Capítulo 2

Anne

Anne estava a cinco horas na estrada.

Adivinha!

A mulher tinha razão.

Estava nevando, é muito.

O céu estava escuro dando a impressão de ser bem mais tarde do que realmente era. O vento estava forte, fazia um barulho quando batia no carro. A neve sem trégua, o para brisa do carro já tinha parado de funciona há um bom tempo pelo acúmulo dos flocos brancos.

Anne olhou pela janela do carro embaçada apenas para constata o óbvio:

Está no meio do nada.

Droga! Droga! Droga!

Parar Charlotte, resultaria na neve cobrindo todo o carro. A única alternativa era continua dirigindo o carro e encontra um lugar seguro paraeabrigar da nevasca. No entanto o lugar seguro não parecia chegar, e isso a preocupava.

Ligou o rádio, nada maus chiados e ruídos indecifráveis. Anne estica o braço para pegar o celular que estava na bolsa no banco do passageiro. Três horas; e nem elas queriam colaborar.

Suspirou ciente da furada que se meteu.

Por que raios não comprou uma passagem de avião? deixa pra lá; passaria raiva do mesmo jeito, já que com o mau tempo obviamente os vôos seriam cancelados.

Tentou dirigir, mas não tem uma visão clara da estrada, o breu servia para a deixar mais apavorada pelo asfalto escorregadio. Charlotte então derrapa na neve e Anne perde o controle do carro.

_Merda! Por favor não faça isso comigo agora Charlotte! - ela pisa nos freios e eles não funcionam. - o que não era surpresa, o carro era "uma lata velha ".

O carro sai da estrada em ziguezague, as mãos trêmulas no volante tenta mover o carro o que acaba sendo inútil . Ele só parou quando b**e em uma árvore, ela grita, e com o impacto o corpo foi arremessado para frente.

A cabeça de Anne atinge o volante, ela sente quando algo quente desce pelo seu rosto.

Sangue.

O vidro da frente quebrou na batida, o vento frio sopra no seu rosto o congelando e encolheria os braços se eles a obedecesse, mas o corpo todo doia horrores como se algo bem pesado tivesse passado encima dela.

O banco serviu como apoio para a cabeca que reclamava a dor, fincadas faziam os olhos lacrimejar e não conseguir que seus olhos fiquem abertos

Anne era a única na estrada e a neve estava mais intensa, Charlotte a abandonou; perda total, e o pior: a negra não tinha condições de sair daquele carro.

Talvez conseguisse ligar para os bombeiros, mas eles demorariam pra chegar por causa da nevasca.

E até lá, teria virado um picolé.

_ Não pensei que meu fim seria assim.- resmunga ao mesmo que geme de dor.

Anne permaneci com os olhos fechados, a respiração tornava-se lenta e se não morresse pelo acidente morreria de hipotermia, o queixo batia e as vezes que ousou olhar para o espelho acima, os lábios começavam a ficar roxos.

Ela não sabe quanto tempo exatamente se passou, talvez tenha desmaiado alguma vez e voltado. Os pêlos enriça quando a porta foi aberta.

Há um toque em seu rosto, provavelmente a pessoa usa luvas, o material arranha a pele, e então a mão se vai para o desepero de Anne, mas segundos depois seus lábios saem sons sofregos com os braços fortes que envolve suas costas e pernas a tirando do banco.

A fraqueza para discernir qualquer coisa e o calor do outro corpo fez com que aconchegasse ao outro e antes de apagar, percebe o quanto o seu salvador é cheiroso.

Um cheiro amadeirado foi tudo que Anne sentiu e depois somente escuridão.

[...]

Joe

Sentado há algum tempo ele observava a delicada mulher dormindo em sua cama; seus cabelos encaracolados estavam sobre o rosto suave, dormia serenamente.

Joe perguntou o que diabos a mulher tinha na cabeça ao sair no meio de uma nevasca. Se não tivesse escutado o barulho, ela poderia está morta naquele momento. O tenebroso pensamento estranhamente o incomodou, ele a observa: ela é bonita, um pouco pequena e franzina. Mas seus olhos gostam do que ver.

