Capítulo 424
O cheiro do café da manhã se espalhava pelo ar.

Abelardo, com os olhos opacos e cansados, ouviu de repente sons de briga vindos do quarto de Lúcia. Preocupado com a filha, ele rapidamente manobrou sua cadeira de rodas e deslizou em direção à porta.

Do lado de dentro, Sílvio gritava com Lúcia:

— Seus pais não te ensinaram o que é vergonha e dignidade? Não te ensinaram o que é ser fiel? Você tem coragem de chamar o nome de outro homem em um sonho? Tá querendo morrer? E ainda me encara? Vou te ensinar a não me encarar! Aquele seu pai, eu sei muito bem que tipo de sujeito ele é! Não me venha com essa cara de quem não deve nada! Se você quer que aquele velho morra, continua me irritando! Sua família toda me deve!

Abelardo ouviu cada palavra, e a raiva tomou conta dele. Pegou a bengala com cabeça de dragão que estava presa à cadeira e começou a bater violentamente na porta, ao mesmo tempo em que soltava gemidos incompreensíveis.

Ele sentia no fundo do coração que sua filha preciosa estava se
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