12.

Lucca

Eu posso ter a mulher que eu quiser. Digo para mim mesmo com petulância.

Não você não pode, Lucca. Você não pode ter ela. Minha consciência aponta com brutal realidade. Irritado, me levanto do sofá, jogando uma garrafa quase intocada contra uma parede. Ela se quebra e o líquido se espalha, se misturando aos cacos pelo chão.

— Tanta mulher te dando mole por aí e você se apaixona por uma menina mimada, e cheia de vontades! — rosno entre dentes para mim mesmo.

Ela fodeu comigo. Fodeu com a minha cabeça e com a minha sanidade.

Filha de mãe!

***

Na manhã seguinte…

— Porra! — grunho quando abro os meus olhos e a minha cabeça dá algumas latejadas violentas. Com alguns resmungos mal-humorados me arrasto para o banheiro e tomo um banho demorado. E quando saio do banho, o meu celular começa a tocar.

A luz da minha vida brilha na telinha e sorrio ao atendê-la.

— Senhora Rose Fassini, bom dia!

— Você sumiu da casa dos Ávila na noite passada. O que houve?

— Por que acha que houve alguma cois
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