Capítulo 5

Miguel 

Chego na lancheira, logo a senhora garçonete vem me atender, escolho uma mesa e sento de frente para a porta.

O que gostariam de pedir para beber?

Quero uma cerveja sem álcool?

Hoje só tem Sol, pode ser?

Sim, filha o que você quer beber?

Quero suco de morango?

Com ou sem gelo no suco?

Quero com gelo.

Já trago para vocês.

Após pedir as bebidas. Olhei o ambiente, hoje estava calmo e tranquilo, não tinha muitos clientes. Nenhum paciente para me comprimedar, hoje.

Sou tirado dos meus pensamentos pela Catarina.

Pai, hoje posso ir no shopping com minhas amigas, após o almoço. Tu me deixa lá?

Sim, claro. Tem ainda dinheiro da mesada ou já gastou tudo?

Tenho, você me ensinou a pensar bem  antes de comprar.

Ótimo. Qualquer coisa liga.

Claro que vou incomodar na hora de voltar.

Sempre pode contar comigo. Só me ligar, que busco você e se precisar deixo, algumas amigas em suas respectivas casas também.

Ótimo!

A garçonete chega com as bebidas e já fazemos o pedidos das comidas. Pedi um Xis de coração e a minha filha pediu um Xis salada. 

Continuamos a conversa, minha filha contando sobre as suas aventuras na escola.

Quando avisto o meu paciente Antônio com uma mulher linda atrás dele. Ele me comprimento, num desejo de saber sobre a mulher que o acompanhava, convidei ele a se juntar a nossa mesa. Ele ficou meio sem graça, mas acabou aceitando, mas avisou que teria mais duas pessoas. Respondi sem problemas.

A garçonete já ajuda a arrumar a mesa para acomodar todos. A garçonete vira para o pessoal e pegunta.

As crianças não vem hoje?

Estão na casa do pai.- responde a moça bonita, que ainda não sei o nome.

Então, estão se divertindo!

Sim

Já trago as bebidas! Coca-Cola 2 litros?- Garçonete pergunta.

Sim! - O meu paciente responde.

A moça bonita senta bem na minha frente, o Antônio ao lado. 

Começamos a conversar, sobre o tempo e ainda não sei nada sobre a moça bonita. 

Vem chegando na mesa a garçonete com as bebidas e a moça bonita tira 3 copos de plástico reutilizável e coloca na mesa.As bebidas são colocadas na mesa além do refrigerante é servido uma cerveja para o senhor Antônio, que nem vi ser pedido. Contudo entendo que são clientes assíduos da lanchonete. A garçonete o que vão pedir, o Antônio pede um ala minuta com carne a milanesa, fritas, já a moça bonita pede xis coraçãozinho. E neste momento chega uma outra moça com a filha e já saiu pedindo um ala minuta com carne.

Oi, pai! Me enrolei por que na hora de sair precisei trocar uma fralda.

Tranquilo filha.

Já aconteceu comigo várias vezes. Com os dois pitocos, Maria!- falou a moça bonita, estou a olhar encantado.

Nisso a garçonete coloca uma mesa do lado e aí meu nervoso começa, a moça bonita, senta do meu lado, para que a Maria consiga sentar ao lado da filha.

Maria, este aqui é o meu médico, Dr Miguel.- o pai finalmente me apresenta, mas no fim não apresentou a moça bonita.

Prazer, está aqui é minha filha Catarina.- apresento minha filha que fica tímida, para ver se finalmente descobria o nome da moça bonita. Catarina comprimenta todos com a mão.

Infelizmente chegou a batata frita e o mistério continuou.

 A moça bonita oferece palitos de dentes para todos, vejo que ela é simpática, mas quieta na sua.

Jane, como está a busca por emprego?- Maria pergunta, olhando para moça bonita, ou seja ela se chama Jane.

Um fracasso total.Infelizmente com a laguna de tempo que tenho entre o último emprego e agora, faz tudo fica mais complicado.

