As circunstâncias modelam uma pessoa, crescendo em um orfanato, aprendeu isso muito nova. Ou você passa por cima da merda que a vida te colocou, ou você permite que a palavra órfão te defina. Anne garante não ir por esse caminho.
É deprimente, solitário, triste.Costuma chamar de fundo do poço, porque e lá que está a esperança. Esmagada por sentimentos ruins.Se ela queria estar chorando pelo fato da vida ter sido uma ordinária consigo?Claro, mas lamento algum põe comida e teto quando você completa a maioridade e tem de sair do que por dezessete anos foi seu lar. O primeiro dia ela quebrou em ser forte e um pacotes de lenços foi a sua companhia. Uma bagunça grudenta de choro e catarro, na manhã seguinte; levantou e fez o que tinha que fazer.Vítima?Não é uma opção para Anne, sobreviver sim.Talvez seja um lobo solitário, vagando sem rumo. Andou de cabeça erguida, o que não intitula que seja feliz. Só se preocupou mais como pagar o aluguel do que aquela pontada no peito sufocante que tirava o seu sono todas as noites.Sucesso?Pensou que alcançaria a felicidade o tendo, porém apesar de ter conseguido um emprego em uma das revista de moda mais conceituada, ela contínua a mesma.Não há euforia ou nada que mostre que encontrou o pote de ouro no final do arco íris. É a a mesma pessoa de uma semana atrás, de um mês atrás, de um ano atrás.O status mudou, o seu estado de espírito não.Leu em um artigo uma vez, que o ser humano precisa de toques, abraços, beijos, demonstrações de afeto. Que trás felicidade e acende o sentimento de proteção. E como uma mãe com o seu filho recém nascido, ele pode ser um filhote de coruja: feio e enrugado. Mas a medida que ela o carrega no colo e o amamenta diariamente, e há esse contato de pele. Em alguns dias, ele vira a coisa mais bela e maravilhosa do mundo. O amor transborda e o instinto de proteção aumenta.Pessoas precisam de um contato físico. Quem sabe ela deveria ter dado mais carinho e recebido também?Anne desistiu de ter uma família, com o tempo parecia muito difícil. Poderia sim ter diversos fatores para não ter sido adotada:a cor da pele? sua a aparência?Talvez, mas não é bom pensar muito, alimenta paranóias.Ficar bonita, se tornou uma vaidade fútil. Quando sabia que no final não seria a escolhida.O amor não é seu companheiro, amar pode não estar no destino de Anne. A história dela pode ser um drama e não um romance.olha pela última vez i apartamento, onde vivia por seis anos. Poucos sorrisos e muita solidão. Não foi somente um fechar de portas em que a mão demorou para rodar a chave e tremeu levemente, ela fecha uma etapa de sua vida.Adeus vida velha.Pensou comigo mesma. Ao avistar a senhora, esforça para sorrir. Ela não tem que ver o quão deprimente está._ Obrigado por tudo senhora Jones, vou sentir falta da senhora - disse, a senhora a olhou triste.Anne não sentirei falta de várias coisas: do emprego, ou como irritante era fazer café para um chefe carrasco. Dos ratos e baratas, que por mais que faxinasse todo o apartamento arranjava um jeito de entrar. E nem do vizinho músico com a m*****a guitarra, quebrou de tantas maneiras o instrumento em sua imaginação, quando o que queria era pegar um martelo e estraçalhar a guitarra de verdade.Havia uma lista de coisas que odeia por ali, mas não faria muita diferença. Anne quer mais, mais que trabalhar o dia inteiro e voltar para um apartamento sem vida, ou uma crise existencial que faça buscar na bebida um escape. Não que ela tenha algo contra as pessoas entediadas com a atual situação e que fazem da bebida uma amiga. Apenas não vê no que um bar vai a ajudar com os problemas