Capítulo 360
Ela não tinha levado guarda-chuva, e a chuva fina e constante caía sobre seu rosto, cabelo e roupas. Sem chamar um táxi, Lúcia decidiu voltar para casa a pé.

No poste de luz, um pardal solitário resistia ao vento e à chuva, sendo impiedosamente açoitado pelo clima. Lúcia soltou uma risada amarga. Ela se sentia como aquele pardal: parada, impotente, esperando que o destino lhe alcançasse.

Suspirou, sem ter outra escolha.

Lúcia lembrou-se de sua pergunta ao médico: “Doutor, eu consigo aguentar até o Natal?”

O médico respondeu com um tom grave: “Srta. Lúcia, com o seu estado atual, sua vida pode acabar a qualquer momento. Tem algum desejo que ainda não realizou?”

Lúcia refletiu. Seus desejos inacabados pareciam incontáveis.

Por exemplo, envelhecer ao lado de Sílvio, tornando-se um casal feliz, daqueles que fazem inveja aos contos de amor eterno.

Ou ter um filho adorável, um menino que fosse parecido com Sílvio, ou uma menina, com sua pele clara e beleza. O nome oficial, ela escolheria; o
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