AliceQuestiono-me e decido sair do prédio e decido ir para a praia que fica de frente para o hospital. Já está quase escurecendo e o mar está calmo. O som da festa está distante agora e apenas a voz dos meus pensamentos está ecoando dentro dos meus ouvidos. Ao longe o sol se esconde atrás dos limites das águas e suspiro audível pensando que eu devia ir embora daqui. Me afastar dele e desses pensamentos sedutores, que sempre me impulsiona na mesma direção… a dele.Eu queria ser uma gata agora e juro que daria uma de minhas vidas por um beijo seu.— Lindo, não é? — Sua voz ecoa atrás de mim, fazendo o meu coração saltar com violência dentro do meu peito. Eu puxo o ar, mas ele não vem. Portanto, decido não o olhar. Se eu fizer, sei que cairei em tentação.Pronto, caí em tentação! Penso após girar a minha cabeça para o lado e encontrá-lo em pé, e com as mãos enfiadas nos bolsos de suas calças de tecido folgado. Sua camisa tem metade dos botões abertos e o vento está bagunçando os seus ca
Alice— Dessa vez não vou aceitar não como resposta, Alice. —Ele diz autoritário e com voz arrastada. — Essa noite você será todinha minha. — Percebo uma determinação ímpar na sua voz. No entanto, ele para o beijo e me encara firme.Sorrio languida e safada.— Não vou a lugar nenhum, Lucca Fassini — sussurro o puxando para um beijo rápido.Ele ainda respira ofegante, olhando-me especulativo por um tempo. É como se quisesse falar algo, mas ao invés disso ele torna a me beijar só que de uma firma cálida e tranquila. Nada de intensidade, ou afobação, nem mesmo aquele fogo absurdo. Nem parece ser o Lucca devorador de segundos atrás.As duas versões desse homem mexem comigo de formas diferentes. Um desperta o meu lado pervertido, sacana, luxurioso, e o outro desperta a mulher em mim, a minha sensualidade, o meu lado delicado e carinhoso.— Você desperta o animal que habita em mim, menina — rosna contra a minha pele. Tenho vontade de dizer que não sou uma menina como ele me ver, que sou a p
LuccaMomentos antes do reencontro…— Ah, qual é Lucca? Eu não aceito não como resposta. Você é o meu amigo desde sempre e eu faço questão que compareça a inauguração da TalVida. — Cristopher exige ao telefone.Seguro uma respiração consternada.— Eu posso tentar.— Decido não lhe dar esperanças.— Você e Alice não se atrevam ou jamais os perdoarei.Engulo em seco.— A Alice vai? — Não seguro a minha curiosidade.— A Jenny conseguiu convencê-la. Ela deve chegar amanhã cedo.Meu coração acelera consideravelmente e dessa vez puxo a respiração.— Ok, você venceu! Irei para a inauguração, mas não prometo ficar muito tempo.— Por mim está ótimo, desde que você esteja lá por mim, primo.— Lucca, o trabalho nos chama. — Joe avisa com um tom elevado de voz.— Tenho que desligar, Cris. A gente se fala depois.Desligo o telefone e corro para o quarto para pegar alguns acessórios de segurança. Dentro do caminhão recebemos as informações sobre um acidente de carro em uma BR e que o veículo corre o
Lucca— Cris Ávila, você não estava brincando quando disse que esse hospital seria mudaria o modo de vida das pessoas.— Você viu o nosso catálogo.— Com certeza eu vi.— Ah, você deve ser a Samantha. — Ele diz empolgado e Sam parece gostar do que escutou.Sim, ele sabe sobre ela e sabe sobre as minhas dúvidas e receios sobre ela também. O que ele não sabe é o motivo de tantos receios e dúvidas. E falando nisso, me pego ansioso quando a garota espevitada sai do salão de dança, entregando o seu pai para a sua mãe. E o fato de ela ir para fora do prédio aumenta a minha ansiedade.— Eu vou buscar algo para bebermos.— Eu vou com você…Não a espero terminar de falar e me afasto rapidamente, deixando a minha acompanhante com os meus familiares envolvida em uma conversa sobre o empreendimento. Do lado de fora a vejo atravessar a rua. Depois, ela tira os seus saltos e caminha pela areia branca, parando de frente para o mar. Seus cabelos de um dourado magnifico parece ganhar mais brilho em co
Alice— Ah! — gemo arrastado enquanto me mexo em cima dele. Suas mãos grandes e fortes apalpam a minha bunda, fazendo-me me mexer mais ávida e gostoso em cima da sua ereção. Enquanto Lucca aparta e suga os meus seios.— Ah, Alice! — Ele grunhe e eu resolvo acelerar o meu ritmo. Não demora e o ápice chega para nós dois, enquanto as nossas bocas se devoram mutuamente. — Eu gosto de fogo, mas você é… — Ele sibila extremamente ofegante.E eu juro que queria ficar mais um pouco e devorá-lo inteiro, mas não posso. Portanto, o beijo rapidamente e saio de cima dele.— Aonde você vai? — Lucca interpele quando começo a catar as minhas roupas pelo chão.Entretanto, ao erguer os meus olhos para fitá-lo não consigo evitar de cobiçar suas coxas grossas e sigo escalando cada centímetro de pele que encontro pelo caminho. Oh Deus! Lamento ansiando tocar no seu abdome sarado, no peitoral firme, nos seus braços musculosos…Sacudo a minha cabeça para afastar essa tentação para longe de mim.— Para casa.
