Diya jamais imaginou que, mesmo estando tão machucada por Zeus, ele ainda poderia ter a audácia de pensar em fazer algo daquele tipo novamente!Mas, diante da disparidade entre a força de um homem e de uma mulher, sua tentativa de empurrá-lo não surtiu muito efeito. Zeus rapidamente recuperou o controle da situação e, sem hesitar, começou a puxar a calça que ela havia acabado de vestir com tanto esforço.Só de imaginar a dor e o tormento que viriam, o corpo de Diya entrou em alerta, com cada célula gritando para fugir.— Você já me machucou duas vezes! Eu mal consigo ficar em pé, minhas pernas estão doendo... — Disse ela, desesperada, enquanto lutava contra as mãos dele.Zeus parecia implacável, mas, de repente, seus braços fortes a envolveram com firmeza. Sua voz soou baixa, quase como um pedido:— Não se mexa. Deixa eu ver.Seu tom era surpreendentemente suave, e, embora seus movimentos fossem decididos, parecia medir a força para não machucá-la ainda mais. Mas nada disso importava p
Zeus mudou abruptamente o tom de voz.— Quanto a você... — Disse ele, com aquele sorriso malicioso que sempre fazia Diya se arrepiar. Seu olhar deslizou lentamente pelo corpo dela, carregado de insinuações. — Com o quanto estou interessado no seu corpo agora, acho que o melhor seria não sairmos da cama tão cedo.Diya revirou os olhos, contendo a vontade de gritar.“Não sair da cama? O que ele quer, que eu morra ali mesmo? Esse homem é um perigo!” Pensou ela, incrédula.Zeus, no entanto, continuou, como se não tivesse notado o desconforto dela:— Ah, e sobre aquela história de pílula anticoncepcional, nem pense em tomar. Não era você que sempre dizia querer ter um filho meu? Pois bem, agora que estou atendendo ao seu desejo, por que está fingindo? Além disso, se você engravidar logo, seu avô vai ficar mais tranquilo. Sem a pílula, quem sabe dessa vez dá certo?Ao ouvir a menção ao avô, o coração de Diya apertou. O velho estava doente e seu maior desejo era segurar nos braços um bisneto
A postura firme de Zeus fez Diya rir, mas não de diversão, e sim de puro sarcasmo.— O que foi? Só porque a Sra. Luiza passou horas na cozinha preparando essa sopa, eu sou obrigada a tomar? — Questionou Diya, com a voz carregada de ironia.Sem hesitar, ela ergueu a mão novamente e empurrou a tigela para longe:— Zeus, eu já disse, e vou repetir: eu não vou beber. Além disso, estamos no meio de um processo de divórcio. Do ponto de vista legal, a senhora Luiza e eu somos apenas duas estranhas.A insinuação estava clara. O “mamãe” que Zeus insistia em usar para se referir a Luiza já não fazia mais sentido, e Diya sabia que ele entendia isso perfeitamente. Por isso, nem precisou completar a frase com algo mais ofensivo.Nesse exato momento, Bernardo entrou pela porta, guiado por um dos empregados da família Santos. Seus olhos imediatamente encontraram Diya, sentada no sofá, pálida e com os cabelos desarrumados.— Senhorita, o que aconteceu com você? — Perguntou ele, cruzando a sala em pouc
Na cama familiar, Diya, recém-saída do banho, jogou-se no sofá com os ombros caídos e os cabelos longos ainda meio úmidos. Estava exausta.Depois da limpeza, a dor ardente na área sensível havia diminuído bastante, mas ainda incomodava. No entanto, isso agora era o menor dos seus problemas. O mais importante era... o anticoncepcional.Diya se levantou como se tivesse levado um choque e começou a revirar sua bolsa. Da última vez que foi ao hospital, preocupada que uma única cartela não fosse suficiente, ela havia comprado duas. E agora, olhando para trás, sentiu que essa decisão foi extremamente acertada. Caso contrário, teria que sair para comprar mais, o que estava fora de cogitação no momento.Ela mal tinha tirado a cartela de anticoncepcionais da bolsa quando seus olhos caíram sobre um objeto familiar. Um pequeno tubo de pomada. Diya franziu o cenho, confusa. Não era o remédio que Zeus havia lhe dado para aplicar na área machucada?Curiosa, abriu a tampa para verificar. O frasco ain
