59. Faltando coisas

Emir Aksoy

"Emir, como você está?" Asaf está ali na minha frente entre a fumaça dos escombros.

"Juana e Valentina estão sendo atacadas, precisamos tirar a minha mulher de lá."

"Juana vai tirar as duas de lá, acredite nela, ela é boa no que faz."

O som ensurdecedor da explosão havia ecoado pelos corredores do hospital, transformando o silêncio sereno em um caos estridente. Vidros estilhaçados voaram em todas as direções, acompanhados de uma onda de calor e detritos que se espalhou pela recepção. Senti o impacto como um soco brutal no peito, e fui arremessado para trás, colidindo violentamente com a parede. Tudo ao meu redor pareceu desacelerar, os sons abafados pelo zumbido persistente em meus ouvidos. A única coisa que consegui ouvir foi a voz de Juana e a preocupação que se instaurou em mim.

Sentia uma dor latejante no meu ferimento. A poeira no ar dificultava a respiração, cada inalação era um esforço excruciante. Tentei me levantar, mas uma onda de dor me fez gemer e cair de volta
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