CATERINE
Na porta da nossa suíte senti o chão fugir dos meus pés quando Alexander me pegou no colo. Sorrindo, joguei meus braços em volta do seu pescoço enquanto ele destrancava a porta com a mão que estava embaixo das minhas pernas. Assim que a porta destrancou, ele chutou para que ela se abrisse para nós. Com um passo exagerado com o pé direito, nós entramos na suíte de núpcias. Da mesma forma, com um chute, Alex fechou a porta atrás de nós e finalmente estávamos sozinhos. Sem me colocar no chão, meu marido me olhou com devoção nos olhos e analisou meu rosto por um longo tempo, então, finalmente, cedeu e beijou meus lábios enquanto caminhava em direção à sacada.
Colocando-me no chão, me segurou pela cintura com cuidado enquanto eu me equilibrava sobre os meus pés novamente. Olhei para a bela vista das
ALEXANDEREstou casado.Minha esposa está grávida.Porra! Eu sou o homem mais feliz da face da terra.— Alex? — Dei um pulo no chuveiro quando ouvi a voz de Caterine. — Está cantando, falando comigo ou falando sozinho, querido? — perguntou brincando. Claro que ela já sabia a resposta da sua pergunta. — Vamos nos atrasar para o passeio.— Estou saindo, baby — informei, continuando o meu banho.Era nosso último dia em Vegas e sairíamos para passear logo cedo para aproveitar o dia na cidade do pecado e à noite ficaríamos no quarto, pediríamos serviço de quarto e assistiríamos filmes na TV.— O enjoo realmente passou? Se sente melhor? — perguntei a ela.— Sim, não há com o que se preocupar, estou com fome, para ser honesta.— Claro que est&aacu
CATERINE— Alexander! O que eu falei sobre as revistas? — perguntei, cansada. Eu queria entender como meu marido conseguia ser um fanático por organização e limpeza ao mesmo tempo que era um acumulador. Começamos a organizar nosso loft assim que retornamos a Nova Iorque. Estávamos felizes e ansiosos para organizar o nosso lar, montar o quarto do bebê, mas, realmente, haviam coisas que estavam complicadas para chegarmos em um acordo.— Baby, eu não posso, têm várias delas que podem me ajudar em algum caso. — sua defesa era quase um lamurio de criança.— Você, além de obsessivo, é um acumulador — acusei com as mãos na cintura. — Temos espaço agora, querido, mas não é por isso que vamos manter um monte de coisa inútil dentro de casa.— Eu preciso delas! — E lá estava o meu meni
CATERINE— Ellen, você pode pegar os arquivos dos Sierra para mim, por favor? — pedi à assistente do escritório que prontamente assentiu e foi para a grande estante onde ficavam os processos.Voltei para o meu escritório e sentei em minha cadeira organizando os papéis para o meu próximo encontro com Diego Sierra, um imigrante que estava sendo acusado de tráfico de drogas e ia a julgamento em breve. Acontece que o processo do senhor Sierra tinha inúmeras contradições e ele jurava que era inocente. Louie Tavola, meu chefe, tinha passado o caso para mim quando percebeu do que se tratava. Ele sabia que eu tinha certa gana por casos investigativos, especialmente se as pessoas eram humildes e inocentes.A população carcerária nos Estados Unidos era praticamente totalizada por negros, latinos e imigrantes. E aquilo me deixava além de chateada.Levei o pro
CATERINEBing!Fez o elevador no andar onde ficava o escritório de Alexander. Eu pulei para fora desligando o meu ipod ansiosamente. Estava indo encontrá-lo para assim irmos ao médico, músicas como Walking on Sunshine e Having my baby tocaram me fazendo sorrir e ter que me controlar para que eu não saltitasse e dançasse como se estivesse fazendo parte de um musical pelas ruas de NYC enquanto caminhava para o trabalho de meu marido, tamanha era a minha felicidade.Era o dia de saber o sexo do nosso bebezinho.As chances de eu passar por todas as salas do prédio da Promotoria do Estado de Nova Iorque sem encontrar com Melissa era realmente grande, mas é claro que não poderia contar com aquilo.Eu certamente a encontraria porque ela ainda trabalhava lado a lado com o meu marido.Sendo sincera comigo mesma, Melissa nunca apresentou um perigo real para
