A mulher estava tão mole que não conseguia se sustentar, como se tivesse acabado de sair de uma sessão de banho termal, quente como uma bolsa de água quente.Vinicius sentia o suor percorrer seu corpo devido ao contato com ela, mas ainda se lembrava daquele chute que ela o deu na cama, mantendo seu corpo tenso, tentando controlar a irritação que se formava.Ela pressionava seu peito com suavidade, mas com uma força constante, até que ele finalmente não conseguiu mais se conter e falou:- Já acabou?- O quê?- Se já acabou, desça de cima de mim. Já chega, não é?Mariane, sem forças, ouviu o que ele disse e, contendo o desconforto, o soltou.- Você pode me colocar na cadeira?Vinicius a encarou com um olhar severo.Ela suspirou, vendo que ele não se movia e resolveu descer sozinha.Ela realmente estava exausta. Ao descer, sentiu uma dor aguda nos pés, como se estivessem sendo espetados por agulhas, mas mesmo assim, suportou a dor e se arrastou até a cadeira ao lado.Vinicius, a observand
- Eu estou falando sério! - Mariane, em pé no andar de cima, com uma expressão séria, continuou. - Convulsões súbitas, micção anormal, tudo isso corresponde a uma reação.- Quem te disse isso?- O Google!Vinicius, por outro lado, deu uma risada:- E o Google te disse que você tem uma doença terminal?Mariane ficou sem palavras.Por que ele simplesmente não acreditava?Ela correu escada abaixo:- Você não acredita, vamos fazer uma aposta!Vinicius tirou o relógio:- Você não tem nada, com o que você vai apostar comigo?Mariane engasgou.Eles trocaram olhares e Vinicius notou seu pijama solto, que mal cobria seu corpo, se lembrando das pessoas que o seguiam para dentro de casa.Seu rosto tinha uma expressão de surpresa.Coincidentemente, Túlio entrou da rua, sempre acompanhado por um ajudante.- Sr. Lopes, não custa verificar.Os olhos de Mariane brilharam, ignorando Vinicius, ela se virou para Túlio:- Sério, eu sinto que algo está errado, nunca tive sintomas de cãibras subaquáticas.-
Depois de ouvir, Mariane imediatamente procurou um recipiente. Virando a cabeça, ela viu um pequeno frasco antigo colocado na prateleira ao lado. Vinicius bateu na superfície da mesa de chá com as juntas dos dedos e advertiu com um tom de voz:- O que está pensando?Mariane, com um tremor no canto da boca, respondeu:- Só estava procurando um recipiente mais ou menos do mesmo tamanho.Vinicius recolheu o olhar com desdém. Mariane rapidamente subiu as escadas, revirando tudo no quarto, até finalmente encontrar um frasco pequeno. Depois de o preparar, ela se sentiu um pouco envergonhada, colocou as coisas em uma bolsa e desceu as escadas. Túlio já estava esperando por ela.- Pode me dar.Mariane agradeceu repetidas vezes e passou as coisas para ele. Vinicius lançou um olhar, franzindo a testa ao ver o gesto dela entregando o presente. Túlio partiu com sua irmã. Mariane, inquieta, andava de um lado para o outro no térreo. Vinicius, sentado no sofá, a observava caminhar agitadamente com ro
Luciana tinha três filhos, duas meninas e um menino. Quando Daiane nasceu, ela ainda era secretária e, buscando progredir na carreira, inevitavelmente negligenciou a educação da filha. Depois, ao se tornar a Sra. Luciana, ela teve gêmeos e passou a negligenciar ainda mais a filha mais velha.Sem perceber, acabou criando Daiane mimada e caprichosa, sem herdar nem um pouco de inteligência ou astúcia.- Vinicius está no auge agora, até forçou seu pai a ir para a Cidade G, o que você ganha ao provocar ele?Daiane, irritada, estava indignada e também lembrava que Dimitri parecia interessado em Mariane, o que a levou a agir impulsivamente.- Mãe, eu só queria te ajudar.- Bobagem! - Luciana, furiosa, torceu o rosto dela e disse. - Matar Mariane para quê? Se você realmente tem coragem, vá envenenar Vinicius!Depois de falar, ela sentiu um arrepio de medo, preocupada que sua filha tola realmente levasse a ideia adiante.Ela então se acalmou e começou a analisar:- Vinicius é forte, mas seu pai