Como o seu pau que desde que trocará a roupa da garota, insiste em ficar duro, não entendendo que o outro só estava a ajudar.

Desgraçado!

Joe havia abastecido a cabana dois dias atrás, certificando que tivesse lenha o suficiente para a lareira, o que faz com que a casa fique aquecida.

Ele é um homem que usa a natureza ao seu favor, vive ali á anos, que praticamente virou parte do lugar. Muitos invernos o fez experiente e um sobrevivente; dois dias atrás caçou um cervo, tirou a pele, limpou e congelou a carne. E foi a cidade, coisa que raramente fazia, comprou comida e botas novas, a antiga perdeu o solado.

Joe odeia as pessoas da pequena cidadezinha; curiosas, fofoqueiras, indiscretas. Ele disse a si mesmo que não voltaria a morar ali nunca mais, o tempo fez crescer sua mágoa com os outros. Ainda á alguns olhares e cochichos ao verem, mas não tão barulhento como antes. Ele não fica muito na cidade, vai embora assim que faz o que tem que fazer, o seu coração encontrou sossego longe da sociedade.

Ele pensou que tinha resolvido tudo para a chegada da tempestade, que não teria com o que se preocupar, o homem estava preparado para o mau tempo. Joe rir disso, agora ele tem algo para se preocupar...

Com a pequena mulher deitada em sua cama.

Ela dormiu ontem o dia inteiro e hoje já anoitecia, e ela ainda não tinha acordado. Ele prestou os primeiros cuidados, a sorte é que não foi algo mais grave, seria difícil conseguir ajuda médica com as estradas coberta pela espesa neve.

Ventava forte e a temperatura caiu drasticamente. Havia um aquecedor no quarto, estalou depois de tanto a irmã insistir. Stella não conformava pela vida reclusa do outro, mas trazia bugigangas tecnológicas para a casa, segunda ela: ele deveria está pronto para lidar com todas as situações e um aquecedor o ajudaria no inverno quando a temperatura caísse.

Ele é grato por não ter contestado Stella, vendo como a jovem parecia relaxada em seu sono, indifente ao frio do lado de fora. Um aquecedor foi uma escolha inteligente no fim.

Ela tem um corte na cabeça, mas nada que fosse sério. Joe limpou o ferimento e tampou, ele colocou um travesseiro por baixo da cabeça providenciando total conforto a mulher. Seu sono é agitado, o edredom grosso estava enrolado nas pernas. Ele o arrumou cinco vezes, o faria de novo, mas sabia que não adiantaria em nada, ela se desenrolaria novamente.

A blusa de Joe caiu como um vestido nela, ele pode ver suas pernas e um pouco abaixo seu bumbum avantajado, sua calcinha é rosa e de babados, o que traz um sorriso de lado com a visão. Ele não deixa de nota o seu corpo, as curvas nos lugares certos apesar do pouco peso, os labios cheios.

Ele não é cego, ela é atraente.

Se não fosse esquisito, ele tocaria os cabelos volumosos com cachos encaracolados. Mas isso seria demais até para ele, a garota dorme e seria invadir sua privacidade.

Ela resmunga algo, Joe ficou atento. A negra se remexe preguiçosa na cama prestes a acordar, chuta a coberta e abre os braços ao bocejar. Leva alguns segundos para letargia ir, e ela franzi o cenho fitando o quarto, a cabeça tomba em confusão e olhos pretos arregalam vendo Joe na poltrona ao canto da parede.

A mulher senta rapidamente, mas não demora a reclamar com o movimento que desencadeou dor nos musculos pelo acidente. O medo é visível na postura rija, e quando ela tira um dos cachos do rosto, sua mão treme.

_O-Onde estou, quem é você?- perguntou, a voz rouca, como se não fosse usada algum tempo, e não era, visto que ontem estava num sono profundo.

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