Zeus queria que Diya entendesse, de uma vez por todas, quem era o homem que estava diante dela. Ele não iria recuar.— Zeus, você é um animal? — Gritou Diya, enquanto desligava o chuveiro com um movimento brusco. Ela apoiou as mãos na borda da banheira e, mesmo com o corpo trêmulo, ficou de pé, enfrentando o olhar dele. — Não, você não é só um animal. Você é um demônio! Um demônio completo! Meu tio não te contou que amanhã a gente vai se divorciar? Então por que você está aqui? O quê? Agora é moda entre os jovens transar loucamente na noite antes de terminar? Mestre Zeus também quer experimentar isso, é?As palavras dela vieram como facas, cortantes e sem espaço para réplica. Zeus apenas observava, impassível.Mas Diya percebeu que algo estava errado assim que deixou o contato com a água fria. Um calor avassalador começou a tomar conta de todo o seu corpo. Não era um calor comum. Era algo que parecia vir de dentro, como se ela estivesse sendo consumida por chamas internas que queimavam
Sem dar a Diya qualquer chance de reação, Zeus agarrou seu braço com firmeza, levantando-a e jogando-a na cama como se fosse algo inevitável.Para Diya, aquele simples movimento pareceu uma eternidade. Seu corpo, já à beira do colapso, agora estava ainda mais sobrecarregado com o contato direto com Zeus. O toque frio que emanava dele atravessava o tecido fino que os separava e se infiltrava em sua pele, como uma chuva refrescante após uma longa seca. O alívio era tão intenso que ela não conseguiu evitar um suspiro.Mas como ela poderia se permitir ceder a um homem como Zeus, alguém que ela desprezava tanto?O que ela não sabia era que Zeus também estava travando sua própria batalha. O desejo queimava dentro dele como uma chama incontrolável, deixando-o com a garganta seca e o coração acelerado. Para piorar, os gemidos suaves de Diya, misturados com os toques nervosos de suas pequenas mãos tentando empurrá-lo, só alimentavam ainda mais seus instintos.Ele respirou fundo, tentando se con
— Então, vou te mostrar o que é um verdadeiro animal! — Disse Zeus.Embriagada, Diya chamava carinhosamente pelo nome de Nelson naquela noite. A voz dela, doce e envolvente, ainda ecoava na mente de Zeus como um martelo. Era exatamente por isso que ele queria provar, com ações, que quem sempre esteve ao lado dela era ele. Que quem a tinha, de forma intensa e sem remorso, também era ele. Mas quando Diya acordou, tudo mudou. Ela estava furiosa. Zeus percebeu na hora: ela tinha se arrependido. Arrependido de ter se entregado a ele na noite anterior. Zeus levantou-se da cama, sem hesitar. Pegou suas roupas espalhadas pelo chão e começou a se vestir com calma e método. Para alguém tão absurdamente bonito como ele, nem mesmo roupas amassadas conseguiam diminuir seu charme. — Diya, não era no cartório que a gente ia se encontrar? Não se atrase! — Disse ele, em um tom ácido, enquanto ajustava o cinto. Se Diya nunca o amou, então que fosse como ela quisesse. Ele concordava com o divór
Diya franziu a testa. Por que ela demorou tanto? Será que Zeus não sabia disso?Ela ainda não tinha tido tempo de liberar a raiva acumulada quando foi interrompida pela voz impaciente de Zeus:— Deixa pra lá, deixa pra lá. O importante é que você chegou. Anda logo, estou com pressa!Sim, Zeus estava apressando Diya! E o motivo? Ele temia que, se demorasse ainda mais, começasse a pensar novamente em Nelson, o homem que ocupava os pensamentos de Diya. E, se a raiva dele aumentasse, talvez não conseguisse concretizar o divórcio.Com os punhos cerrados, Zeus se forçou a manter o foco. Já estava decidido: o divórcio tinha que acontecer. Não havia espaço para arrependimentos.Diya jamais imaginou que, depois de Zeus ter fugido para outra cidade da última vez que tentaram se divorciar, desta vez ele seria tão direto e resoluto.Por outro lado, isso facilitava as coisas para ela. Menos complicação, melhor.Zeus chegou na frente e entrou resoluto no cartório. Tudo foi rápido. Desde o preenchime
