Miguel
Hoje levantei cedo, tenho plantão hoje lá no postão. Não gosto de me atrasar, sou médico clínico geral, atendo toda a população do bairro. No Pistão tem muitos senhores e senhoras, que precisam além de resolver seus problemas de saúde, precisam lidar com a solidão. Gosto de ser simpático com todos, mesmo quando estou bem irritado. Antes que esqueça me chamo Miguel, para a loucura de muitas, solteiro, 39 anos, cabelos castanhos, olhos cor de mel. Tenho uma filha adolescente, chamada Catarina, atualmente prefere sair mais com as amigas que comigo. Pego meu carro e me dirijo para o Postão. Trânsito tranquilo, então chego rápido. Gostei da vaga que consegui hoje. Chego na minha sala e já abro o computador para começar a atender. Levanto da cadeira e vou chamar a primeira paciente. Cláudio Santos- tenho que chamar duas vezes. Levanta um senhor de uns 80 anos. Bom dia, Doutor! O que o senhor tem sentido? Doutor, muito cansaço, dificuldade para fazer atividades simples. Vou pedir alguns exames, alguns vai precisar de encaminhamento e o senhor precisará aguardar para ser chamado. OK? Sim, doutor. E quais exames o senhor vai pedir? Exames de sangue, urina, RX e ecografia. Dependendo dos resultados, terei que te encaminhar para um especialista. Aliás os exames de sangue e urina o senhor conversa na recepção, que o pessoal de indica os locais, que o senhor poderá fazer os exames. E os outros exames, precisa esperar ser chamado. O senhor entendeu tudo? Ou precisa repetir?- infelizmente tive que repetir, algumas vezes, até ter certeza que não havia mais dúvidas. Certo, doutor! Então até logo! Até a próxima, Cláudio! Depois do primeiro atendimento a manhã passou voando. E agora é hora de buscar minha filha na escola. Vai passar o final de semana na minha casa. Já prometi noite de pizza. Agora a tarde, vou fazer atendimento no meu consultório particular. Oi, pai! Hoje a aula estava chata. Saio da escola cantando pneu. E explicando para minha filha a importância da escola. As expressões da minha filha demostram não está nem aí, mas faz sinal para mim que entendeu tudo, não demora muito e vejo ela colocar fones de ouvido. Desisto de falar, deixa a conversa para depois. Levei ela para comer num restaurantes self serve, a comida é boa e o serviço também. A Caterina come tranquilamente escutando suas músicas, mal tirou o fone de ouvido para pedir bebida. Finalizamos com sobremesa, sempre pegamos mouse de chocolate. Saímos do restaurante direto para o consultório. Hoje é o dia da Catarina receber os pacientes que chegam para atendimento. Peço para ela me ajudar toda a sexta feira assim vai criando senso de responsabilidade. Hoje à tarde no consultório, apareceram poucos pacientes , o que me ajudou a estudar, para a confecção de um artigo. Li dois artigos, que ao invés de responder às minhas perguntas, criou outras e sai com ótimos apontamentos para o próximo artigo. Sai do consultório às 19h, fomos direto no mercado comprar refrigerantes para a pizza, sim faz mal, mas não é sempre, alguns mantimentos para o fim de semana. Conseguimos colocar os pés em casa já era umas 21h, pedi pizza logo que passei pelo caixa do mercado, já que demora para ficar pronto. Então mal deu tempo de tomar um banho e a pizza chegou. Coloquei a mesa voando e chamei a minha filha. Cheiro está bom. Espero que esteja gostosa, isso sim.- falo para a minha filha. Quero quatro queijos, primeiro.- servi minha filha. E em seguida me servi um pedaço de pizza portuguesa. Sempre comemos pizza com a mão na mesa com direito a um prato e um copo para cada um. A mesa sempre arrumo simples, adoro comer na mesa em família. A mãe da minha filha acha besteira essa história de comer na mesa, e sempre ofereceu comida para minha filha assistindo TV, brigamos muito por causa disso. Quando Catarina ia passar o final de semana na minha casa, queria comer vendo desenho, aí era uma briga para comer na mesa. Levou tempo para ela aceitar ir para mesa de boa, sem protesto. Minha filha me tira dos meus pensamentos. Pai! O que gostaria? Por que você, nunca sai com ninguém?