Do outro lado da linha, o som da conexão indicava que a chamada havia sido atendida. Zeus, no entanto, permaneceu em silêncio. Não sabia ao certo o que deveria dizer a Diya. Ou o que ainda poderia dizer.Mas do outro lado, a paciência de Diya já estava no limite:— Zeus, fala logo. A Bianca está com você, não está?O tom dela era direto, carregado de raiva e determinação.Zeus sentiu uma pressão no peito. Seu olhar profundo focou na pesada porta de ferro preta à sua frente. Depois, ele se virou para encarar o mundo lá fora, um sorriso sarcástico escapando de seus lábios enquanto falava ao telefone:— Srta. Ribeiro, se não me falha a memória, essa tal Bianca é sua irmã por parte de pai, não é? Agora você me questionar assim desse jeito... não acha que é um pouco inadequado?Diya não estava com ânimo para trocar palavras sem sentido com ele:— Você sabe muito bem como é minha relação com Bianca! Vou ser bem clara: meus homens estão procurando por ela há horas. Vasculhamos Cidade Malanje
— Isso é sequestro! É crime! Vocês têm ideia de quem eu sou? Eu sou protegida de ninguém menos que Zeus, da família Santos, o nome mais poderoso de Cidade Malanje! Soltem-me agora, e eu prometo interceder com Zeus para que ele deixe vocês vivos! — Gritou Bianca.Amarrada firmemente em uma cama de ferro preta, Bianca se debatia inutilmente. Apesar da cena sombria, ela não demonstrava o menor traço de medo. Pelo contrário, usava o nome de Zeus como se fosse um escudo, gritando com arrogância e altivez.Interessante...Os lábios de Zeus se curvaram em um leve sorriso, mas a expressão em seu rosto permaneceu enigmática. Seus olhos escuros como um abismo escondiam qualquer traço de emoção, tornando impossível decifrar o que ele realmente sentia.Seus homens, impassíveis e bem treinados, não disseram uma palavra sequer, mesmo diante dos gritos e ameaças de Bianca. Sem permissão, ninguém ousava abrir a boca.As elegantes botas de couro de Zeus pararam diante da janela de metal, de onde ele pô
Na verdade, tudo o que a família de Bianca havia feito ao longo dos anos estava sob o olhar atento de Zeus. Ele sabia exatamente cada "boa ação" que aqueles ingratos haviam cometido. Durante todo esse tempo, Zeus havia escolhido ignorar, fechar os olhos, apenas por consideração ao passado. Mas agora, sua paciência havia chegado ao limite.— E daí? — Disse Bianca.Bianca, que até então parecia frágil e cheia de lágrimas represadas, de repente mudou completamente de expressão. As lágrimas secaram como se nunca tivessem existido. Ela amava Zeus. Dedicara tudo de si para agradá-lo, apenas para conquistar seu coração.E o que ela ganhou em troca? Ser sequestrada por ele?— Zeus, não venha bancar o moralista comigo! Você não é tão diferente de mim. Diya se casou com você, mas por que você a ignorou? Não foi porque ouviu que Nelson está voltando? Agora, você e Diya já estão no período de separação. Dentro de um mês, ela será uma completa estranha para você!Bianca era esperta. Cada palavra qu
Zeus, no entanto, não fazia ideia de que aquela noite estava longe de ser tranquila. A paz que ele tanto desejava simplesmente não iria acontecer.Diya, após procurar por Zeus no Estilo Hipicus sem sucesso, decidiu ir direto à antiga mansão da família Santos.Se ela não conseguia encontrar Bianca e não havia mais nada para fazer, por que não esperar por Zeus lá? Afinal, ele não poderia evitar voltar para casa para sempre, não é?Quando chegou à mansão, Mestre Santos já estava dormindo. Quanto a Luiza, que nunca havia se dado bem com ela, Diya preferiu dispensar os empregados e ficar sozinha na sala de estar, esperando.Ela achava que teria uma longa e solitária espera até Zeus aparecer. Mas, para sua surpresa, mal havia se acomodado no sofá quando uma figura familiar surgiu com uma xícara de café nas mãos.— Diya, você voltou! O trabalho hoje foi cansativo? Aqui, tome um pouco de café quente.A xícara foi entregue diretamente às mãos de Diya, sem nem ao menos ser colocada sobre a mesa.
