A resposta de Sílvio surgiu diante dos seus olhos: “No seu enterro, vou soltar fogos de artifício por dias e noites inteiras, te desejando um caminho rápido para o além! Tudo será rosa, porque sei que você adora essa cor. Seu retrato, as flores, e até o caixão serão do jeito que você gosta! Farei do seu funeral o mais grandioso de todos, sem igual! Vou te dar o destaque que você merece! Lúcia, vai pro inferno! Lúcia, você merece morrer mil vezes! Vá se ajoelhar e pedir perdão aos meus pais, implore por suas almas, sua desgraçada!”Lúcia sentia a cabeça cada vez mais pesada, e o corpo estava exausto. A imagem de Sílvio, com aquele sorriso desprezível, preenchia sua visão. Será que estava delirando? De repente, ela viu o Sílvio de quando se conheceram pela primeira vez.Ele usava uma jaqueta jeans desbotada e carregava uma mochila preta sobre o ombro. Simples, quase sem destaque, mas com uma presença inegável. Na época, Lúcia era a presidente do grêmio estudantil e estava responsável
O quarto principal continuava em silêncio absoluto. Sílvio olhou para o relógio: já era nove horas. Não podia esperar mais, se esperasse mais um pouco, a comida especial para grávidas iria esfriar, e comida fria não era a mesma coisa. Pensando nisso, ele estendeu seus dedos ágeis e firmes até a maçaneta da porta. Para sua surpresa, a porta não estava trancada. Ele a girou suavemente e entrou.Seu olhar percorreu o quarto, e para seu espanto, a cama estava deserta. Olhou ao redor, ainda sem encontrar ninguém. Seu coração acelerou. Correu até o guarda-roupa e o abriu. As malas ainda estavam lá, mas a mochila preta havia sumido, assim como o copo dela!Ela havia saído? Quando Lúcia foi embora?Sílvio ficou um pouco alarmado e rapidamente pegou o celular para ligar para Lúcia. Mas o telefone estava ainda bloqueado!Ele tentou conter sua surpresa e raiva, e enviou uma mensagem pelo WhatsApp:[Para onde você foi?]Desde a noite passada, ela não havia respondido suas mensagens. Como ela po
Duas horas depois, o jato particular pousou diante de Sílvio. Leopoldo desceu do avião e, ao notar o ferimento na palma da mão de Sílvio, franziu a testa. Felizmente, havia um kit de primeiros socorros a bordo, e Leopoldo, que havia estudado medicina, sabia como fazer um curativo.— Presidente Sílvio, vocês brigaram de novo? — Perguntou Leopoldo, observando a expressão de Sílvio com cautela.Sílvio lançou um olhar carregado de frieza para ele e, em vez de responder, perguntou:— Lúcia voltou?— Não a vi na Mansão do Baptista. Mas ainda não recebemos notícias do seu apartamento. Pedi para a Marina verificar, mas ela ainda não me deu um retorno. — Explicou Leopoldo.A expressão de Sílvio se tornou ainda mais severa.Enquanto o helicóptero se preparava para decolar, o celular de Sílvio, que estava no bolso da calça social, começou a tocar repentinamente.— Presidente Sílvio, a Sra. Lúcia está ligando! — Anunciou Leopoldo com entusiasmo.O coração de Sílvio afundou. Seria realmente ela?