No Cinema Titanx, Diya estava parada na entrada, usando um vestido cinza simples e com o rosto limpo, sem maquiagem. Olhou para o relógio no pulso e não conseguiu evitar um grande revirar de olhos.As duas haviam combinado de se encontrar às dez horas da noite na porta do cinema. Agora já eram quase dez e meia, e Vanessa sequer havia dado sinal de vida!Sem pensar duas vezes, Diya pegou o celular e ligou para a amiga:— Minha querida, você tem noção de quanto tempo eu já estou aqui, congelando no vento frio desse início de outono? Se eu disser que as flores que estavam aqui murcharam enquanto eu esperava, não estaria exagerando. Você tem ideia disso?O movimento no cinema era intenso, com pessoas entrando e saindo a todo momento, e lá estava Diya, plantada como uma boba, usando uma máscara e um boné que cobria quase todo o seu rosto, tentando se proteger do vento frio.— Ai, Diya, não fica brava comigo! — Respondeu Vanessa com sua voz doce e cheia de charme. — Eu só dei uma caprichada
— Diya, você está meio estranha hoje. Tá escondendo alguma coisa de mim? — Vanessa perguntou, lançando um olhar perspicaz e aguardando calmamente a resposta.— Eu? Escondendo? Você sabe tudo sobre mim! E além disso, com a nossa relação, por que eu esconderia alguma coisa de você? — Diya retrucou, mantendo a pose, mesmo sem saber exatamente o que Vanessa estava insinuando.Apesar da negação de Diya, Vanessa não quis confrontá-la de imediato. Com um leve sorriso, balançou os ingressos de cinema que tinha na mão, desviando habilmente o foco da conversa:— Faltam dez minutos pra sessão começar. Vamos logo, senão perdemos o horário da entrada!Ao ouvir isso, Diya soltou um suspiro aliviado. Enquanto Vanessa não insistisse no assunto, tudo estaria sob controle.Enquanto entregavam os ingressos na entrada, Diya reparou na produção de Vanessa. A amiga estava impecável, com uma roupa chamativa e uma maquiagem de quem parecia pronta para aparecer na frente das câmeras. Era estranho. Se fosse mes
Ao pensar nisso, Diya sacudiu a cabeça como se tivesse levado um choque. Estava mesmo ficando louca? Agora qualquer pessoa que via parecia Zeus? Mal sabia ela que aquele comportamento já havia sido percebido por Vanessa, que a observava com atenção. Sob o som de fundo do filme, Vanessa fingiu um tom de brincadeira enquanto perguntava: — Ei, Diya, me conta: naquela noite no X Belas, com quem você foi embora? Me deixou sozinha na boate! Fiquei tão brava, você nem imagina! Ao ouvir isso, Diya sentiu o sangue ferver. — Você ainda tem coragem de falar? Eu fui embora, e você nem pensou em me procurar! Se Vanessa tivesse ido atrás dela naquela noite, talvez Zeus não tivesse conseguido o que queria, e ela não teria passado por tudo aquilo. — Eu… — Vanessa fez um bico de criança contrariada. — Eu tinha bebido demais! Quando apagaram as luzes, eu acabei cochilando. Foi meu empresário que me arrastou de lá! Assim que acordei, liguei pra você. Quem atendeu foi sua assistente, dizendo
— Isso mesmo, é ela! Você até falou que ia me apresentar, lembra? Minha querida Vanessa, será que mais tarde você poderia...O tom de Ronaldo, com aquele final de frase propositalmente arrastado, transbordava uma ansiedade quase infantil, mas no fundo o que ele demonstrava era uma fome genuína por talento.Vanessa conhecia Ronaldo havia anos. Sabia bem o quanto ele andava desesperado por um bom letrista, e já vinha pensando em ajudá-lo. Foi por isso que aproveitou a desculpa de um filme para apresentar os dois.Ao notar o desespero quase cômico do amigo, Vanessa decidiu não enrolar:— Na verdade, minha ideia sempre foi apresentar vocês. Mas, se você quer que ela aceite escrever pra você, saiba que não será fácil. Já vou avisando: eu faço a ponte, mas convencer ela... aí é contigo.— Isso eu entendo! Desde que o trabalho seja bom, o preço é o que ela quiser!Ronaldo sempre foi um investidor generoso, especialmente quando se tratava de talento. Para ele, gastar uma fortuna num letrista d