de identidade.Mas sentiria muita, muita falta da senhora Jones, e das vezes que ela iluminou um dia sombrio somente pelo fato de ser ela a estar contigo.Dizem que os anjos agem através de pessoas; teve dois. Quem sabe senhora Jones e irmã Emma foi as pessoas escolhidas para a guiar?E melhor do que acreditar que eu não tem importância alguma, e elas a ajudaram por pena. Na vida você tem que acreditar em algo, porque isso faz você levantar todos os dias da cama. Atualmente acredita em si mesma, deve valer... se ela própria não se autosabotasse.O sucesso de Anne e o seu fracasso estão nas suas mãos, e dá medo. Uma responsabilidade tão grande numa única pessoa, ainda quando o errar é humano.Não há erro, não sem ter mais ninguém para a segurar._ Eu que agradeço minha querida.Boa sorte nessa nova fase da sua vida.- disse, sua voz está fraca por prender o choro.Ela não choraria, senhora Jones só chorou no enterro do seu marido. Desde então ela vem sendo forte e forte.Ela não quer atrapalhar sua promessa, a abraça rápido, ou desistiria de ir._ Toma jeito menina, nada de aprontar como esses jovens da sua idade faz. Arrume um bom homem e se aquieta. - diz, um conselho que arranca uma risada da outra.Dona Jones tem esperança de achar um futuro marido, mas não um velhinho gentil. Não, ela procura um velho milionário. Segundo ela: viveu muito e quer uma recompensa._ Eu vou pensar, não garanto nada.- disse sem muita convicção.Faz tempo que Anne sonhava com um príncipe, sapos são mais real.Saiu do prédio com a certeza de ver a senhora Jones novamente.[...]Pegou a estrada ainda muito cedo não ter imprevistos. Teria que está na revista na sexta-feira, dois dias de estrada até seu objetivo.Anne parou horas depois em um posto de gasolina, abasteceria "Charlotte " nome do qual batizou o velho carro, e compraria salgadinhos e uma água para a viagem.A dona da loja a olhou incrédula quando passou no caixa._A senhorita têm certeza que quer pegar a estrada? Há um temporal se aproximando, o jornal disse que nevaria. - a disse._ Não se preocupe, não acredito que seja nada demais .- Anne diz a mulher.O jornal disse que nevaria semana passada. Mas apenas caiu alguns flocos de neve e duas horas depois havia acabado. As crianças foram as que mais se divertiram, viu algumas delas da janela do seu apartamento. Uma menininha estava girando no meio da rua, logo depois parou a pequena mão sorrindo quando a neve caia entre seus dedos.Anne sorriu com aquela lembrança, também era assim quando pequena, e porque a lembrou alguém ... uma pena que a sua inocência tenha durado pouco._A senhora quem sabe! Mas aconselho que pare em algum hotel.- a mulher a olha como quem diz: eu avisei.Anne a dá um sorriso e sai, abre a porta entrando no carro.Aquela mulher realmente parecia disposta a fazer desistir da viagem. Mas o emprego era importante demais para ela, e não seria uma neve qualquer que a pararia.[...]AnneAnne estava a cinco horas na estrada.Adivinha!A mulher tinha razão. Estava nevando, é muito.O céu estava escuro dando a impressão de ser bem mais tarde do que realmente era. O vento estava forte, fazia um barulho quando batia no carro. A neve sem trégua, o para brisa do carro já tinha parado de funciona há um bom tempo pelo acúmulo dos flocos brancos.Anne olhou pela janela do carro embaçada apenas para constata o óbvio: Está no meio do nada. Droga! Droga! Droga!Parar Charlotte, resultaria na neve cobrindo todo o carro. A única alternativa era continua dirigindo o carro e encontra um lugar seguro paraeabrigar da nevasca. No entanto o lugar seguro não parecia chegar, e isso a preocupava.Ligou o rádio, nada maus chiados e ruídos indecifráveis. Anne estica o braço para pegar o celular que estava na bolsa no banco do passageiro. Três horas; e nem elas queriam colaborar.Suspirou ciente da furada que se meteu.Por que raios não comprou uma passagem de avião? deixa pra lá; passa