- tosse, quase me engasguei com a pergunta. Respiro e respondo. Por que ainda não achei ninguém especial. E não vou sair com qualquer mulher Quer alguém especial? Sim, estou guardando muito amor para ela, sei que soa meio brega. Se quero alguém especial, tenho que viver isso, também no dia a dia. É não só com ela. Hum, você acha que tenho que esperar alguém especial? Sim, por que somos seres únicos e especiais. Então depois de errar bastante, percebi que não só a mulher precisa se preservar, o homem também. Então tento ser o melhor exemplo para você. Vou tentar seguir seu exemplo. Te amo… Boa noite vou me deitar. Claro, boa noite. Levanto da mesa organizando a cozinha. Sigo para o meu quarto, preciso dormir. O dia foi longo. Vou chegando no meu quarto, lembrando do meu passado de como as coisas aconteceram. Rio lembrando de como eu era antes de Catarina nascer, com diversas mulheres, às vezes, várias ao mesmo tempo, a maioria das vezes não passava de uma noite. Não dava valor para as mulheres até aquele momento. A partir do nascimento da Catarina passei a buscar relacionamentos duradouros e gostaria de encontrar uma mulher especial para casar mas por enquanto, não encontrei nenhuma.Miguel Lembranças Adorava festas, para sair beijando todas.Então cheguei em uma festa na boate Secretos, foi direto ao bar, pedi uma gelada e fui direto para a pista de dança com meus amigos.A música estava boa, então comecei a dançar até que vi uma garota e comecei a dançar perto dela, tentando conseguir chamar sua atenção.Ela dança calma e serena a sua roupa era um vestido preto justo, com uma leve visão dos seios, era bem comportado perto do vestido de outras meninas. Os olhos eram azuis, lindos.Infelizmente não consegui chegar, foi a primeira vez que bloquei, só dancei perto dela a noite, próximo da uma hora da madrugada, ela foi embora, fiz uma carinha de cachorro abandonado. Ela saiu com seus amigos e eu fiquei enfeitiçado.Fiquei algum tempo dançando sem olhar para ninguém.Depois vi uma menina me olhando, ela estava bem perto, no fim, dei uma virada e me encaixei em seu corpo e dançamos. Como não era anjo, puxei ela p
Miguel Acordou cedo, hoje poderia dormir até tarde, mas no fim a rotina, faz eu acordar cedo igual. Tomou meu café, olho para o dia e ele está lindo, abro um sorriso, pensando que hoje será um dia maravilhoso, meu lado otimista da vida. Olhando para o dia, lembrei do dia em que descobri que seria pai. Estava eu na faculdade conversando com meus amigos, quando a garota que sai uma noite,diz preciso conversar com você. Olho para ela e digo não tenho nada para falar contigo. Ela solta na cara e na lata, estou grávida e você é o pai, então sim precisamos conversar, me olhando bem séria, meus amigos tudo riram da minha cara e fiquei com cara de tacho, não sabia o que dizer ou falar Bom dia, pai! Já tomou café - Minha filha me tira dos pensamentos e me faz voltar ao momento presente. Filha, infelizmente já, mas posso de fazer companhia. Claro, vou adorar conversar com você. Ótimo, mas vou acabar tomando um cafézin
Miguel Chego na lancheira, logo a senhora garçonete vem me atender, escolho uma mesa e sento de frente para a porta.O que gostariam de pedir para beber?Quero uma cerveja sem álcool?Hoje só tem Sol, pode ser?Sim, filha o que você quer beber?Quero suco de morango?Com ou sem gelo no suco?Quero com gelo.Já trago para vocês.Após pedir as bebidas. Olhei o ambiente, hoje estava calmo e tranquilo, não tinha muitos clientes. Nenhum paciente para me comprimedar, hoje.Sou tirado dos meus pensamentos pela Catarina.Pai, hoje posso ir no shopping com minhas amigas, após o almoço. Tu me deixa lá?Sim, claro. Tem ainda dinheiro da mesada ou já gastou tudo?Tenho, você me ensinou a pensar bem antes de comprar.Ótimo. Qualquer coisa liga.Claro que vou incomodar na hora de voltar.Sempre pode contar comigo. Só me ligar, que busco você e se precisar deixo, algumas amigas em suas respectivas casas também.Ótimo!A garçonete chega com as bebidas e já fazemos o pedidos das comidas. Pedi um Xis
JaneLá vamos nós comer na lanchonete de novo, todos os funcionários já nos conhecem, porque toda a semana basicamente vamos lá. No caminho minha cabeça ferve, estou há algum tempo sozinha. Queria muito conhecer alguém especial, mas é difícil com a minha rotina de dona de casa e só saio para almoçar com meu pai. E como não sou mais guriazinha não sei ver qual homem posso paquerar, porque sei que a maioria dos homens da minha idade são casados e não quero ser amante de ninguém e sei que tem homem que adora mentir, fazendo eu ficar quieta, na minha. No meio dos meus devaneios, chego na Lanchonete Vênus, existem duas entradas, meu pai está na frente, então lidera. Entramos pela entrada, próxima ao banheiro. Próximo a entrada vejo um homem que chama minha atenção. Não dou atenção, porque não vai dar em nada mesmo. Olho para umas cadeiras e penso que deve ser ali que vamos sentar. Porém tudo muda, quando o homem que chamou minha atenção, chama meu pai e o convida a sentar junto. E me
