As amigas que acompanhavam Bianca se sentiram instantaneamente mais confiantes ao ver Zeus ali para apoiá-las. Diya ainda não havia dito nada.— Zeus... — A voz de Bianca soou doce e melosa, tomando a iniciativa. Ela ajeitou o cabelo e deixou que lágrimas volumosas caíssem, como se tivesse encontrado seu salvador. — Eu não sei o que fiz de errado, mas minha irmã e as amigas dela vieram e nos agrediram. Olha só, meu rosto está inchado de tanto apanhar.Ser espancada duas vezes em um único dia. Desta vez não era na família Santos, e ela não poderia deixar Diya escapar impune. Ela chorava como se estivesse completamente desamparada, mas a marca da mão em seu rosto a deixava com uma aparência um tanto cômica.Zeus lançou um olhar frio para o rosto inchado de Bianca antes de fixar os olhos em Diya. Diya mal tinha terminado de brigar com ele e já estava por aí se divertindo com outros homens? Ainda nem haviam se divorciado, e ela já estava tão impaciente?Olhando para o visual impecável e o
Nesse exato momento, o som de sirenes cortou o ar do lado de fora.Diya sorriu, ficando ali parada, cercada pelas luzes de neon que brilhavam na noite. A única coisa que a perturbou foi um breve lampejo de tristeza em seus olhos quando Zeus levou Bianca, deixando para a polícia resolver o caso. Mas, agora que ela estava prestes a ser levada à delegacia, não demonstrava um pingo de medo. Pelo contrário, exibia uma calma serena, lançando um olhar tranquilo e firme para a mulher chamada Leona:— Você tem coragem, hein, de chamar a polícia para me prender.— Não fui só eu. Mestre Zeus também quer você atrás das grades. Quem você pensa que é para machucar a Bianca? Uma caipira como você querendo se comparar com Bianca? Viu o que aconteceu? Mexeu com Bianca, e Mestre Zeus vai fazer você pagar caro por isso. — Respondeu Leona.— Tudo bem. Lembra dessas palavras, só não se arrependa depois.Foi nesse momento que os policiais apareceram:— Todos que estavam presentes hoje, ninguém sai correndo.
Leona se sentiu humilhada, imaginando como poderia ter se deixado intimidar por uma mulher do interior.— Muito bem! Quero ver até quando você vai ficar toda orgulhosa. Abram essa porta! — Ordenou Leona, com a arrogância de um pavão.Ela precisava recuperar a compostura, mostrar a Diya de quem era o território. Diya, exausta, era arrastada por dois brutamontes.Leona não podia fazer nada contra Vanessa, mas compensaria isso descontando mil vezes em sua amiga. Sem hesitar, deu um tapa na cara de Diya.Diya não se esquivou, não porque não pudesse, mas porque queria deixar Leona se exibir à vontade. Depois, ela devolveria tudo em dobro. No entanto, sua mente vagava, relembrando o que havia acontecido no bar.Diya também tinha medo da dor, mas quando Zeus chegou, ele nem perguntou se ela estava machucada. Ele só se importou com a própria reputação, pegou nos braços a mulher que Diya mais odiava e foi embora. Talvez tudo não passasse de uma ilusão dela mesma. Talvez merecesse tudo isso.Enq
No exato momento em que o celular tocou, era o assistente Patrick:— Mestre Zeus.— O que houve? Ela se arrependeu?— Não. A senhora não se humilhou, nem ligou pedindo desculpas, mas alguém interveio....Na delegacia, na sala de detenção, Leona ainda não estava satisfeita, mesmo depois de ter esbofeteado o rosto de Diya até deixá-lo vermelho. Quando estava prestes a levantar o pé para chutar com seu salto alto, uma pesada bota a lançou a vários metros de distância.De repente, a porta da sala se escancarou! Com um estrondo! Uma horda de homens musculosos, todos de óculos escuros e trajes pretos, invadiu o recinto a partir do sombrio corredor.A aura intimidante daqueles homens paralisou todos ao redor!— Senhorita.À frente do grupo estava Bernardo, o guarda-costas pessoal de Diya, que a acompanhava desde a infância. Era ele quem Diya estava esperando.Diya foi levada para a sala de descanso, onde muitos na delegacia apareceram para se desculpar com ela, incluindo o tio de Leona, que
