ALEXANDER
— Sim, acredito que um acordo seja mais prudente para o seu cliente, Marvin. Ele se declarando culpado pegará vinte anos — expliquei para o advogado de defesa de Edmund Rustings, um dos homens de Raymond Hoffman. Eu não tinha nada sólido contra o desgraçado lavador de dinheiro, mas estava pegando cada um dos seus testa de ferro. Eu chegaria nele.
— Falarei com ele, Alexander. Eu imagino que ele aceite o acordo. — Marvin era um advogado inteligente, não se valia de showzinho para conseguir a pena do júri. Ele olhava para o quadro e pegava o que fosse melhor para seus clientes.
— É o mais esperto a se fazer neste caso, ele se declara culpado e entrega o Hoffman, e talvez eu veja o que posso fazer para diminuir um pouco mais a sua pena — brinquei sabendo que se Edmund Rustings entregasse Hoffman era melhor que ele pegasse perpétua. No momento que ele colocasse seus pés na rua, estaria morto. De repente a porta do meu escritório se abriu e Caterine entrou vestindo um robe de seda preto quase me fazendo engasgar. — Hum... Marvin, acho que terminamos, eu hum... tenho um compromisso.
— Claro, Alexander. Desculpe incomodar fora do horário de expediente.
— Sem problemas... — Meus olhos não saíam da bela mulher que rodava a faixa do robe na sua mão.
— Ligo se houver novidades.
— Até breve, Marvin. — Desliguei e engoli em seco em seguida.
— Você está linda. — Consegui dizer enquanto analisava seu belo corpo. Ela estava produzida. Maquiagem combinando com o robe negro, cabelos arrumados para parecerem bagunçados e eu podia sentir o cheiro delicioso do seu perfume de onde eu estava. Caterine estava sempre de tirar o fôlego, mas, de alguma forma, estava mais linda ainda com a gravidez.
Quatorze semanas de gestação. Terceiro mês. Sua barriga mal tinha crescido. Os jeans já não cabiam, mas se não fosse por isso, nem nós perceberíamos que estava grávida. Carter contava os segundos para ter uma grande barriga, estava ansiosa para mostrar a gravidez a todos. Nossas famílias estavam ansiosas também. Bem, a minha família e a família de Caterine, com exceção de Amanda. Joselie era a mais animada. Sendo a única criança da família nos últimos oito anos, não via a hora de conhecer seu primo. Sim, nós ainda tínhamos certeza de que seria um menino e que se chamaria Simon.
— Obrigada. No entanto estou me sentindo sozinha no dia do aniversário do meu noivo — murmurou, fazendo a volta na mesa e se aproximando de mim. Era cinco de maio. Meu aniversário de trinta e cinco anos. — Quero dar o presente de aniversário dele, sabe?
— Você é meu presente, baby. Sabe disso. — Virei minha cadeira, ficando de frente para ela.
— Eu sei, você vive dizendo isso para mim, então pensei em: — Suas mãos pegaram as pontas da faixa do seu robe e abriram o laço. — já que eu sou o seu presente... — Deixando a frase no ar ela abriu e deixou a peça cair no chão revelando todo o seu corpo deliciosamente nu e apenas um laço cor de rosa amarrado em seu quadril.
— Jesus Cristo! — exclamei em meio a um gemido, sentindo minha calça se apertar imediatamente.
— Feliz aniversário — disse sorrindo de forma sedutora, seus olhos verdes brilhavam e o sorriso malicioso em seus lábios me diziam que eu seria muito bem tratado no meu dia. Abaixando na minha frente, ela abriu minhas pernas e levou suas mãos no botão da minha calça.
— Primeiro eu vou chupar você. — Engoli em seco enquanto suas mãos delicadas e hábeis manuseavam minha calça para fora do meu corpo. — Depois vou sentar em você e cavalgar enquanto canto “Parabéns a você”.
— Oh, Deus! — Choraminguei feito um menino.
Só duas pessoas no mundo conseguiram transformar “Parabéns a você” em algo sexy.
Marilyn Monroe e Caterine Flynn.
Futura senhora Hartnett.
