O silêncio pairava no cômodo por um longo tempo.Mariane permanecia parada, seu rosto corado de vermelho.A ideia de se despir lentamente diante dele era impensável para ela.A vida conjugal deles sempre começava com as luzes apagadas e ela sempre tomava a iniciativa no início, mas era passiva durante o processo.Seus olhares se cruzavam e ele a observava friamente, claramente querendo a ver em apuros.Mariane brincava com os botões de sua roupa, suas mãos suadas.Durante a hesitação, seus dedos escorregadios inadvertidamente desabotoaram um botão.Apenas um, revelando um pouco de sua clavícula.De repente, se ouviu uma batida na porta.Ela se assustou.Vinicius franziu a testa, lançando um olhar severo.Ambos se moveram ao mesmo tempo. Ela deu um passo para trás, o evitando, enquanto ele se apressava em direção à porta, a fechando firmemente atrás de si.Só então ele se lembrou que mesmo que alguém batesse, ninguém ousaria entrar.Ninguém poderia a ver.Além disso, ela apenas desaboto
Mariane não se atreveu, em uma ocasião tão importante como essa, temendo que se desmoronasse lá fora, Vinicius provavelmente a estrangularia na hora.De repente, passos foram ouvidos do lado de fora.Ela ouviu o assistente falar cautelosamente algumas palavras, seguidas pela voz indiferente de um homem.Ela afiou os ouvidos, mas não conseguiu ouvir claramente.Depois de um tempo, a porta do provador foi aberta abruptamente.Ela se assustou, instintivamente se abraçando e recuando.- O que você está fazendo?Vinicius não a deu atenção, com um cigarro entre os dedos, irritado, jogou algo na superfície da mesa.Uma peça de lingerie.Mariane piscou.- Preciso te ajudar?Mariane percebeu, ele estava sugerindo que ela ajustasse a peça por dentro.Seu rosto corou, ela o encarou por um longo tempo, sem entender como ele descobriu.O homem puxou uma cadeira para perto dela e se sentou despreocupadamente.Mariane mordeu o lábio, supondo que ele não planejava sair.Sem alternativa, ela se virou p
Mariane, sem alterar a expressão, perguntou:- A loja de vocês oferece um serviço de aluguel de vestidos de gala em parceria com as marcas?O assistente, rápido no raciocínio, entendeu a pergunta, mas não queria a tratar como se fosse ingênua.- Sim, temos.Mariane sorriu friamente, sem emitir som.Ela se lembrou de ter visto um vestido na área de exposição durante a visita, uma peça de uma marca de primeira linha do país, conhecida por sua arrogância e por colaborar apenas com superestrelas.E, por coincidência, Luana usou esse vestido no leilão beneficente.Sem surpresa, o histórico de compras de Vinicius nessa loja certamente estava ligado a Luana.- Sr. Lopes, podemos ir agora. - Dario chamou de não muito longe.Vinicius, que acabava de desligar o telefone, lançou um olhar na direção dela antes de caminhar para fora.Mariane rapidamente escondeu suas emoções e o seguiu casualmente.No carro, o silêncio reinava.Mariane estava curiosa sobre os sentimentos dele por Luana.Será que er
Selena gostava de nadar e Daiane, ao perceber isso, soube se aproximar, encurtando significativamente a distância entre elas.- Cunhada, você vai conosco? - Perguntou Mariane, sorrindo discretamente.- Claro. - Respondeu Mariane, se levantando e, surpreendentemente, convidando Vinicius e o Sr. Robertson.Vinicius olhou para ela com mais atenção, enquanto Luciana franziu a testa. Robertson aceitou com prazer, prontamente mostrando interesse. Aproveitando a oportunidade, Mariane perguntou a Luciana:- Você vem também?Luciana olhou friamente para ela e não respondeu. Se virou para Robertson e disse que tinha outros compromissos, que se encontrariam no jantar e se despediu. Ao se levantar, lançou um olhar significativo para Daiane ao lado.Daiane se sentiu ligeiramente perturbada, percebendo tardiamente seu erro. Ela queria agradar a Selena e nadar era uma das poucas coisas que Selena gostava que Daiane também era boa. Ela não esperava tocar em um tabu da mãe.Vendo sua mãe partir, Daiane
Selena, jovem e enérgica, estava naturalmente disposta e, descartando sua toalha de banho, se levantou.- Ótimo! Vou competir com você! - Disse ela, se virando para o ponto de partida.Daiane, que estava voltando, lançou um olhar desconfiado para Mariane e murmurou:- Você sabe nadar? Não vá passar vergonha.Mariane respondeu calmamente:- Já te fiz passar vergonha uma vez, teme passar vergonha novamente?Daiane mordeu o lábio e imediatamente olhou para Vinicius, esperando que ele impedisse a tolice de Mariane.Vinicius, no entanto, estava conversando com Robertson e, ao ouvir, lançou um olhar rápido.Ele não falou nada, mas Daiane percebeu que ele concordava com o que Mariane tinha dito.Ela mordeu o lábio e lançou um olhar furioso para Mariane.Ao longe, Selena já estava chamando Mariane.Mariane ergueu levemente o queixo e, impassível, empurrou Daiane para passar.Atrás dela, Daiane soltou um resmungo e, se acalmando, logo encontrou um lugar para sentar e esperar Mariane fazer feio.
