10.

Alice

Eu quero respirar! Preciso respirar, mas não consigo fazer uma das funções mais vitais na vida do corpo humano. Penso quando sinto a sua língua ardente me invadir e não seguro um grito agudo de puro êxtase.

— Lucca! — No ato, seguro nos fios castanhos claros, apertando-os entre os meus dedos e o mantenho ali, até que ele me dê o que necessito. Outro rosnado alto escapa da sua boca quando ele ergue a sua cabeça e os nossos olhos se encontram.

— Goza para mim, querida! — Ele simplesmente ordena, voltando a enfiar a sua cara entre as minhas pernas e o meu mundo gira violentamente fora de órbita.

Meu corpo está queimando e molhado de suor. Minha respiração ofegante pesa dentro do meu peito e eu penso que irei desfalecer. Então ele ergue a sua cabeça e eu vejo a intensidade dos seus olhos. É tão primitiva, não impulsiva e tão envolvente. Lucca se assemelha a um cão raivoso.

Um cachorrão. É isso o que ele é. Um cachorrão filho da mãe!

Seu corpo paira sobre o meu.

Ainda estou ofegante
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