Aquele que fez o que não queria

Não era surpresa para ninguém que desde sempre Tony acreditou no sobrenatural. A vida na terra não faria sentido pra ele se não existisse algo além, maior do que os olhos podiam ver, maior do que a banalidade do dia a dia. 

Era impossível que o depois da morte fosse o nada. Do ponto de vista de Tony, a forma como se vivia tinha que ter consequências, assim como a forma como se morria. Em sua obsessão por informações, relatos e provas de que fantasmas e demônios existiam – conteúdos geralmente duvidosos, ele admitia –, Tony percebeu um padrão de brutalidade e repentinidade nas razões pelas quais uma alma pode permanecer presa a esse plano.

Lugares também eram um fator interessante. Prisões e hospitais abandonados, por exemplo, eram comun

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