“A noite estava fria e chuvosa quando os detetives Ramirez e Ortega receberam a chamada. Havia algo diferente no tom urgente da voz do capitão que os fez acelerar pelas ruas desertas da cidade. Ao chegarem ao endereço, um armazém abandonado na periferia, foram recebidos por uma visão de caos controlado: carros de polícia com luzes piscando, fita de isolamento e uma equipe forense já a postos. Desceram com cuidado, olhando ao redor e caminhando em direção ao interior do armazém, vendo o homem pendurado por cordas e em seu peito, a palavra ‘profeta’ estava cortada em seu peito, embaixo dele, a poça de sangue deixava claro que tudo aconteceu naquele lugar, Ramirez olhou o colega e depois voltou a encarar o corpo. O falso profeta tinha sido encontrado” (><)A neblina pairava densa sobre a cidade adormecida, envolvendo as ruas estreitas em um manto de mistério, a passos largos e pesados, os policiais se apressavam para entrar dentro daquele armazém velho e abandonado.Quando conseguiram
Mais um corpo!Mais uma família que o agradeceu por encerrar um ciclo de dúvidas e sofrimento, era estranho ser agradecido por ter aberto alguém e dizer de forma não detalhada como aquela pessoa parou em sua mesa.Ele sempre entendia que era um ponto final saber de fato como a pessoa morreu, como se aquilo fosse o que faltava para seguir em frente e enfrentar o luto.Mas, sempre soava estranho dizer sua filha foi morta com doze facadas, e logo depois ganhar um abraço e um “obrigado”.O legista retirou a touca que guardava seus fios, tirou seu jaleco e caminhou para sua sala, quando entrou viu Laura sentada no sofá presente ali.Laura era sua melhor amiga, a mulher tinha ido passar um tempo em uma ação comunitária nos países africanos, a mulher de olhos âmbar sorriu em sua direção, seus cabelos cor de mel eram seu diferencial, sua pele marrom clara sempre estava perfeitamente limpa e livre de espinhas ou manchas, uma coisa que sempre atraiu inúmeros olhares de ambos os sexos.— Laurinh
Era meio que impossível não contar com Michael junto dos seus amigos, já que Simon e Thayla acabavam sempre chamando os pais do Snyder para se juntarem a eles, Simon principalmente, já que ele encontrava nos pais do amigo, um carinho que nunca teve, uma compreensão que seus pais mesmo não lhe deram.Dominic sempre se sentiu agradecido por ter pais como os seus, ele nunca ouviu uma palavra cruel deles, nunca ouviu que era um fardo ou coisa do tipo, apenas que deveria ser feliz e respeitar a todos!Era uma ideologia que sempre pareceu certa para os três filhos do casal, eles impunham limites claros, como não gritar uns com os outros, não responder aos pais e coisas que os pais sempre exigiam, mas era sempre retribuído, era raras as vezes que que Dominic ouviu um grito dos pais, assim como nunca foi agredido para ser corrigido.Ao mesmo tempo que eles sempre deixavam claro que algumas situações, eles poderiam de fato agredir os filhos, como usar drogas, cigarro ou beber e dirigir, também
“Os pés cansados caminharam devagar, tentando não ficar ainda mais cansado, os olhos velhos e que já viram inúmeras coisas repousaram no amigo que estava sentado na cadeira de sempre. — Você veio... — Julian murmurou se sentando na cadeira do lado, encarando a noite que estava tão bonita!— Jamais te deixaria sozinho, amor! — Bruno segurou a mão do outro — a quanto tempo? — Faz nem vinte minutos... acha que vai doer? — Não sei..., mas vou estar ao seu lado, hum? — Bruno sorriu — e sempre vou me lembrar de você!Julian segurou a mão do outro e ficou em silêncio, sentindo seus olhos pesarem e aos poucos ele foi se despedindo da vida, sua respiração desacelerou e em minutos Bruno sentiu a primeira lágrima descer por seus olhos, seu grande amor, havia partido!”(><)Aquela era uma morte estranha para o perfil que estavam tendo, James encarou o corpo sentado na cadeira de balanço, seu corpo coberto por uma manta cinza, ao seu lado, uma cadeira com mais uma página de um dos livros de Do
