Enquanto falava, Luiza caminhou em direção a Zeus. Foi só então que percebeu algo estranho: o rosto dele estava pálido, e gotas de suor frio escorriam por sua testa.Nada escapava ao olhar de uma mãe.Mesmo que há pouco tempo os dois tivessem brigado por causa de Diya, o coração de Luiza apertou ao ver o estado do filho:— Zeus, o que aconteceu com você?Instintivamente, ela segurou o braço dele, mas logo viu as manchas vermelhas no punho de sua camisa:— Sangue? Onde você se machucou? Me deixa ver! O que você andou fazendo para acabar assim?Zeus não estava ferido. O sangue era de Bianca, que teve a pele do pescoço machucada quando ele a apertou com força minutos antes. Mas, claro, essa história era algo que ele jamais poderia explicar para Luiza:— Não é nada, só arranhei a pele.Zeus suspirou, impaciente, e afastou a mão da mãe com um gesto firme. Ele se virou, decidido a subir as escadas. Sabia que Diya estava na casa, mas não tinha ideia do que ainda poderiam discutir. Depois do d
Zeus ouviu claramente como a família de Bianca tratava Diya naquele dia. Ele sabia de tudo. Não tinha como não saber.Mesmo assim, ele escolheu protegê-la.Era preciso explicar o motivo?Os olhos de Diya ficaram úmidos. Quando seu olhar pousou em Zeus, ela rapidamente sufocou as lágrimas que ameaçavam cair, escondendo também a última fagulha de esperança que ainda guardava por ele.Naquele momento, ela queria perguntar:“Zeus, Bianca é tão importante assim pra você? E eu? Sou só a amante com quem você dividiu uma noite?”Mas não podia.Aquele casamento já havia destruído o orgulho da pequena princesa da família Ribeiro. Agora... não podia deixar que isso acontecesse de novo.Ela respirou fundo, o rosto assumiu uma expressão gelada, e seus olhos transbordavam frieza:— Entregue a Bianca, e eu vou embora agora mesmo!Tudo que Bianca havia feito era imperdoável. Ela poderia até não se importar mais com Zeus, mas Bianca... Bianca precisava pagar.— Isso é impossível.Zeus ergueu os olhos p
O olhar de Zeus se fechou por um momento, mas logo ele retomou sua postura habitual, confiante e provocador.— Pois é, Diya. Dois anos de casamento e você nunca quis dividir a cama comigo. Agora que vamos nos divorciar, talvez eu deva cumprir meu papel de marido antes que seja tarde demais. Vou te deixar aproveitar mais organismo? — Zeus disse, aproximando-se com um sorriso que misturava ironia e desafio.Diya recuou, mas ele continuou, com um tom que a fez estreitar os olhos de raiva:— Afinal, como vai ser minha reputação se espalharem por aí que minha esposa, depois de dois anos de casamento, continua virgem? Zeus, o poderoso, casado com uma mulher que nunca tocou? Não dá, né?Antes que ela pudesse reagir, ele segurou seu pulso com firmeza e inclinou-se para mais perto, sua presença física dominando o ambiente.— Solte-me agora, seu idiota! — Diya gritou, tentando se desvencilhar. Ela usou a mão livre para empurrá-lo e até os pés para chutá-lo, mas Zeus era forte demais. — Escute be
Após uma noite de intimidade, Zeus já conhecia cada curva, cada ponto sensível do corpo de Diya. Seus dedos, com a precisão de um artesão experiente, deslizaram por um desses lugares, provocando um arrepio que ele percebeu na forma de uma respiração presa. Diya enrijeceu, tensa como um peixe fora d'água, seu corpo arqueando-se involuntariamente contra os lençóis enquanto ofegava, presa em uma rede de sensações contraditórias.Zeus, no entanto, queria mais. Queria o som da súplica, a rendição completa. Seus movimentos tornaram-se mais ousados, os dedos longos e ágeis explorando, provocando, desencadeando ondas de prazer que Diya lutava para conter. Um gemido suave, quase um sussurro, escapou de seus lábios. Ela os cobriu com a mão, como se o som a traísse, revelando uma vulnerabilidade que se recusava a admitir.O que estava acontecendo com ela? Estava, de fato, sentindo prazer com os toques de Zeus, o homem que a forçara? A confusão a assaltava, uma batalha interna entre a repulsa e um