Há quanto tempo tu estás sem trabalhar?

Uns dois anos.

É muito tempo.

Sim e junto com o fato de amar meu trabalho, acabo não tendo bom desempenho nas entrevistas de emprego.

 Resolvo perguntar para Jane.

Você está sendo irônica e você não gosta do que faz. Estou certo?- ela balança a cabeça mostrando claramente que não tem amor pela profissão.

Infelizmente o curso técnico foi legal, mas não aconteceu o mesmo com o trabalho, onde a teoria e a prática se mostraram contraditórias. Onde o cliente não quer pagar imposto e quer que fazemos milagres e o dono do escritório quer que você cuide de muitas empresas, exigindo atenção e agilidade o que gera estresse.

Ou seja mais pacientes para mim.

Sim, num ciclo sem fim, que não é flexível para uma mãe. Que inevitável para trabalhar fora, precisa de ajuda. Por conta da matemática do tempo, as 8h de trabalho, gera dificuldade para uma mãe levar e buscar seu filho na creche, principalmente se o emprego for longe da creche. E se o filho já tem idade para a escola inevitavelmente precisa pensar com quem ou onde seu filho vai ficar no turno inverso ao da escola.

Infelizmente é uma teia complexa- falei e vi a irmã dela falando, algumas coisas a mais sobre o assunto, mas me dei conta que ela ficou quieta, sem se posicionar novamente.

A nossa comida chegou, fizemos a refeição em silêncio, só quem nos tirava do silêncio, era a filha de Maria. Ela precisava de ajuda para comer e não conseguia ficar parada, queria ir passear pela lanchonete, porém a mãe não deixava.Me diverto com o jeito da menina.

No silencioso é possível observar tudo que acontece ao redor, como cada um se relaciona com a comida, como Jane é linda e fico querendo conhecer ela melhor, mas não sei como chegar. Nisso escuto a voz da minha filha.

Pai, não esquece que vou sair com minhas amigas.

Claro que não. Esqueci de perguntar, qual shopping, vocês vão?

O Bourbon Shopping Wallig.

Ótimo, vou aproveitar e ir no mercado

Pai, que mico!-todos sorriem para minha filha.

Seu pai não, falou para você ir junto. - falou Jane. Olho para minha filha e mostro que concordei com Jane. A Catarina solta um suspiro e disse tudo bem.

Filha só vou aproveitar a viagem

Sim papai. Quando pagar a conta já vou avisar minhas amigas.

Alguém está mandando o pai embora.- diz o Antônio. Causando risadas em todos. A filha de Maria RI, mesmo sem entender tudo.

Alguém quer carona para o shopping?- pergunto na esperança de ter Jane no meu carro.

Até estou afim de passear, mas como não te conheço. Vou deixar passar.- lembro da minha filha, se insistir não vai ser bom exemplo para Catarina.

Tinha me esquecido deste detalhe e é claro que não podem entrar num carro de um desconhecido, né Catarina!- falo já olhando para minha filha. E vejo Jane dar uma risadinha discreta.

O Antônio, conversa com Maria e eles decidem já ir pagar a conta e sair. Está conversa acontece sem um olhar para Jane. Estranho e ela está calma, a família dela vai embora e ela fica. Falo para a Jane e Catarina escutarem.

Isso foi estranho- Jane sorri e diz

Anos de convivência.

Claro- falo

Agora, eu preciso ir. Porque nem conheço vocês.-Jane fala e minha filha resolve falar.

Se for embora, não vai conhecer e se ficar sim.- achei as palavras da minha filha sabia, mas, fico pensando por que ela disse isso, se quer ir embora ver suas amigas.

Nisso entra no local a melhor amiga da minha filha Gabriela. Minha filha comprimenta a amiga e diz pai não preciso mais de carona. Como conheço a família da amiga dela, deixo.

No fim, a oportunidade perfeita para conhecer Jane.

 Então, com um sorriso no rosto, viro para Jane.

Oi, sou o Miguel! E você como se chama?

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