O homem estava de pé na margem, se curvando com uma dignidade condescendente para estender a mão e Mariane ficou momentaneamente atônita.Ele realmente foi a ajudar a subir.Ela olhou ao redor e viu que Selena já tinha sido ajudada a sair da água.Fazia sentido, provavelmente era para parecerem afetuosos naquela situação.- O que está pensando? Não vai subir?O homem já estava ficando impaciente.Mariane não pensou mais e estendeu sua mão encharcada, a colocando na palma do homem.Vinicius usou um pouco de força para a puxar para a margem. Ela quase perdeu o equilíbrio ao pisar no chão escorregadio, mas ele a segurou pela cintura para a estabilizar.Ao lado, Selena, envolta em uma toalha, olhava fixamente para ela.Mariane retribuiu o olhar e disse diretamente:- As mulheres daqui também não são ruins, né?Selena não mostrou nenhum sinal de constrangimento e respondeu:- Você é muito boa.Ao longe, Daiane observava a cena em silêncio, quase mordendo os dentes de raiva.Ela estava certa
A água estava morna, e o ambiente ao redor, tranquilo.Mariane inconscientemente relaxou o corpo, se deitando à beira da piscina, se sentindo um tanto cansada.Suas pernas estavam doloridas e desconfortáveis.Ela tentou se mexer um pouco, mas isso não ajudou, então ela aleatoriamente apertou suas pernas com as mãos.De repente, ela sentiu uma forte cãibra na panturrilha. Seu cérebro despertou e seus olhos se arregalaram. Ela instintivamente tentou se agarrar à borda da piscina, mas suas pernas e braços estavam tão fracos quanto macarrão.Seu corpo deslizou lentamente para dentro da piscina, até ela se sentar completamente submersa.Ela lutou para subir, gritando:- Socorro!Ela engasgou várias vezes antes de conseguir respirar um pouco de ar, mas suas pernas continuavam a ter espasmos incontroláveis, muito mais intensos do que cãibras comuns.Não havia nenhum sinal de movimento lá fora e a garçonete tinha desaparecido.Mariane sentiu o medo subir pelo coração enquanto seu mundo escurec
A mulher estava tão mole que não conseguia se sustentar, como se tivesse acabado de sair de uma sessão de banho termal, quente como uma bolsa de água quente.Vinicius sentia o suor percorrer seu corpo devido ao contato com ela, mas ainda se lembrava daquele chute que ela o deu na cama, mantendo seu corpo tenso, tentando controlar a irritação que se formava.Ela pressionava seu peito com suavidade, mas com uma força constante, até que ele finalmente não conseguiu mais se conter e falou:- Já acabou?- O quê?- Se já acabou, desça de cima de mim. Já chega, não é?Mariane, sem forças, ouviu o que ele disse e, contendo o desconforto, o soltou.- Você pode me colocar na cadeira?Vinicius a encarou com um olhar severo.Ela suspirou, vendo que ele não se movia e resolveu descer sozinha.Ela realmente estava exausta. Ao descer, sentiu uma dor aguda nos pés, como se estivessem sendo espetados por agulhas, mas mesmo assim, suportou a dor e se arrastou até a cadeira ao lado.Vinicius, a observand