Leona tentou xingar, mas o guarda-costas rapidamente tapou sua boca.— Você acha que acabou? — Disse Diya com um sorriso frio. — O verdadeiro espetáculo ainda está por vir!Dizendo isso, ela se levantou e, com passos firmes, saiu da sala, os saltos ecoando pelo chão. Antes de partir, deu uma última ordem ao guarda-costas:— Certifique-se de dar a ela um tratamento especial!— Sim!Leona, com a boca tampada, estava em completo desespero. “Diya! Como você ousa chamar alguém para te salvar? Quem te deu essa coragem? Mestre Zeus nunca vai te perdoar!”...Ao sair da delegacia, Diya foi levada para o hospital para receber curativos. Apesar de seus ferimentos serem superficiais, a antiga Diya era do tipo que causava alvoroço em um hospital inteiro por um simples arranhão.Nos últimos três anos, a equipe de segurança esteve em alerta constante, e ao ver Srta. Diya sofrendo tantas humilhações logo após seu retorno, Bernardo não pôde deixar de exagerar na reação.Afinal, a família Ribeiro era
Diya não conseguia acreditar que ele realmente apareceu no hospital no meio da noite! Será que Bianca não conseguiu satisfazê-lo?Só de pensar no que ele e Bianca fizeram naquela noite, sentiu uma dor profunda, como se seu coração estivesse sendo perfurado por agulhas.Sem pensar duas vezes, Diya mordeu o ombro de Zeus com força, em sinal de resistência.Zeus respirou fundo com a dor. Essa mulher tinha uma força surpreendente, ainda nem tinha se recuperado da pancada que ela havia dado em sua perna da última vez, e agora mais essa mordida.— Você é um cachorro? — Zeus exclamou com dor.Ao ver Zeus finalmente demonstrar dor em seu rosto geralmente impassível, Diya sentiu um alívio interno:— Me solta agora, ou vou chamar os seguranças!Zeus, com suas feições marcantes a poucos centímetros de distância, segurou o queixo dela com firmeza:— Dou-lhe duas opções: ou eu te solto e a gente vai juntos mostrar ao seu avô esse seu estado deplorável, ou você fica quieta e volta comigo!Ao ouvir a
Zeus permaneceu ao lado da cama, com os lábios apertados, puxando a gravata no peito com irritação. Ele olhou para o relógio no pulso, visivelmente impaciente:— Você não vai se preocupar com seu avô?— O que você quer dizer com isso?Diya ainda estava confusa, sua mente nublada pela raiva.— Vamos ver o Mestre Cessar. Meu avô me disse que o Mestre Cessar está se recuperando em Cidade Malanje. Hoje ele já me ligou várias vezes. Eu disse a ele que estaremos lá amanhã às oito da manhã. A aura fria e assustadora que emanava de Zeus era inconfundível.— Não preciso de você! Eu vou ver meu avô sozinha! — Respondeu Diya, forçando-se a sair da cama, mesmo com o corpo ainda fraco.Aquela suíte conjugal, para ela, era uma prisão, um símbolo de sua humilhação.Que ironia, não era?Em dois anos de casamento, Zeus nunca tinha pisado naquele quarto. Agora que estavam prestes a se divorciar, ele insistia em mantê-la ali. Mas para ela, ficar naquele lugar, nem por mais um minuto, era insuportável.A
— Ora, não seja modesto! Você é forte como um touro, uma simples doença não vai te derrubar, vovô. Em um mês ou menos, você estará bem, e eu vou precisar da sua ajuda no xadrez. Da última vez que te vi jogando em vídeo, soube que você ganhou o campeonato municipal, derrotando um monte de jovens. — Elogiou Zeus habilmente, mostrando sua maestria em agradar os mais velhos.Cessar, que na velhice tinha se afeiçoado ao xadrez, sentiu-se revigorado com os elogios de Zeus. A preocupação inicial de que Diya estivesse sofrendo na família Santos foi substituída por uma impressão mais positiva. Embora seu genro fosse um herdeiro mimado, ele também parecia ser um homem atencioso.Diya lançou um olhar cortante para Zeus. Quando foi que esse sujeito aprendeu algo sobre xadrez?— Os jovens têm uma boa lábia, mas quero ver se agem conforme falam. Estou velho, Diya perdeu a mãe muito cedo, e agora, na minha velhice, ao ver outras famílias rodeadas de netos, também gostaria de ter um para abraçar. — Su