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Lucca

O carro para em frente à casa e depois que Alice sai, eu sigo logo atrás dela. Seguro a sua mão, porque preciso muito do seu toque... É como um alento... Uma dose de paz quando estou perto dela. Subimos as escadas ainda em silêncio. Queria poder ouvir o som da sua voz, mas simplesmente não peço nada a ela. Quando abro a porta do quarto, sou surpreendido pelas luzes trêmulas das velas aromáticas. O som dos instrumentos tocando com suavidade a música Photograph penetra o meu íntimo e me faz soltar uma lufada de ar.

Eu a quero, preciso dela, mas não assim com o corpo coberto pelas cinzas das mortes. Com a minha alma dolorida pela perda de muitos.

Puxo a respiração e resolvo enfim quebrar o nosso silêncio.

— Preciso de um banho. — Digo e me viro para ela. Alice parece desapontada comigo.

Não faz assim, neném! Peço internamente. Lhe estendo a mão e o que digo em seguida parece mudar a nossa atmosfera.

— Vem comigo?

— Tá. — Ela diz vindo pra perto de mim.

Deus, eu amo esse seu calor,
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