Dominic sorriu quando entrou no carro de Hayden, vendo-o com uma roupa escura, uma blusa de mangas longas e gola alta, colocada ao seu corpo e destacando seus músculos, suas pernas cobertas por uma calça de alfaiataria preta, no seu pulso um relógio de correia de couro, seu cabelo penteado para trás e um perfume marcante com um toque amadeirado e até cítrico.— Está lindo... como sempre! — O médico elogiou o mais novo que usava uma blusa azul escuro de seda, uma calça preta social e agradeceu por sua mãe arrumar seu cabelo.— Obrigado... você também está belíssimo! Como sempre... — Sorriu — gostei do seu perfume!— Fico contente, hum? — O mais velho sorriu — o cinto, garoto! — O lembrou mais uma vez.— Claro... o maldito cinto! — Os dois riram baixinho e o mais velho logo ligou o som, esperando que o mais novo conectasse o celular e escolhesse uma música que era provavelmente de algum cantor ou banda que o médico não conhecia.— Quem é o da vez? — Perguntou não reconhecendo a voz do c
Aaron sorriu quando Margaret abriu a porta, os olhos verdes da mulher se concentravam em avaliar rapidamente o físico do filho, os fios ruivos estavam soltos e cortados na altura do ombro, os braços magros rodearam o filho e o apertou contra seu corpo.— Meu menino... que bom que chegou! Seu irmão e seu cunhado acabaram de chegar também! — Ela contou já puxando o filho para dentro.— Oi mamãe! — Foi a única coisa que conseguiu retribuir antes de Pantera, o cachorro da família pular em cima de si — oi Pantera... saudades de você também!— E do pai? — Liang perguntou já abraçando o filho, o homem mais velho era mais alto que os filhos, os olhos amendoados e negros lembravam com perfeição os do filho mais velho, não mostrando a idade que tinha e com um sorriso bem amável nos lábios finos, que era uma das poucas coisas que o diferenciavam com clareza de Aaron, os lábios de Aaron eram mais carnudos, iguais aos da mãe.— Senti saudades bàba! — Falou em mandarim apenas para agradar o pai — c
James sorriu quando Darío saiu do banheiro, o homem estava com uma calça de moletom e nada mais, seu cabelo ainda úmido foi seco pela toalha felpuda, ele se sentou na cama e o marido pegou o frasco de creme hidratante que havia deixado na mesinha de cabeceira, o Chang colocou um pouco nas mãos e se sentou para iniciar uma massagem nos ombros de Darío.— Karol ligou hoje... — Citou a sogra — James, você não está atendendo as ligações dos seus pais?— Não muito! Mas pensei de irmos jantar na casa deles esse fim de semana... — James sugeriu — amor, a Giulia mandou mensagem para mim... Dominic foi aprovado...Dominic era um doce garotinho que a um ano eles estavam tentando adotar, antes ele chamava Philip, mas James e Darío quiseram trocar o nome do garotinho que gostou muito daquilo, ele havia completado sete anos a menos de seis meses, conseguiram fazer uma pequena festa em um parque, levaram Oliver e Dominic em um dia repleto de brincadeiras e Dominic adorou.O casal não permitiu que o
“A noite estava fria, e uma neblina densa envolvia a pequena cidade de Elmwood. As luzes dos postes piscavam, lançando sombras dançantes nas calçadas vazias. Dentro da mansão Thornfield, um silêncio inquietante dominava os corredores, quebrado apenas pelo ocasional rangido do assoalho antigo.No escritório, o relógio de pêndulo marcava exatamente meia-noite. Senhor Harrison, o patriarca da família, estava sentado em sua poltrona de couro, lendo um antigo manuscrito à luz trêmula de uma lamparina. O fogo na lareira crepitava suavemente, proporcionando um calor reconfortante no ambiente.De repente, a porta do escritório abriu-se silenciosamente, e uma figura encapuzada entrou, movendo-se com a graça furtiva de um predador. O som dos passos era quase inaudível, abafado pelo tapete espesso que cobria o chão. Harrison, absorto em sua leitura, não percebeu a presença intrusa.O intruso aproximou-se lentamente, segurando uma lâmina reluzente que refletia as chamas da lareira. Cada passo era