CATERINEEra uma imensidão de opções, e tudo tão lindo que sequer sabia por onde começar. Enquanto andava pela grande loja de brinquedos, olhava cada urso de pelúcia, super-herói, jogos de tabuleiro, carrinhos, bicicletas, patinetes, patins... Caramba, eu sequer sabia que existiam tantas opções de legos.Não sabia direito o que escolher, ainda, mas sabia que queria tudo. Queria tudo o que meu filho pudesse ter.Meu pequeno Simon.Seu quarto seria o mais lindo. Gostava de azul e vermelho para o quarto. Talvez pudéssemos fazer com motivos de baseball, como Alexander gostaria. Do New York Yankees. Ficaria lindo.Cristo, eu precisava falar com Mary Anne, ela poderia me ajudar com os detalhes e com as compras, é claro. Alexander iria querer participar, mas ele só me deixaria louca se metendo em tudo.Alexande
ALEXANDEREvitei olhar para a porta do quarto vazio quando passei por ele até chegar em nosso próprio quarto. Eu tinha a incumbência de pegar roupas e artigos de higiene para a alta de Caterine no hospital.Não fora ela quem me dera tal missão.Ela não falava.Ela não falava comigo ou qualquer outra pessoa desde que ouvira o doutor Stephens dizer que o coração do nosso bebê não mais batia. Eu soube antes. Quando não ouvi o som do coração e nem vi a imagem se mexendo, eu soube que nosso bebê não tinha resistido. Foi como se alguém tivesse enfiado a mão dentro do meu peito e esmagado meu coração com os dedos. O ar faltou em meus pulmões, minha garganta secou e meu corpo imediatamente começou a tremer.Mas quando olhei para a minha esposa, sabia que o pior ainda estava por vir. O brilho se foi. A sua lu
ALEXANDERQuinze dias se passaram desde que havia levado Caterine para casa. Ela não falou uma única vez. Eu estava ficando louco.Ela não falava comigo. Trabalhava no escritório de casa, enquanto ela ficava na cama. Foi dado a ela uma licença da German & Tavola e eu me virava o quanto podia para ficar com ela em casa.Eu tinha que tirá-la da cama e dar-lhe banho, tinha que levar comida para que se alimentasse também. Mas eu só percebi que definharia se eu não fizesse tais coisas depois de um dia inteiro em que ela não saiu da cama. Nem para ir ao banheiro. Eu a vi pálida, magra e fedida, jogada em nossa cama, sozinha e perdida.A peguei na cama e levei até o banheiro. Eu queria que ela falasse, chorasse, gritasse. Qualquer coisa. Mas era como se eu estivesse manipulando uma boneca. Tirei delicadamente suas roupas enquanto ela apenas olhava em algum ponto
ALEXANDEREla estava na quinta taça de vinho. Sua comida continuava intocada.— Baby, você não gostou do seu prato? Disse que estava com vontade de italiano hoje — perguntei com cuidado, com a voz mais suave possível para falar com ela. Era triste, mas eu não sabia como me comportar perto da minha própria esposa. O quão horrível aquilo poderia ser?Carter havia passado o dia inteiro fora, saiu pela manhã, logo após nossa conversa. Vestiu jeans, camiseta, tênis e colocou um boné na cabeça, pegou a sua bolsa, seus óculos de sol e se despediu com um sorriso amarelo antes de passar pela porta como se os últimos quinze dias tivessem sido apagados, ou sequer existido. Eu tentei ficar calmo pela primeira hora. Lembrando-me do que Melissa disse e procurei deixá-la sozinha. Eu precisava deixá-la respirar um pouco.Mas após a