LuccaO carro para em frente à casa e depois que Alice sai, eu sigo logo atrás dela. Seguro a sua mão, porque preciso muito do seu toque... É como um alento... Uma dose de paz quando estou perto dela. Subimos as escadas ainda em silêncio. Queria poder ouvir o som da sua voz, mas simplesmente não peço nada a ela. Quando abro a porta do quarto, sou surpreendido pelas luzes trêmulas das velas aromáticas. O som dos instrumentos tocando com suavidade a música Photograph penetra o meu íntimo e me faz soltar uma lufada de ar.Eu a quero, preciso dela, mas não assim com o corpo coberto pelas cinzas das mortes. Com a minha alma dolorida pela perda de muitos.Puxo a respiração e resolvo enfim quebrar o nosso silêncio.— Preciso de um banho. — Digo e me viro para ela. Alice parece desapontada comigo.Não faz assim, neném! Peço internamente. Lhe estendo a mão e o que digo em seguida parece mudar a nossa atmosfera.— Vem comigo?— Tá. — Ela diz vindo pra perto de mim.Deus, eu amo esse seu calor,
Sorrio.Começo fazendo algumas carícias em sua bunda. Massageando, apertando as suas carnes. Beijando as suas costas, enquanto as mãos escorregam de cima para baixo em seu globo macio. Os beijos vão descendo por sua coluna, chegando lentamente a um ponto ainda não explorado por mim. Minha língua penetra suavemente o ânus e Alice retesa um pouco. Eu paro o carinho e volto a beijar as suas costas.— Relaxe, amor. Eu prometo que você vai gostar! — peço baixinho e volto aos carinhos. Ela se deixa levar. Segundos depois, Alice empina a sua bunda querendo mais.Isso bebê. Abro um pouco mais o meu caminho e tenho mais acesso ao seu ponto do prazer. E quando ela já está bem entregue, e desejosa, levo a mão a sua intimidade e brinco o seu clitóris. Alice geme cada vez mais alto. Segundos depois, seguro o meu membro com a outra mão e o posiciono em sua entrada. Faço alguns movimentos rotativos ali e a penetro aos poucos, e sem pressa. Meus dedos continuam brincando em seu botão do prazer e quan
Jéssica— Você tem que matá-las. Eles nunca vão te amar se elas existirem. Vamos Jéssica, você consegue. Não é a primeira vez que fazemos isso juntas, certo? Eu te ajudo. Eu sempre te ajudei.Faço não com a cabeça. Eu não quero. Eu não quero mais fazer isso, mas ela insiste e não para de falar. Meu telefone começa a tocar, eu o pego no painel do carro, olho a tela sentindo o meu coração disparar no peito. É o Hélio. Ela ri escandalosamente. Suas risadas me causam medo. Porque sei que novas ideias virão por aí.— Viu como eu estava certa? Bastou você matar aquela garotinha irritante e ele já está ligando para você. E quando matarmos a sua esposa, ele será todinho seu. Você pode ser amada, Jéssica. Existe uma solução para você.Pensar em Andréa e no que eu fiz com ela ainda me causa um frenesi. Ouvir os seus gritos de por horas me deixa agitada por dentro. Respiro fundo. Aquilo me deu prazer. Muito mais do que eu poderia imaginar. Ela precisava ser eliminada. Era um tropeço nos meus pla
— Eu odeio você! — E com essas palavras eles enfia um punhal no meu coração. — Te odeio com todas as minhas forças! E quero muito, do fundo do meu coração que você morra da pior forma possível.Mais punhais são enfiados dentro do meu peito, fazendo-me sufocar e as lágrimas escorrem silenciosas pelo meu rosto.Entretanto, decido encerrar a ligação imediatamente, o deixando falar sozinho e agonizando, inclino a minha cabeça sobre o volante.O que há de errado comigo? Por que me tratam assim? Tudo o que fiz por amor. Foi por ele. Por amá-lo. Será que ele não entende isso?— Não, ele não entende, Jéssica. Ele não sabe o quanto você é especial. O quanto você é linda. Mas ele vai te amar quando ela não estiver mais lá.Sorrio para essas palavras.— Você precisa tirá-la do seu caminho. Mate-a! Mate-a! Mate-a logo!Ergo a cabeça determinada, enquanto seco as lágrimas. Ele não merece que eu as derrame. Mas quando ele estiver prostrado de joelhos diante de mim, declarando o seu amor e me pedind