Diya acordou pela primeira vez na cama de Zeus após uma noite juntos, e a única coisa que preenchia sua mente era a dor. Tremendo, ela desceu da cama com as pernas bambas, encarando com raiva o lado vazio do colchão. Cerrou os dentes de ódio.— Maldito! — Murmurou ela, mordendo os lábios enquanto pressionava com a mão uma parte dolorida do corpo.Zeus, aquele desgraçado, não tinha piedade nenhuma! Depois de passar a noite toda a atormentando, ele simplesmente vestiu as roupas e saiu sem sequer esperar que ela acordasse. E como se não bastasse, nem se deu ao trabalho de usar preservativo! Um absurdo! E agora? Se ela engravidasse? Como criaria um filho dele depois de tudo? Afinal, eles já estavam divorciados. Como enfrentaria essa situação?Enquanto Diya estava perdida em seus pensamentos, o som estridente do celular a fez sobressaltar. Com dificuldade, quase engatinhando, ela alcançou o aparelho na cabeceira. Era Bernardo.Ao ver dezenas de chamadas não atendidas na tela, ficou paralisa
“Diya, Diya... O que aconteceu com você? Você é a princesa da família Ribeiro! Como chegou a esse ponto tão deplorável?” Diya murmurou para si mesma.As lágrimas escorriam pelo rosto, pingavam no queixo e deslizavam pelas coxas, formando um rastro de tristeza impossível de conter. Diya nem sequer tentou limpá-las. Deixou que fluíssem livremente, como se cada gota carregasse um pouco da dor que sentia.De repente, lembrou-se de uma frase que havia lido no Twitter dias atrás: "Se uma relação não traz felicidade, talvez ela nunca devesse ter existido." Aquilo martelou em sua mente, e mesmo que ela relutasse em admitir, sabia que era verdade. Não queria aceitar, mas estava claro: o dia em que ignorou o conselho do avô e dos tios para se casar com Zeus foi o maior erro de sua vida.O som de uma chave girando na porta cortou seus pensamentos. A maçaneta girou, e a porta se abriu lentamente. Zeus entrou no quarto, enfiando um pequeno frasco de pomada branca no bolso antes de fechar a porta a
Diya jamais imaginou que, mesmo estando tão machucada por Zeus, ele ainda poderia ter a audácia de pensar em fazer algo daquele tipo novamente!Mas, diante da disparidade entre a força de um homem e de uma mulher, sua tentativa de empurrá-lo não surtiu muito efeito. Zeus rapidamente recuperou o controle da situação e, sem hesitar, começou a puxar a calça que ela havia acabado de vestir com tanto esforço.Só de imaginar a dor e o tormento que viriam, o corpo de Diya entrou em alerta, com cada célula gritando para fugir.— Você já me machucou duas vezes! Eu mal consigo ficar em pé, minhas pernas estão doendo... — Disse ela, desesperada, enquanto lutava contra as mãos dele.Zeus parecia implacável, mas, de repente, seus braços fortes a envolveram com firmeza. Sua voz soou baixa, quase como um pedido:— Não se mexa. Deixa eu ver.Seu tom era surpreendentemente suave, e, embora seus movimentos fossem decididos, parecia medir a força para não machucá-la ainda mais. Mas nada disso importava p
Zeus mudou abruptamente o tom de voz.— Quanto a você... — Disse ele, com aquele sorriso malicioso que sempre fazia Diya se arrepiar. Seu olhar deslizou lentamente pelo corpo dela, carregado de insinuações. — Com o quanto estou interessado no seu corpo agora, acho que o melhor seria não sairmos da cama tão cedo.Diya revirou os olhos, contendo a vontade de gritar.“Não sair da cama? O que ele quer, que eu morra ali mesmo? Esse homem é um perigo!” Pensou ela, incrédula.Zeus, no entanto, continuou, como se não tivesse notado o desconforto dela:— Ah, e sobre aquela história de pílula anticoncepcional, nem pense em tomar. Não era você que sempre dizia querer ter um filho meu? Pois bem, agora que estou atendendo ao seu desejo, por que está fingindo? Além disso, se você engravidar logo, seu avô vai ficar mais tranquilo. Sem a pílula, quem sabe dessa vez dá certo?Ao ouvir a menção ao avô, o coração de Diya apertou. O velho estava doente e seu maior desejo era segurar nos braços um bisneto