O sol mal havia nascido, e a casa ainda estava mergulhada em um silêncio preguiçoso, exceto por um único e estridente som:
— AAAAAAAH!
Aquele grito ecoou pela casa como uma sirene apocalíptica. Lá embaixo, na sala, os homens que haviam decidido dormir por ali depois da noitada completamente descontrolada despertaram em sobressalto.
Noah saltou do sofá como se tivesse sido atacado por um enxame de abelhas furiosas, quase tropeçando no tapete. James, por outro lado, tentou se levantar com um reflexo desastrado e caiu no chão, enroscado no cobertor que tinha se tornado uma espécie de casulo.
— Mas que inferno foi isso?! — Douglas resmungou, esfregando o rosto com força, os o
A casa estava oficialmente transformada em um campo de guerra. Kira perseguia Savana pelos corredores com uma fúria que só uma mulher envergonhada poderia sentir.— VOCÊ VAI ME PAGAR POR ISSO, SAVANA! — Kira gritava, os pés descalços batendo no chão com um ritmo frenético.Savana corria como se tivesse nascido para aquilo, rindo descontroladamente e, sempre que podia, jogava frases como:— Ah, Kira, eu só queria lembrar você de que não foi só um pedido! Você praticamente cantou uma serenata suja para o seu marido!Noah, que agora observava da porta do quarto, balançava a cabeça com um sorriso preso no rosto.
Depois de toda a confusão do café da manhã, o clima era descontraído na casa. As crianças brincavam no jardim com as babás, e as mulheres estavam na parte rasa da piscina, conversando e tomando drinks coloridos.Os homens estavam reunidos em volta da churrasqueira, com cervejas na mão, conversando sobre os prazeres da vida… e claro, sobre suas mulheres.James foi o primeiro a puxar o assunto. Depois de tomar um gole longo de cerveja, ele olhou ao redor e, com um sorriso sacana nos lábios, disse:— Ok, senhores, momento de honestidade: tem algo que vocês sempre quiseram fazer com suas mulheres e ainda não fizeram?Douglas soltou uma risada baixa e cruzou os braços.— