AnneDiferente de viver, existir não tem um ensinamento a tirar, você sente tudo: som, vozes, imagens. As mudanças acontecem e a vida segue seu ciclo. E você...? Você continua indiferente, invisível a sua volta. E como está caindo, uma queda sem término e lenta, muito lenta. O mundo vira um cinza desbotado e sem graça, e a falta de lucidez atormenta seus dias.Anne concluiu que a desesperança é o mais trágico sentimento que 9uma pessoa possa sentir."Como convencer uma mente a sair do escuro, quando a escuridão é mais atrativa que a luz?"Atualmente, ela estava numa infindável escuridão. As últimas horas foram terríveis, ficou tempo demais pensando como aquilo podia ter acontecido.Ontem ela tinha total convicção que seríam uma família, faltava pouco para a realização desse sonho, e hoje?Hoje ela não sabia mais de nada, uma briga interna desenvolve no seu íntimo. Entre culpa e remorso, por ter cruzado com alguém igual a Marx.Quem mais teria tanto ódio por ela á não ser ele? Anne
Joe O delegado os olha sério.__ O porteiro disse que dois dias atrás, quatro homens mal encarados e tatuados procuraram por Evangeline e ela autorizou que eles subissem. Mas não desceu do apartamento desde então, ele ficou preocupado e ligou pra ela. Mas ela disse ao porteiro que estava bem. - Rubens fala enquanto entram no elevador.Evangeline mora no nono andar, num bairro classe média. Vive uma vida confortável.__Suspeito. - Heitor observou. - como chama aquele traficante que faz negócios com Marx? - perguntou ao irmão.__ Santiago Juarez. - diz Ângelo com desgosto.- Os pais eram imigrantes, mas ele nasceu aqui. Passou a traficar as joias há pouco tempo, todo fim de mês, seu pai manda peças para ele. Deve ter vindo conferir por que não recebeu as joias este mês. __ E vocês tem certeza que podem lidar com um traficante? - Erick perguntou cuidadoso.Apesar do seu tamanho e tatuagens, Erick tem um coração de açúcar.__ Ele é poderoso mas não imune, temos tanto homens como ele. - r
AnneAnne olhou para os lados em busca da adolescente, o cômodo não é iluminado e o piso como pensou é de madeira. Mas não há algum móvel ali, duas janelas de vidro. Ela vê montanhas distantes e árvores, o lugar e cercado por elas. Quando o homem sai da sua frente, ela tem uma vista limpa. A cadeira de Bella está de frente para a sua, seus cabelos caem no rosto e estão bagunçados. __ Como você está? - pergunta a observando minuciosamente.Suas bochechas estão vermelhas e suor escorre de sua testa, suas mãos estão amarradas, mas nenhum corte e machucado.__ Eu estou bem, mas não vejo como você fazendo as vontades do seu sogro, vai nos tirar daqui. - respondeu.Anne não tinha um plano, se quer pensou o que faria depois de chegar a Bella. Ela conta com uma probabilidade pequena de que Ruan tenha a ouvido no telefone e nem faz muita diferença já que o grandalhão o quebrou. __ A família do sócio de Joe tem uma empresa de segurança, deve servir de algo. O Ângelo é bem inteligente, eles
Joe A porta do escritório se abriu e mais dois homens entraram; altos, sérios, ambos de ternos.__ Quantos irmãos vocês são? - pergunta a Ângelo fitando os dois rostos novos.__ Cinco, imagine o inferno que é crescer cercado por brutamontes. - Oliver quem diz, recebendo um tapa de Drake.__ Foi por esse brutamontes que você não reprovou. - o lembra.__ Irrelevante. - resmunga alisando o couro cabeludo. __ Eu sou Conrado, pai desses moleques briguentos. - o mais velho diz amistoso estendendo a mão.Elr o aperta e encara o outro tatuado.__ Mason. - respondeu simplesmente, encostado na parede de braços cruzados.__ Você consegue ser mais rápido? - se vira para o garoto pequeno com os ombros encolhidos na poltrona.Ele assentiu desconfortável.__ Ele está nervoso com todos vocês o olhando. - Heitor grulhe. - anjo, finja que estamos sozinhos. - orientou pegando sua mão carinhoso. Ruan minimamente sorriu, mas retirou sua mão de Heitor sobre a sua com o coçar de garganta de Mason e o olh
AnneA sua boca está seca e dorolida, e a claridade doí as vistas. Ela esstica os braço que pesam, assim como as pernas. A medida que seus olhos se adaptam, o cômodo fica mais nítido.__ O que eu faço no hospital? - murmura confusa.Ela olha para o quarto branco, há alguns cartões com flores e na parede um vidro retangular Vozes aproximam do quarto, do vidro, vê Joe conversando com um homem de cabelos longos e grisalhos. A sua imagem limpou sua mente e com a consciência do que houve, terror estampou seu rosto.Ela pensa em Bella, e... Espalma a barriga aterrorizada, tateando a procura da pequena proeminência.As cores do quarto parecem mais intensa e fortes, tem algo errado. Não pode respirar, o ar é tirado. E um medo imenso se manifesta. __ Eu não consigo respirar. - diz com a voz rouca, as palavras arranham a garganta. Ela busca por Joe, mas ele não a olha. Uma enfermeira passa e distraidamente ela olha para o quarto, talvez o seu estado caótico fez ela ir apressada para o q
AnneEsticou um pouco e afofou as almofadas em suas costas. Cada vez que passa e sua barriga cresce, achar uma posição confortável é quase impossível. Mas então olha para Débora sentada na poltrona lendo uma revista de noivas, com uma barriga muito maior que a sua, resmungando hora ou outra remexendo em seu lugar. Seus cabelos presos num coque frouxo e rosto limpo, um casaco sob o vestido, não é corolido como as roupas que ela gosta de usar, e nos pés: chinelo, um número bem maior que o seu. Segundo Débora, a gravidez a tornou menos feminina e mais preguiçosa.Anne teve muito tempo para pensar enquanto estar em casa de repouso, mas precisamente sobre o futuro. Ela está com muitas expectativas sobre continuar o seu trabalho como tirar os rabiscos do papel, algo como montar uma loja de roupas e fazer o que gosta.As garotas, o avô de Joe, Ruth e Ruan a fazem companhia quando podem. Eles tem sido uns amores nesses meses, as vezes kitty liga e conversam pelo telefone. Ela agora mora na pr
As circunstâncias modelam uma pessoa, crescendo em um orfanato, aprendeu isso muito nova. Ou você passa por cima da merda que a vida te colocou, ou você permite que a palavra órfão te defina. Anne garante não ir por esse caminho.É deprimente, solitário, triste.Costuma chamar de fundo do poço, porque e lá que está a esperança. Esmagada por sentimentos ruins.Se ela queria estar chorando pelo fato da vida ter sido uma ordinária consigo?Claro, mas lamento algum põe comida e teto quando você completa a maioridade e tem de sair do que por dezessete anos foi seu lar. O primeiro dia ela quebrou em ser forte e um pacotes de lenços foi a sua companhia. Uma bagunça grudenta de choro e catarro, na manhã seguinte; levantou e fez o que tinha que fazer. Vítima?Não é uma opção para Anne, sobreviver sim.Talvez seja um lobo solitário, vagando sem rumo. Andou de cabeça erguida, o que não intitula que seja feliz. Só se preocupou mais como pagar o aluguel do que aquela pontada no peito sufocante que
AnneAnne estava a cinco horas na estrada.Adivinha!A mulher tinha razão. Estava nevando, é muito.O céu estava escuro dando a impressão de ser bem mais tarde do que realmente era. O vento estava forte, fazia um barulho quando batia no carro. A neve sem trégua, o para brisa do carro já tinha parado de funciona há um bom tempo pelo acúmulo dos flocos brancos.Anne olhou pela janela do carro embaçada apenas para constata o óbvio: Está no meio do nada. Droga! Droga! Droga!Parar Charlotte, resultaria na neve cobrindo todo o carro. A única alternativa era continua dirigindo o carro e encontra um lugar seguro paraeabrigar da nevasca. No entanto o lugar seguro não parecia chegar, e isso a preocupava.Ligou o rádio, nada maus chiados e ruídos indecifráveis. Anne estica o braço para pegar o celular que estava na bolsa no banco do passageiro. Três horas; e nem elas queriam colaborar.Suspirou ciente da furada que se meteu.Por que raios não comprou uma passagem de avião? deixa pra lá; passa