— Giovana! Giovana! — Sílvio sacudia o corpo ensanguentado dela.Giovana já havia perdido a consciência. Seu rosto, antes tão delicado, estava coberto de cortes e a sangue havia borrado toda a sua face.Sílvio tocou seu nariz e sentiu que a respiração estava fraca, quase inexistente. Ele se agachou, com o rosto rígido, e pegou Giovana nos braços, levando-a para o jato particular.Não fazia ideia do que tinha acontecido ou quem poderia ter causado tal dano a ela.Quando Giovana começou a acordar, ao ver Sílvio, a dor fez com que suas lágrimas rolassem. As lágrimas caíam sobre os ferimentos, intensificando a dor.— Sílvio, obrigado por vir me salvar. Estou morrendo? — Perguntou ela, com uma voz fraca e dolorida.— Não vai morrer. — Sílvio a olhou com uma expressão de preocupação genuína enquanto enxugava suas lágrimas. — Não diga besteiras. O que importa é que você está viva.Ela sorriu com tristeza, um sorriso que provocava compaixão:— Não tenho medo da morte, Sílvio. Desde que você es
No final, até mesmo seu marido, Abelardo, se posicionou ao lado de Lúcia, ajudando a convencê-la.Sem alternativas, ela cedeu. Às vezes, ela pensava que talvez fosse apenas sensibilidade demais da sua parte, um mal-entendido em relação a Sílvio.Mas parecia que estava certa o tempo todo.O espanto nos olhos de Sandra durou apenas um breve instante antes de ela desviar o olhar, segurando a toalha quente nas mãos, e continuar a limpar seu marido, que estava em coma. Ela riu com desdém:— O Presidente Sílvio tão ocupado, e hoje veio ao hospital? Que surpresa!Sílvio percebeu o tom sarcástico nas palavras dela. Normalmente, ele teria respondido de imediato, mas hoje ele estava ali para encontrar Lúcia. Portanto, ele se aproximou de Sandra e perguntou, com uma voz fria:— Onde está Lúcia?— É ridículo. Minha filha não é sua esposa? Você pergunta a mim onde ela está? Não sabe mesmo? — Sandra pensou que Lúcia poderia estar de birra, então continuou provocando-o.Sílvio ficou com uma expressão
Sílvio saiu do hospital com uma expressão sombria.Pegou as chaves do carro e decidiu que dirigiria de volta sozinho.Leopoldo, percebendo o mau humor de Sílvio, não disse nada e apenas entregou as chaves, indo investigar o caso de Giovana.Sílvio se acomodou no banco do motorista, abriu a janela e acendeu um cigarro. Sem expressão no rosto, ele fumava enquanto o vento frio entrava pela janela, fazendo a ponta do cigarro brilhar e apagar.Onde estaria Lúcia?Afinal, ela havia se enfurecido e ido embora apenas porque ele apareceu em uma foto carregando as malas de Giovana?Sílvio estava irritado e ao mesmo tempo queria rir. Será que Lúcia sabia mesmo qual era o seu lugar?Ela era apenas a filha do inimigo dele, que insistia em negociar com ele! Queria redimir a família Baptista!Mas depois que ela conseguiu 50% das ações do Grupo Baptista, trezentos milhões em dinheiro, cem milhões para as despesas médicas de Abelardo e uma promessa de que ele garantiria a família Baptista, assinou o co
— Sr. Sílvio, eu não posso ir embora. A senhora comprou um papagaio e uma planta. Ela gostou bastante, então eu preciso alimentar o papagaio e regar a planta. Se a senhora voltar e perceber que eu não cuidei deles, ela vai ficar brava. Eu não quero ver a senhora brava. — Marina disse, rindo.Sílvio olhou para ela com uma expressão de confusão:— Planta?— Sim, exatamente esta daqui. Antes da Sra. Lúcia sair, ela estava bem viçosa. Vou mostrar para o senhor. — Marina respondeu, segurando o alimento e o regador e levando Sílvio até um canto.Sílvio viu a planta, que estava murcha e sem o brilho de antes. Ele franziu a testa ao ver o estado da planta.— Ah, mas ontem ela estava bem. Como é que de repente ficou assim? Isso não é bom. A Sra. Lúcia vai ficar chateada se ver isso. — Marina exclamou, surpresa.Sílvio pegou o regador da mão de Marina e se abaixou para regar a planta com cuidado. Parecia que ele estava realizando uma tarefa de extrema importância, sem deixar margem para erros.—
O rosto de Sílvio se tornou imediatamente assustador, enquanto ele despejava toda a ração de sua mão no comedouro dentro da gaiola. Então, Lúcia o odiava tanto assim? Detestava-o a ponto de falar mal dele para o papagaio?De repente, o celular tocou. Ele pensou que fosse Lúcia. Imaginou que a sogra havia contado a ela que ele estava à sua procura, e que finalmente Lúcia tinha decidido aparecer! Mas ao tirar o celular do bolso e ver o nome no visor, seus olhos refletiram uma pontada de desânimo e decepção. Não era ela! Desta vez, Lúcia realmente estava levando o jogo a sério.Era Leopoldo quem estava ligando. Com uma expressão neutra, Sílvio atendeu o telefone e ouviu a voz respeitosa de Leopoldo do outro lado da linha:— Presidente Sílvio, a cirurgia da Srta. Giovana já terminou, mas ela está muito agitada e expulsou o médico e as enfermeiras que tentavam aplicar o remédio. Seria bom se o senhor pudesse vir vê-la.Sílvio não respondeu. Simplesmente desligou o telefone e saiu sem diz