Joe não levanta de sua poltrona, para a assustar, ele é um homem grande, o que podia a intimidar ou parecer muito suspeito, ele responde com calma:_ Me chamo Joe, eu encontrei você no carro batido em uma árvore. - diz, ela solta um som de surpresa lembrando e faz uma careta.__ Eu não achei que a tempestade fosse tão forte. - fala e há algum tipo de arrependimento na frase, ela olha para a janela embaçada pela umidade e depois o olha e seus lábios nascem um sorriso. - Obrigada, você foi tipo um super herói me salvando. - disse, suas bochechas coram.Mas Joe repara nas covinhas nelas e que são gordinhas, ele assenti e diz:__ Teve sorte de eu escutar o barulho, a nevasca piora, as coisas não acabariam bem para você. - ele a lança um olhar reprovador.Para Joe foi uma loucura ignorar que a outra tenha ignorado o alerta feito de não sair de casa pelas autoridades_ Eu não achei que o tempo fosse virar dessa forma. - ela abaixa a cabeça claramente envergonhada.O homem fita o lábio farto
AnneA negra ainda tentava assimilar o que estava acontecendo, ao mesmo que seu coração estava aflito. Ela lutou tanto para conseguir o emprego e agora nada era mais certo. Ela pensou se senhora Jones a receberia caso voltasse, mas estava muito envergonhada em voltar. Talvez se ela insistisse e explicasse, a nova chefe a daria uma segunda chance pelos dias de atraso. Porque é nítido com as rajadas de vento batendo no telhado, que o clima não melhoraria amanhã e se fizesse, a neve estaria muito alta para locomer para algum lugar.Anne ajeitou na cama com o barulho da porta se abrindo, ela não sabia bem como agir perto do homem. Ela acordou na casa de um desconhecido, logicamente estaria pouco a vontade ali.Ele é o homem mais bonito que a jovem já viu, seus olhos são verdes escuros e o cabelo negro nos ombros, maxilar quadrado e rosto marcante. Embora seu humor seja horrível, ele tem um semblante fechado e sério, e com muitos músculos. A negra vira uma formiga ao lado do homem mau humo
AnneEntrou em um corredor estreito que deu em uma sala pequena, mas acolhedora e com uma lareira acesa. Não tinha fotos, então pensou que o homem não gostasse delas.A fez estremecer a cabeça de animais empenhados na parede e seu estômago embrulhou com o que pareceu um urso.Joe tinha um gosto peculiar de moda.Anne seguiu a diante com o som de água caindo no outro cômodo. O moreno está na cozinha de costas para ela e lavando a louça. Os homens não costumavam a fazer muito tarefas domésticas, mas se ele mora sozinho e lógico que aprendeu a se virar.Anne fita as costas largas, mas logo os olhos abaixam mais e ela os devia porque não é certo está admirando a bunda do outro.Uma falsa tosse para chamar sua atenção, e ele vira. Espanto cruza rapidamente o rosto bonito, antes que Joe fique sério. __ Você precisa de ajuda? - ela pergunta. Ele largou o prato e lavou as mãos com espuma, e limpou nas calças molhando o jeans. O movimento é bruto, então talvez Anne tenha o feito ficar zan
