- Planejar uma nova peça? - Ao ouvir a sugestão de Mariane, Flávia hesitou um pouco.Mariane assentiu, dizendo:- Eu sugiro que você escolha rapidamente um tema, pegue o mais simples! Primeiro estabilize a situação com o chefe e depois pense em competir com Sabrina.A situação atual não era sobre ganhar ou perder a aposta, mas sim se Flávia ainda tinha valor e isso era o que interessa ao chefe.- Eu sou uma artista...- As pessoas ao seu redor precisam comer. - Mariane cortou a fala de Flávia com uma frase.Ela olhou para os novatos restantes na sala, só podendo suspirar.- Planejar uma nova peça também é uma opção...Mariane, vendo que ela cedeu, ficou um pouco mais tranquila.Ela disse:- Entre em contato com a pessoa responsável pela programação para ver quais peças estão disponíveis recentemente.Ao lado, uma garota levantou a mão e disse:- As histórias de contos de fadas da Disney sempre vendem bem!- Bobagem! - Flávia arregalou os olhos. - Isso também é chamado de peça?Uma dire
Originalmente, o grupo de Flávia tinha dezessete pessoas, mas agora só restavam seis.Uma maquiadora chamada Maia, que havia sido agredida por Sabrina, permaneceu no grupo graças a Flávia, que a defendeu, ofendendo Sabrina definitivamente. Esta garota ainda tinha consciência, não partiu.Dos cinco restantes, quatro eram estagiários e uma, chamada Cláudia, uma bela mulher de cabelos longos, frequentemente ignorada, era uma garota bastante gentil.Assim que a porta do quarto se fechou, Flávia se sentou num canto, coberta de pelo, incapaz de aceitar as mudanças.Os estagiários começaram a limpar.Cláudia, contando os bens da produção, brincou:- Se fôssemos encenar 'Branca de Neve', teríamos pessoas suficientes. Mari seria a princesa, e nós, os anões.Nina, aparecendo, disse:- Diretora Flávia já está velha, não dá mais.Flávia olhou para ela sombriamente.Todos se calaram.Mariane, recostada na cadeira, cobriu o rosto com as mãos e riu inesperadamente.Flávia a empurrou, dizendo:- Garot
Do outro lado da linha, a voz do homem soava abafada e um pouco rouca, mostrando impaciência ao dar o endereço.- Venha para a Mansão Blue Sky.Mariane imaginou que ele deveria estar dormindo, pois sua voz soava extremamente cansada.Ela arrumou uma sacola com acessórios para levar, planejando cuidar dos detalhes à noite.Hoje ela não dirigiu, então teria que pegar um táxi para a Mansão Blue Sky. No caminho, Lucas ligou para ela.- Alô?- A galeria me ligou, disse que você pediu demissão?Mariane olhava pela janela, respondendo:- Consegui um novo emprego. Além disso, sempre tem fãs causando confusão na galeria, não consigo trabalhar direito e ainda atrapalho o negócio deles.- Se está complicado para você, me avise que eu arranjo outro emprego.- Está tudo bem, eu mesma encontrei um bom.Lucas perguntou:- Que emprego?- Em um teatro, nada de mais.Houve uma pausa antes de Lucas dizer:- Estou livre esta noite.Mariane hesitou por um momento, se lembrando de que tinha prometido o conv
O som da campainha soou.Mariane pausou brevemente a conversa casual com Vinicius e se levantou para abrir a porta.Do lado de fora, estava Raquel, segurando legumes, e atrás dela Túlio, carregando muitos petiscos.- Mari!Ao ver Mariane, Raquel pareceu muito feliz.Mariane também gostava dela e rapidamente deu espaço:- Vocês foram às compras?- Sim! Meu irmão estava com desejo, então eu o convidei para comer algo gostoso.Mariane sorriu ao ver as duas sacolas de petiscos, claramente não eram apenas para Túlio.Quando Raquel entrou, correu para cima e para baixo, pegando o cachorrinho para brincar com Mariane.De repente, ela notou um grande pacote na entrada.- O que é isso?Mariane respondeu:- São adereços.- Adereços? - Raquel piscou seus grandes olhos, curiosa.Mariane a tratava como uma criança, disposta a mimar ela, e agachou para abrir o zíper e mostrar.Um vestido de princesa, uma coroa e sapatos de salto alto.A maioria das meninas adorava essas coisas quando crianças, e Raq