Mariane se moveu para mais perto:- Então, vamos deixar isso de lado por enquanto. Não procure a Luciana agora, espere a oportunidade certa para lidar com ela mais tarde. - Ela terminou e, observando a expressão de Vinicius, acrescentou outra frase. - Você precisa pegar aquela garçonete que serviu o suco para mim, vai ser útil no futuro.Vinicius, com um cigarro entre os dedos, ouvindo isso, seus olhos frios como neve mostram um traço de malícia e seus lábios se mexem:- No futuro?- É.- Em seis meses você estará fora, que futuro?Mariane ficou sem palavras.Vendo ele se levantar e caminhar para dentro, ela rapidamente disse:- Podemos não ter um futuro juntos, mas você tem, guarde para o seu próprio uso!Vinicius deu a última tragada no cigarro, apagou a bituca se inclinando para frente e disse friamente:- Obrigado por cuidar de mim.Mariane não respondeu.Então, o homem foi até a porta do quarto, parou por um momento e olhou para ela:- A dose não é grande, uma pessoa normal não te
Lucas olhou com ironia:- O médico disse que há esperança.Ele já estava cansado de ouvir sempre a mesma ladainha dos médicos.Mariane também tinha uma ideia do que se tratava, mas sem conhecer os detalhes, preferiu não emitir opinião precipitada.Lucas, porém, levantou a mão:- Talvez sempre haja esperança, mas nunca uma recuperação completa.- Não seja tão pessimista. - Aconselhou Mariane.De repente, Lucas se virou para ela:- Você poderia tocar piano para mim? Faz tempo que não escuto uma música normal, o que eu toco soa horrível.Mariane sentiu um aperto no coração.Ela tinha pesquisado sobre o passado de Lucas depois de voltar. A família Ravino o protegia bem e as informações sobre ele eram escassas, mas havia rumores de que ele era um gênio musical.Era cruel fazer um gênio negar seu próprio talento.Ela sabia que confortar verbalmente alguém com tanto orgulho nem sempre era o melhor e Lucas definitivamente não precisava de pena.Mariane controlou suas emoções, não mostrando nad
Ao entardecer, Mariane saiu do hospital, olhando para a conta em suas mãos e suspirando.Lucas olhava para ela de tal maneira que ela simplesmente não conseguia dizer não.Enquanto refletia, seu telefone tocou.Era Tamires:- Olá.Sua voz estava cheia de energia.Mariane se sentia confortável ao ouvir aquilo, olhando para o pôr do sol, perguntou casualmente:- O salário caiu?- Inteligente! - Tamires estava claramente de bom humor. - Onde você está? Vou te buscar para irmos beber.Mariane, por hábito, respondeu:- Preciso ir para casa.- Para casa? Que casa? Você não se divorciou?Mariane hesitou por um momento.Era verdade, ela se divorciou.Os carros passavam em frente, um após o outro.Ela pensou que Vinicius provavelmente não voltaria para casa e mesmo se voltasse, não a procuraria.Agora, eles só se viam quando precisavam um do outro, não havia necessidade de se encontrarem todos os dias.- Rápido, me dê o endereço! - Tamires insistiu.Mariane olhou para o céu, inspirou o ar fresc
Assim que as câmeras de vigilância foram ligadas, o barulho era tanto que só podia ser assistido no mudo. Mariane era fácil de encontrar, pois estava sentada no bar, chamando atenção. Muitos se aproximavam para conversar, mas ela não se importava e mandava todos embora, preferindo conversar com o barman.Lá estava ela, de cabeça colada com o barman, cochichando. No auge da conversa, ele até a passou um lenço para enxugar as lágrimas. A imagem era tão clara que, de repente, todos no camarote ficaram em silêncio.João pigarreou e disse:- O dono me disse que os barmen daqui não se interessam por mulheres.Vinicius lançou um olhar para ele e disse de forma sombria:- Não se interessar por mulheres não faz dele menos homem.João sorriu de canto e perguntou, testando:- Por que não a chamamos aqui para perguntar? Ela parecia tão envolvida na conversa, talvez a cunhada tenha algum problema.Vinicius ficou ainda mais frio e não respondeu. João entendeu o recado e mandou alguém chamar o barman