Téo— Mais que merda é essa? Você não é a Alice! — Jéssica diz em um tom irritado. Eu paro bem atrás dela segurando a minha arma em punho. Ela se assusta ao ver o Lucca sair por uma porta lateral.— Não, eu não. Meu nome é Marisa Montreal e eu sou a delegada. — A mulher baixinha tira a peruca loira e saca a sua arma, apontando-a para a garota. Jéssica parece transtornada. Ela olha para nós três virando o corpo em todas as direções sem soltar a sua arma. — Largue a arma, Jéssica! — A doutora diz em um tom sério. — Acabou.Ela meneia a cabeça, fazendo vários não consecutivos e seus olhos se inundam de lágrimas. De repente ela começa a gritar e a bater freneticamente com a arma em sua própria cabeça.— CALA A BOCAAAA! CALA A BOCAAAA! — Jéssica repete impaciente. — E NÃO QUERO OUVIR A SUA VOZ! HAAAAAAA!Confuso, nos entre olhamos. Isso é algum tipo de brincadeira para nos distrair? Para nos aproximarmos? Ou a garota é uma louca desvairada mesmo? Faço um sinal para a delegada e ela consent
LuccaMomentos antes da prisão…— Como assim não saia de casa? Lucca eu preciso resolver as coisas do casamento. — Ela resmunga, enquanto remexo sua roupa no closet. — O que você está fazendo? — Pergunta olhando as roupas que estou separando e deixando sobre a cama.Volto para o closet.— Lucca Fassini não ignore a minha pergunta! — Esbraveja levando as mãos na cintura e de birra, ela bate o pé no piso branco do quarto.Eu a olho, mas é linda toda irritada! Se tivesse tempo, tiraria essa birra em dois minutos, com algumas palmadas na bunda. Bufo em resposta. Uma coisa importante sobre Alice Ávila. Nunca tente esconder nada dessa espevitada irritante. Ela vai infernizar a sua cabeça, até finalmente conseguir o que quer. Vencido, paro o que estou fazendo e seguro a sua mão a levando até a cama. A faço sentar-se na beirada do colchão e me acomodo do seu lado.— Estou indo pegar a Jéssica — falo de uma vez. Alice leva a mão aos lábios e os olhos assustados me encaram imediatamente.— Me d
Lucca— Lucca, por favor! — Ela implora, se debate e chora. Em algum momento ela consegue se soltar do agarre de Marisa e corre para mim, se encosta no meu corpo e no mesmo instante sinto uma raiva, uma repulsa. Portanto, seguro firmemente em seus ombros e os olhos pidões me encaram molhados.— O que você quer de mim? — inquiro friamente. — Carinho? Proteção? Você tem noção de que tornou a minha vida um inferno?— Lucca, por favor!— Sabe o que eu tenho vontade de fazer com você agora, hã? Queria poder jogá-la nesse chão duro e sujo e pisar na sua garganta com tanta força até que a sua existência fosse dizimada da face da terra. Eu queria poder olhar nos seus olhos até o momento que as forças se acabassem e poder ver a vida ser arrancada de você assim como você fez com todas aquelas pessoas. — As palavras cheias de raiva e de dor saem entre dentes.Pela primeira vez Jéssica parece assustada com a minha atitude e ela se afasta ofegante.— Lucca, eu amo...— Ama nada! — rosno. — Você é
Edgar FassIniA tela do celular pisca insistente mostrando o nome do sargento Borges. Ele é um dos encarregados da prisão onde Renan Backer está detido. Eu olho rapidamente para o meu filho e o segurança da sua noiva e faço um gesto dizendo que preciso atender. Ambos assentem e eu saio do escritório indo direto para a sala. O celular para de chamar imediatamente e eu retorno a ligação.— Fassini?— Borges.— Estou ligando porque me pediu pra ficar de olho no Backer. — Ele diz.— Alguma novidade? — Pergunto com o meu habitual tom seco.Desde que Renan foi preso a quase um mês, eu tive o cuidado de pagar alguns olheiros para mim lá dentro. Sei cada passo do infeliz dentro daquele presídio. É claro que tive que molhar algumas mãos para ter acesso a cada informação.— Um dos presidiários me informou sobre um plano de fuga. Ele mencionou um dinheiro escondido e o nome de Alice Ávila.Eu puxo a respiração lentamente e solto o ar bem devagarinho.— Dá para fazer? — Inquiro baixo e evasivo, p