Raquel, ao ouvir isso, imediatamente concorda com a cabeça:- Isso mesmo, os anões têm que chorar!Enquanto falava, ela mesma não chorava, e se voltou para organizar Túlio e Vinicius.- Chora, irmão. Chora, Vini!Vinicius, com a têmpora pulsando, sem alternativa, responde:- Por que você mesma não chora?Raquel, cheia de razões, disse:- Eu sou um anão tímido, anões tímidos choram baixinho!Mariane, rindo tanto que balança os ombros, concordou:- É, Raquel está certa.- A princesa morreu! Por favor, não fale.- Não vou falar, não falo!Ela riu internamente, sentindo que valeu a pena vir hoje.Raquel era simplesmente um anjo, quem a teria enviado especialmente para atormentar Vinicius?Como Vinicius não podia chorar, Raquel o ensinou, fazendo ele esfregar os olhos com as mãos.- Raquel, Vini não sabe chorar. - Túlio, não suportando mais, interviu para ajudar.Raquel ignorou, ocupada manipulando as mãos de Vinicius.Mariane, discretamente abrindo os olhos, flagrou Vinicius com as mãos em
- Sim!- Então me mostra como se faz.Mariane se surpreendeu. Pediu a Raquel para demonstrar, mas quem ela iria beijar?Vinicius enlouqueceu?Ela abriu os olhos com esforço novamente e, como esperado, Raquel, depois de pensar por dois segundos, se virou para segurar o rosto de Túlio e mostrar para Vinicius.- Raquel!Túlio, assustado, mudou a cor do rosto e rapidamente segurou Raquel, não se ajoelhando mais e tentando acalmar ela primeiro.- Irmão!- Tudo bem, Raquel, vamos parar de brincar.Raquel balançou a cabeça, ainda querendo o abraçar.O rosto de Túlio, sempre inexpressivo como o de um robô, quase não aguentava mais, segurando as mãos dela.- Chega de brincar! Se continuarmos, o macarrão que você comprou vai chegar e então não vai estar mais gostoso. - Disse ele, ludibriando e enganando Raquel para que ela fosse embora.Mariane deitou no sofá, bocejando, e ao virar a cabeça, encontrou o olhar sereno de Vinicius.Foi intencional.Ele já esperava que Raquel pedisse a Túlio para de
Mariane pensou por um momento, mas logo descartou essa ideia. Observando a atitude de Vinicius em relação a Daiane e aos outros, era improvável que ele tratasse bem a filha ilegítima de seu pai. Além disso, ele venerava Raquel como se fosse uma deusa. Por que seria assim? Ela estava intrigada e curiosa, sentindo como se estivesse prestes a ter uma revelação.Enquanto ponderava, o elevador deu um tranco. Em seguida, o alarme do elevador soou! Ela só teve um segundo para pensar antes que as luzes se apagassem. Mariane soltou um suspiro leve.Vinicius disse:- Por que você está gritando?A escuridão os envolvia.Mariane, tensa, se encolheu instintivamente, mas tentou parecer calma:- O que aconteceu?- O que mais poderia ser? Não ouviu o grito? Os fantasmas chegaram.Mariane, assustada, falou:- Não brinque com isso.Na escuridão, o homem franziu a testa, olhando em sua direção."É só isso que você tem de coragem?"Ele desviou o olhar, abrindo os lábios:- A energia caiu.Mariane suspirou
Disseram que seria apenas alguns minutos, mas quando uma pessoa estava nervosa, cada segundo parecia uma eternidade.Mariane se sentia prestes a ser devorada pela escuridão, com vozes confusas ecoando ao seu redor. Sem pensar muito, ela agarrou novamente a camisa de Vinicius.O homem se moveu ligeiramente, mas desta vez não zombou dela, provavelmente temendo que ela realmente se apavorasse.Houve um minuto de silêncio no quarto.Mariane se acalmou e começou a ter pensamentos aterrorizantes.Quedas de elevador, ascensões rápidas.De qualquer forma, todas eram situações mortais.Ela ainda estava usando seus sapatos de salto médio.Pensando nisso, ela discretamente moveu seus pés, tentando tirar dos sapatos, pouco a pouco.- O que você está fazendo?“Como ele descobriu?”- Estou tirando meus sapatos.O homem riu desdenhosamente, zombando dela:- Assistiu muitos filmes?- É senso comum, melhor prevenir do que remediar. Você também deveria encostar na parede, é mais seguro. Não estamos tão