá-la como ela sempre faz comigo, porém, Mila faz um gesto de mãos me impedindo de sair do meu lugar e no ato, ela faz um não com a cabeça para mim.— Eu preciso terminar. — Ela se força a erguer os seus olhos molhados para encarar os meus. — Eu… preciso falar com você sobre isso… por favor.Apenas faço um sim para ela com a cabeça e enquanto ela fala, não contenho as minhas lágrimas também.— Foram doze anos de silêncio, A. Doze malditos anos de abuso.— Por Deus, Mila! Por que não contou tudo para a sua mãe? Por que não contou para alguém? — Em resposta, ela me lança um olhar cheio de raiva.— Ele sempre fazia questão me lembrar: se contar, eu mato você e a sua mãe.— Mas que filho da puta desgraçado! — rosno, sentindo as minhas carnes se tremerem.Pensar que o pai de Camila é um homem muito poderoso me deixa insana. Ele é senador
AliceQuase dois anos depois...Abro os meus olhos quando escuto o som do despertador ecoar pelo quarto e atordoada, pulo imediatamente da cama, e vou direto para o banheiro. Tomo um banho demorado e ponho um vestido rosa bebê floral, de um tecido macio e solto da cintura para baixo. Calço uma rasteirinha e corro para pegar minha mochila, e alguns livros que estão sobre a escrivaninha ao lado da cama. No entanto, os meus livros vão ao chão antes que eu consiga pegá-los e confusa, olho para o homem em pé no centro da minha sala. Ele está de costas para mim e olhando pela janela.— Lucca? — falo em estado de perplexidade. — Em silêncio, ele se vira para mim. Está sério demais e seus olhos parecem tristes. Engulo em seco e largo a mochila em cima do sofá para ir cautelosa ao seu encontro. — O que está fazendo aqui? — pergunto tão baixo que não sei se ele ouviu realmente.Ele não diz nada, apenas dá alguns passos na minha direção e me puxa para os seus braços, beijando-me inesperadamente.
LuccaAbrir os olhos todas as manhãs e encontrar o rosto de Samantha é frustrante e ao mesmo tempo desolador. Os meses passaram lentos, quase se arrastando como se quisesse me atormentar, lembrando-me sempre a mesma cena que acabou comigo: Alice passando pela porta do flat e me dizendo adeus.Adeus, eu nem tive a chance de lhe dizer o mesmo, mas decidi fazer exatamente o que ela me pediu e segui em frente. Pelo menos o meu corpo seguiu, porque a minha alma ficou trancado naquele flat luxuoso de frente para a praia.— Bom dia! — Desperto com a voz rouca de Samantha e é como se as minhas lembranças se desligassem como uma tela de TV, dando lugar a sua imagem.Suspiro audível.— Bom dia, Sam! — Penso em sair da cama, mas ela é rápida e monta em mim, fitando-me com olhos vibrantes e sorridentes, e completamente nua.— Posso saber aonde você vai? — Ela me beija calidamente na boca.O que há de errado comigo? Tem uma mulher linda, sexy e estonteante em cima de mim, insinuando um maravilhoso
Lucca— Não sei o que você fez com ela, cara, mas se a fizer chorar mais uma vez eu vou arrebentar essa sua a cara de play boy. — Uno as sobrancelhas em confusão.— Do que você está falando isso, Dilan? — pergunto calmamente.— Você sabe, não se faça de idiota. — Dito isso, ele se levanta e sai da sala. Aturdido, encosto-me na cadeira de couro e largo a caneta sobre os papéis.Samantha. Penso, levando as mãos para os meus cabelos e espalho os fios com a mesma agitação que existe dentro de mim. Não acredito que a fiz chorar. Merda, tenho agido como um cretino com ela e essa merda se acaba hoje. Penso determinado. Termino de fazer o relatório e saio da sala a sua procura. Dentro da minha cabeça se passa mil ideias e todas elas vão além do que eu acredito.— Se está procurando a Samantha, ela saiu com o Dilan. — Joe avisa saindo do alojamento com uma mochila nas costas. Apenas assinto e saio calado. Tomo um banho rápido e decido ir para um barzinho aonde sempre vou com a rapaziada quando
Lucca— O cara ficou fascinado pela médica da emergência móvel. — Tomás comenta fazendo graça. Apenas me concentro em esvaziar a minha garrafa e me aproximo do balcão para pedir outra.— Alice e o Jean estão se dando bem. — Escuto Camila falar para o seu namorado e inevitavelmente fecho a minha mão em punho, segurando um grunhido.— E por que não se dariam bem? São três anos vivendo juntos. — O garçom de entrega a cerveja, porém, antes de me afastar, ainda consigo escutar a conversa do casal.— Acho que vai sair casamento desses dois. Quer apostar? — Ela diz e eu perco o meu foco.Alice vai se casar.Bufo irritado e bebo metade da minha bebida.Como eu sou idiota!É claro que ela nunca ficaria comigo. A nossa diferença de idade é gritante e provavelmente o tal Jean deve ter a mesma idade, pensamentos e gostos. Ele tem tudo a ver com ela. Irritado com meus pensamentos respiro fundo e termino a minha cerveja. Pego o meu celular e ligo para Sam.— Onde você está? — Ela inquire assim que
Lucca— Isso, Sam, goze para mim!Rosno, segurando firme nos cabelos, trazendo o seu corpo para junto do meu e aperto a sua cintura, mantendo-a presa a mim, enquanto dou tudo de mim com força e com ritmo, me derramando inteiro dentro dela. Sem forças, caímos no colchão macio, com o meu corpo sobre o seu.Não vou mentir, essa mulher é muito boa de cama. Ela sabe me saciar como ninguém… ou como um certo alguém.Porra, Lucca, você está transando com a sua noiva, na noite do seu noivado. Não é hora para fazer comparações. Me repreendo. Solto um grunhido e me deixo cair do seu lado na cama. Sam se aproxima e começa a dar beijos minúsculos na minha pele suada como sempre faz. No entanto, me esquivo e ela me lança um olhar especulativo.— Eu vou tomar um banho— falo, me afastando sem olhá-la realmente e fecho a porta atrás de mim. Um claro aviso de que quero ficar sozinho.No chuveiro, tento não pensar em nada e esvaziar a minha mente de tudo. O banho é demorado, mais do que eu pensei que se