Enquanto falava, Luiza caminhou em direção a Zeus. Foi só então que percebeu algo estranho: o rosto dele estava pálido, e gotas de suor frio escorriam por sua testa.Nada escapava ao olhar de uma mãe.Mesmo que há pouco tempo os dois tivessem brigado por causa de Diya, o coração de Luiza apertou ao ver o estado do filho:— Zeus, o que aconteceu com você?Instintivamente, ela segurou o braço dele, mas logo viu as manchas vermelhas no punho de sua camisa:— Sangue? Onde você se machucou? Me deixa ver! O que você andou fazendo para acabar assim?Zeus não estava ferido. O sangue era de Bianca, que teve a pele do pescoço machucada quando ele a apertou com força minutos antes. Mas, claro, essa história era algo que ele jamais poderia explicar para Luiza:— Não é nada, só arranhei a pele.Zeus suspirou, impaciente, e afastou a mão da mãe com um gesto firme. Ele se virou, decidido a subir as escadas. Sabia que Diya estava na casa, mas não tinha ideia do que ainda poderiam discutir. Depois do d
Zeus ouviu claramente como a família de Bianca tratava Diya naquele dia. Ele sabia de tudo. Não tinha como não saber.Mesmo assim, ele escolheu protegê-la.Era preciso explicar o motivo?Os olhos de Diya ficaram úmidos. Quando seu olhar pousou em Zeus, ela rapidamente sufocou as lágrimas que ameaçavam cair, escondendo também a última fagulha de esperança que ainda guardava por ele.Naquele momento, ela queria perguntar:“Zeus, Bianca é tão importante assim pra você? E eu? Sou só a amante com quem você dividiu uma noite?”Mas não podia.Aquele casamento já havia destruído o orgulho da pequena princesa da família Ribeiro. Agora... não podia deixar que isso acontecesse de novo.Ela respirou fundo, o rosto assumiu uma expressão gelada, e seus olhos transbordavam frieza:— Entregue a Bianca, e eu vou embora agora mesmo!Tudo que Bianca havia feito era imperdoável. Ela poderia até não se importar mais com Zeus, mas Bianca... Bianca precisava pagar.— Isso é impossível.Zeus ergueu os olhos p
O olhar de Zeus se fechou por um momento, mas logo ele retomou sua postura habitual, confiante e provocador.— Pois é, Diya. Dois anos de casamento e você nunca quis dividir a cama comigo. Agora que vamos nos divorciar, talvez eu deva cumprir meu papel de marido antes que seja tarde demais. Vou te deixar aproveitar mais organismo? — Zeus disse, aproximando-se com um sorriso que misturava ironia e desafio.Diya recuou, mas ele continuou, com um tom que a fez estreitar os olhos de raiva:— Afinal, como vai ser minha reputação se espalharem por aí que minha esposa, depois de dois anos de casamento, continua virgem? Zeus, o poderoso, casado com uma mulher que nunca tocou? Não dá, né?Antes que ela pudesse reagir, ele segurou seu pulso com firmeza e inclinou-se para mais perto, sua presença física dominando o ambiente.— Solte-me agora, seu idiota! — Diya gritou, tentando se desvencilhar. Ela usou a mão livre para empurrá-lo e até os pés para chutá-lo, mas Zeus era forte demais. — Escute be
Após uma noite de intimidade, Zeus já conhecia cada curva, cada ponto sensível do corpo de Diya. Seus dedos, com a precisão de um artesão experiente, deslizaram por um desses lugares, provocando um arrepio que ele percebeu na forma de uma respiração presa. Diya enrijeceu, tensa como um peixe fora d'água, seu corpo arqueando-se involuntariamente contra os lençóis enquanto ofegava, presa em uma rede de sensações contraditórias.Zeus, no entanto, queria mais. Queria o som da súplica, a rendição completa. Seus movimentos tornaram-se mais ousados, os dedos longos e ágeis explorando, provocando, desencadeando ondas de prazer que Diya lutava para conter. Um gemido suave, quase um sussurro, escapou de seus lábios. Ela os cobriu com a mão, como se o som a traísse, revelando uma vulnerabilidade que se recusava a admitir.O que estava acontecendo com ela? Estava, de fato, sentindo prazer com os toques de Zeus, o homem que a forçara? A confusão a assaltava, uma batalha interna entre a repulsa e um