Jane-Prazer em conhecer! - Ofereço a mão para ele apertar.-Igualmente - Esticando a mão para o aperto de mão. Com um sorriso, que derrete qualquer mulher.-Acho que devemos ir para outro lugar? Ele pergunta, já estamos aqui desde o almoço.- Seria bom - respondo ele com um olhar tímido.- Só temos um probleminha. - olho para ele sem entender.- Como não nos conhecemos não posso de levar de carro para fora daqui e como estou de carro…- para avaliando as opções. Interropo seus pensamentos.- Você pode levar o carro para outro lugar, enquanto vou no banheiro e depois saímos daqui juntos. - Acho que pode ser. - Ele me responde.- Então vamos lá. - respondoCada um vai para um lado e depois de uns 5 minutos, nós encontramos na entrada. Antes de sair mesmo do local, ele foi pagar a conta. Caminhamos sem rumo, em princípio. Contudo conduzi ele para um parque.No início ficamos em silêncio, o Miguel quebra o silêncio. -Você sempre morou neste bairro? - Lembrei de toda a minha jornada até
Miguel Depois de levar a Jane para casa, mesmo com vontade de ficar junto dela por mais tempo.Fui caminhando e lembrando de cada detalhe desta tarde, amei conhecer a Jane quero conhecer ela melhor. Fiquei imaginando ela na minha casa, sendo todinha minha. Quero fazer coisas simples com ela, um filme no sofá da minha casa, uma conversa olho no olho no sofá.Voltei próximo à lanchonete, porque deixei meu carro ali e tinha que ir buscar a minha filha no shopping.Estava quase chegando lá, quando o tempo parecia ter parado. Vi um carro em alta velocidade chegando e no momento seguinte já estava no chão da calça. Não sei por que mas resolveu chover bem na hora, fui ganhando chuva. Não conseguia me levantar, então só havia uma coisa a fazer esperar por socorro. Infelizmente era uma rua pouco movimentada e o carro que me atropelou fugiu, sem prestar socorro.Nem prestei atenção na placa do carro, só observei que eles estavam rápido demais e que não conseguiria fugir.Agora aqui no chã
Estou esperando na entrada do shopping meu pai. Ele disse que só ia pegar o carro e ia direto para o shopping. Porém já faz 20 minutos que ele mandou a mensagem e provavelmente ele já deveria ter chegado.Vejo uma ambulância passado, indo para o hospital, tenho uma sensação estranha, tendo mandar mensagem e nada. Resolvo ir para o hospital, alguns diriam que eu estava doida, mas não me importei e fui. Cheguei na recepção do hospital e falei com a recepcionista.-Oi, por acaso a pessoa que chegou aqui de ambulância, a pouco tempo é Miguel Machado Santos?- a recepcionista me olha com uma cara esquisita.-Qual a sua idade?-Tenho 16 anos.-Você poderia chamar um responsável por você ou um parente maior de 18 anos.-Sim. Vou chamar. Mas poderia me passar a informação se é ele?-Não.-Ligo para minha mãe. Ela atende rápido.-Oi, tudo bem filha? Respiro-Mãe, meu pai deveria ter vindo me pegar no shopping. Ele não apareceu. E nisso vi uma ambulância passado e tive uma sensação ruim. Vim
Jane Fui dormir inquieta, parecia que não tinha sono. Custei a dormir. O dia foi agitado. Na hora de dormir, fiquei imaginando os próximos encontros com Miguel, como seria o primeiro beijo. “Estou sentada na varanda da minha casa, quando ele surge com um buquê de flores vermelhas, mas não eram rosas, sorrindo para mim. Sem perder o contato visual, ele me chama com o dedo. Me aproximo dele, ele entre o buquê e fala que estou linda. Me convida para passear com ele. Só peço um minuto, entro em casa, aviso meu pai e retorno para o passeio. Ele pega minha mão e vamos andando conversando sobre a nossa semana. Observo que a mão dele está suada de nervoso, levando sua mão e a beijo. Ele ergue a sobrancelha e depois relaxa. Acabamos andando pela av. Principal do bairro. No caminho resolvemos ir na praça, conversamos no banco e ele começou a se aproximar mais de mim, até me envolver com o braço entorno das minhas costas. Continuamos a conversar até que nós lábios se aproximam e o bei