— Só vim ao hospital resolver um problema, não precisa de toda essa confusão. Mas, obrigada pela boa intenção.A voz de Diya era educada, mas longe de ser calorosa. Seus problemas com Zeus eram pessoais e não deveriam afetar outras pessoas. Esse era seu limite.— Não tem problema, é só aqui na sala ao lado. — Insistiu Pedro, tentando se desvencilhar.Diya balançou a cabeça rapidamente:— Não precisa mesmo, já terminei.Ela ergueu a pequena caixa de remédio que segurava. O nome na embalagem era claro: Levonorgestrel. Indicação: contraceptivo de emergência até 72 horas após o ato.O rosto de Zeus escureceu instantaneamente, como se uma sombra pesada tivesse caído sobre ele. Se antes, na frente do cartório, ele ainda guardava uma pequena esperança, acreditando que, apesar de tudo, Diya talvez já tivesse sentido algo por ele... agora, a certeza era outra. Quanta aversão alguém precisaria sentir para, no momento em que se afastassem, correr ao hospital e comprar um contraceptivo de emergênc
Pensando bem, fazia sentido. Sendo a Srta. Ribeiro, como poderia faltar homens ao seu redor?Pedro, ao lembrar do semblante carregado de Zeus, não conseguiu evitar murmurar:— Será que Diya e Zeus realmente não têm mais nenhuma chance?Dentro do Lamborghini, Bernardo observava o rosto levemente pálido de Diya. Havia uma centelha de preocupação em seu olhar enquanto ele ligava o carro com a naturalidade de quem já estava acostumado.— Senhorita, daqui a alguns dias será o seu aniversário. E agora que sua identidade foi revelada, conforme a vontade do Sr. Cessar, a comemoração será em grande estilo. A senhora tem alguma sugestão? — Relatou Bernardo.Ele sabia que Diya era teimosa e orgulhosa. Se expressasse sua preocupação diretamente, poderia ferir sua autoestima. Por isso, preferiu mudar de assunto, adotando um tom profissional.— Quem vai organizar isso? — Perguntou Diya.A ideia do avô de fazer uma grande festa de aniversário não era uma surpresa para ela. A saúde do velho vinha se d
A tela do celular piscou, indicando a chegada de uma nova mensagem.Quando abriu, a imagem apareceu imediatamente: Bianca, com um sorriso malicioso, derramando algum tipo de pó em um coquetel azul.Diya imediatamente entendeu tudo. Aquela pessoa que havia usado truques sujos para prejudicá-la na boate X Belas só podia ser Bianca!Ela sabia que sempre tratava todos com cordialidade e nunca fazia inimigos. Tirando Bianca e a família dela, não havia mais ninguém que pudesse ter algo contra ela!Os dedos de Diya estalaram com força enquanto ela fechava as mãos em punho. Em seus olhos brilhantes, um lampejo de determinação surgiu. Ela deslizou os dedos pela tela do celular, encontrou o botão de resposta e digitou algumas palavras rápidas:[Prendam Bianca e levem para o lugar de sempre.]Após apertar o botão de enviar, a raiva que queimava em seu peito pareceu se acalmar momentaneamente.— Bianca, você gosta de jogar sujo, não é? Pois eu vou te ensinar como é ser vítima das suas próprias art
Do outro lado da linha, o som da conexão indicava que a chamada havia sido atendida. Zeus, no entanto, permaneceu em silêncio. Não sabia ao certo o que deveria dizer a Diya. Ou o que ainda poderia dizer.Mas do outro lado, a paciência de Diya já estava no limite:— Zeus, fala logo. A Bianca está com você, não está?O tom dela era direto, carregado de raiva e determinação.Zeus sentiu uma pressão no peito. Seu olhar profundo focou na pesada porta de ferro preta à sua frente. Depois, ele se virou para encarar o mundo lá fora, um sorriso sarcástico escapando de seus lábios enquanto falava ao telefone:— Srta. Ribeiro, se não me falha a memória, essa tal Bianca é sua irmã por parte de pai, não é? Agora você me questionar assim desse jeito... não acha que é um pouco inadequado?Diya não estava com ânimo para trocar palavras sem sentido com ele:— Você sabe muito bem como é minha relação com Bianca! Vou ser bem clara: meus homens estão procurando por ela há horas. Vasculhamos Cidade Malanje