CATERINEReclamar da vida não era uma opção para mim. Sempre procurei ver o lado bom de tudo e todos, mesmo quando estava embaixo do meu nariz a realidade sobre as coisas.Cresci praticamente sem mãe, mas tive um pai, que por muito tempo se dedicou a mim e só a mim. Por anos ele não foi capaz de preencher uma parte vazia em meu coração, mas quando tive idade o suficiente para perceber que minha mãe apenas não me queria, sem qualquer justificativa, e que nem eu e nem meu pai tínhamos culpa disso, eu resolvi olhar para ele como tudo. Mãe, pai, confidente, amigo e herói.Se eu disser que fiquei feliz com a forma que ele se uniu a Milly, minha madrasta, estaria mentindo. Por um longo tempo ele foi amante dela. Milly traiu o marido até ter coragem o suficiente para deixá-lo e ficar com meu pai. Eu não aprovava ou apoiava, mas quando minha madrasta finalment
CATERINEAlexander e eu estávamos seguindo nossa vida como se já estivéssemos casados, mas o fato de ter Mary Anne e Elisabeth na família querendo fazer um grande circo em volta da nossa união fez com que decidíssemos fugir para Vegas. Nos casaríamos em alguma capela barata e passaríamos o final de semana inteiro destruindo a cama da suíte do hotel. Estávamos evitando qualquer sexo desde o seu presente de aniversário na última semana em seu escritório, para dar alguma emoção às nossas núpcias e eu também estava querendo matá-lo por ter dado essa ideia em primeiro lugar. Desde o seu aniversário eu não sabia o que era sexo.Ouvi a porta bater no momento em que fechei o zíper da minha mala e, como sempre, não consegui conter a euforia dentro de mim. Ele estava em casa.— Carter? — Alex gritou da
CATERINE— Alex, querido, sente-se direito e coloque o cinto de segurança ou a comissária vai voltar aqui novamente — disse, empurrando sua cabeça para longe da minha barriga. Aparentemente ele estava explicando para o bebê que mamãe e papai estavam indo para Vegas, casar. Assim, quando ele chegasse, nossa atenção seria apenas dele. Era fofo, realmente, mas ele estava irritando a comissária de voo e precisava se comportar.— Tudo bem, tudo bem! — Ele levantou, finalmente, e beijou meus lábios com ternura, antes de se endireitar em sua poltrona e afivelar seu cinto.O voo para Nevada duraria cerca de quatro horas. Estávamos voando de classe econômica por insistência minha, não via necessidade em gastar com classe executiva para quatro horas de voo apenas. Alex queria mais espaço e conforto para eu e o bebê, estava preocupado sobre alguma le
CATERINENa porta da nossa suíte senti o chão fugir dos meus pés quando Alexander me pegou no colo. Sorrindo, joguei meus braços em volta do seu pescoço enquanto ele destrancava a porta com a mão que estava embaixo das minhas pernas. Assim que a porta destrancou, ele chutou para que ela se abrisse para nós. Com um passo exagerado com o pé direito, nós entramos na suíte de núpcias. Da mesma forma, com um chute, Alex fechou a porta atrás de nós e finalmente estávamos sozinhos. Sem me colocar no chão, meu marido me olhou com devoção nos olhos e analisou meu rosto por um longo tempo, então, finalmente, cedeu e beijou meus lábios enquanto caminhava em direção à sacada.Colocando-me no chão, me segurou pela cintura com cuidado enquanto eu me equilibrava sobre os meus pés novamente. Olhei para a bela vista das
ALEXANDEREstou casado.Minha esposa está grávida.Porra! Eu sou o homem mais feliz da face da terra.— Alex? — Dei um pulo no chuveiro quando ouvi a voz de Caterine. — Está cantando, falando comigo ou falando sozinho, querido? — perguntou brincando. Claro que ela já sabia a resposta da sua pergunta. — Vamos nos atrasar para o passeio.— Estou saindo, baby — informei, continuando o meu banho.Era nosso último dia em Vegas e sairíamos para passear logo cedo para aproveitar o dia na cidade do pecado e à noite ficaríamos no quarto, pediríamos serviço de quarto e assistiríamos filmes na TV.— O enjoo realmente passou? Se sente melhor? — perguntei a ela.— Sim, não há com o que se preocupar, estou com fome, para ser honesta.— Claro que est&aacu
CATERINE— Alexander! O que eu falei sobre as revistas? — perguntei, cansada. Eu queria entender como meu marido conseguia ser um fanático por organização e limpeza ao mesmo tempo que era um acumulador. Começamos a organizar nosso loft assim que retornamos a Nova Iorque. Estávamos felizes e ansiosos para organizar o nosso lar, montar o quarto do bebê, mas, realmente, haviam coisas que estavam complicadas para chegarmos em um acordo.— Baby, eu não posso, têm várias delas que podem me ajudar em algum caso. — sua defesa era quase um lamurio de criança.— Você, além de obsessivo, é um acumulador — acusei com as mãos na cintura. — Temos espaço agora, querido, mas não é por isso que vamos manter um monte de coisa inútil dentro de casa.— Eu preciso delas! — E lá estava o meu meni
CATERINE— Ellen, você pode pegar os arquivos dos Sierra para mim, por favor? — pedi à assistente do escritório que prontamente assentiu e foi para a grande estante onde ficavam os processos.Voltei para o meu escritório e sentei em minha cadeira organizando os papéis para o meu próximo encontro com Diego Sierra, um imigrante que estava sendo acusado de tráfico de drogas e ia a julgamento em breve. Acontece que o processo do senhor Sierra tinha inúmeras contradições e ele jurava que era inocente. Louie Tavola, meu chefe, tinha passado o caso para mim quando percebeu do que se tratava. Ele sabia que eu tinha certa gana por casos investigativos, especialmente se as pessoas eram humildes e inocentes.A população carcerária nos Estados Unidos era praticamente totalizada por negros, latinos e imigrantes. E aquilo me deixava além de chateada.Levei o pro
CATERINEBing!Fez o elevador no andar onde ficava o escritório de Alexander. Eu pulei para fora desligando o meu ipod ansiosamente. Estava indo encontrá-lo para assim irmos ao médico, músicas como Walking on Sunshine e Having my baby tocaram me fazendo sorrir e ter que me controlar para que eu não saltitasse e dançasse como se estivesse fazendo parte de um musical pelas ruas de NYC enquanto caminhava para o trabalho de meu marido, tamanha era a minha felicidade.Era o dia de saber o sexo do nosso bebezinho.As chances de eu passar por todas as salas do prédio da Promotoria do Estado de Nova Iorque sem encontrar com Melissa era realmente grande, mas é claro que não poderia contar com aquilo.Eu certamente a encontraria porque ela ainda trabalhava lado a lado com o meu marido.Sendo sincera comigo mesma, Melissa nunca apresentou um perigo real para