AnneA risada rouca se faz, uma risada gostosa de se ouvir, ela nota. Ele parecia tão sério e mau humorado, que aquilo foi uma novidade para ela. Por mais que no momento ele estivesse rindo da cara da garota._ Isso não soou bom, um pouco apelativo.- ele diz.Anne resmunga sem jeito com a fala mal interpretada. _ Eu sei, foi péssimo. Pareceu algo sexual, desculpe eu estou nervosa. As coisas não andam bem para mim. - a negra sorrir triste.Contar com a sorte se mostrou algo inútil para ela._ Eu percebi, mas pense nisso amanhã. Durma, as coisas não vão estar tão assustadoras depois de uma noite de sono. Calma é sempre a melhor solução moça. - diz tranquilo.Seus braços descansam atrás da cabeça e olhos de Joe estão fechados _ Eu vou dormir no sofá. - ela fala.O homem sequer se move._ Aqui é mais quente e o quarto tem aquecedor. - Joe diz.O homem era louco se achava que ela dormiria na mesma cama que ele, com aquele corpo forte, grande...Foco Anne!_ hum. - resmungou. - apaga a l
AnneSilêncio. Anne sempre achou que o silêncio nada mais é que uma escolha pessoal.Muitas pessoas em certos momentos de suas vidas optam por ele. Elas se afastam para buscar em si mesmas o controle. Ele as ajudam a se encontra e abafa por um momento o que as aflinge, através dele ela repensa suas atitudes, erros e acertos.Aquelas pessoas que não conseguem o apreciar nem que seja por alguns minutos, está perdendo a magnífica sensação de paz que o silêncio nos proporciona.Ele nos faz buscar o que ha de melhor em nós mesmos.Uma pessoa ao ver uma criança brincando em uma possa de lama e a sua mãe chamando sua atenção e lhe dando um tapa, ela se sentirá desconfortável. Poucas irão se aproximar daquela mãe e tentar intervir e a explicar que é apenas uma criança e é normal e até mesmo aconselhável que elas fassam algumas "travessuras" de vez em quando. Elas são um reflexo de nós mesmos quando novos. O tempo passa rápido demais para a pararmos e pular aquela etapa mágica de suas vida
AnneO moreno a estudou por alguns instantes e sentou na cama, Joe alisou a barba negra e a olhou como se não soubesse muito o que fazer._ Vem cá, eu não sou bom em consolar pessoas tristes, mas... - ele a puxou colocando a sua cabeça em seu peito. Anne o olhou surpresa e tentou se afastar, mas ele acariciou seus cachos e a olhou compreensivo. - Chora moça, coloca pra fora o que não está te fazendo bem. - diz.Anne quis o fazer, porém o diz:_ Eu não sei se é adequado, não nós conhecermos. O homem a fita divertido. _ Você quer falar sobre o que é adequado depois de ter dormido na mesma cama que eu? - questiona com um sorriso de lado.A negra rir, ao mesmo que limpa as lágrimas que escorrem pelo rosto de feições suave. Porque ela sabe que por mais que frequentemente seja elogiada por sua beleza, Anne fica horrível chorando e ela não queria que ele a olhe assim.É desconhecido o motivo do incômodo, talvez ela só estivesse muito agradecida, que estava evitando o dar trabalho. Se afas
Anne O cheirinho de café logo chamou a atenção assim que entrou na cozinha, a vista dele não seria muito boa ao olhar para a mulher; olhos vermelhos, descabelada, mal vestida.Um caos! Mas Joe não se virou para ver o estado caótico da jovem, estava entretido fritando o bacon. Na bancada de madeira estava o bule de café, um bolo fofo que a fez lamber os lábios, um prato onde tinha alguns ovos e bacon e outro com algumas panquecas. Anne se animou por hoje comer algo sólido._ Parou de nevar - disse sem a olhar. - A moça vai livrar de mim mais rápido do que imagina. - diz com um traço de humor.E... iria.E isso era bom?Anne olhou para a janela da cozinha vendo a neve amontoada ali, a árvore do lado de fora estava coberta pelo branco. Todavia havia parado de nevar, o que era terrível para a negra._ Parece que sim... - ela sorriu por mais que o gesto não fosse verdadeiro. - Joe você acha que eu ainda consigo salvar alguma coisa de Charlotte. - ela gostou de como o nome saiu em sua b