Alice— Sabe, toda garota quer receber carinho depois do sexo. Todas querem receber atenção de um homem depois do sexo. Mas não Alice Ávila, ela prefere me expulsar da sua cama e me manda procurar outra mulher.O observo trincar seu maxilar e após puxar uma respiração pesada, ele continua.— Você fala de experiência e de idade, mas você foi a melhor transa que eu já tive na minha vida — declara ainda com raiva.O melhor sexo da vida dele? Ele só pode estar de brincadeira, não é? Rio por dentro.— Você é complicado — sibilo baixinho, recebendo um olhar escrutínio seu.— Eu sou complicado? Eu, porra? — berra e rir sem vontade. Eu rolo os olhos internamente.Isso está virando um drama de novela mexicana.— Achei que os homens gostavam disso. Não é assim que vocês agem? Faz um sexo gostoso e sai fora no dia seguinte? E para começar, eu não fui atrás de você dessa vez — rebato rudemente.— É você quem não está entendendo, Ávila. EU. QUERO. VOCÊ! — Lucca grita as palavras dessa vez. — Eu es
AliceAlgumas horas depois…Após algumas horas de sono, almoço com a minha família e retorno para o meu quarto e fico lá sozinha praticamente a tarde inteira. Os meus pensamentos estão silenciosos, mas as palavras de Lucca ainda gritam nos meus ouvidos. E ainda, tive o disparate de ignorar as mensagens e ligações de Jean Pierre.Algumas batidas leves na porta me fazem olhar na mesma direção e sorrio pela primeira vez desde que abri os meus olhos nas primeiras horas do dia.— Olá! — Mila literalmente cantarola seu cumprimento, ergue uma garrafa de vinho e caro e duas taças.Só você para salvar o resto do meu dia. Penso, indo ao seu encontro para abraçá-la. Um gole, dois, boas risadas. Uma taça, depois outra e mais outra. Mais risadas e eu estou leve como uma pluma.— Preciso te contar uma coisa — digo.Por quê?Porque fico falante demais quando estou descontraída demais.— Fala. Sou toda ouvidos.— Eu passei a noite com o Lucca. Mila quase se engasga com o vinho.— Porra! — Ela grunhe
AliceImediatamente largo a taça em cima do criado mudo e tento abraçá-la. Deus, eu queria tanto poder arrancar essa dor de dentro dela. Queria poder confortá-la como ela sempre faz comigo, porém, Mila faz um gesto de mãos me impedindo de sair do meu lugar e no ato, ela faz um não com a cabeça para mim.— Eu preciso terminar. — Ela se força a erguer os seus olhos molhados para encarar os meus. — Eu… preciso falar com você sobre isso… por favor.Apenas faço um sim para ela com a cabeça e enquanto ela fala, não contenho as minhas lágrimas também.— Foram doze anos de silêncio, A. Doze malditos anos de abuso.— Por Deus, Mila! Por que não contou tudo para a sua mãe? Por que não contou para alguém? — Em resposta, ela me lança um olhar cheio de raiva.— Ele sempre fazia questão me lembrar: se contar, eu mato você e a sua mãe.— Mas que filho da puta desgraçado! — rosno, sentindo as minhas carnes se tremerem.Pensar que o pai de Camila é um homem muito poderoso me deixa insana. Ele é senador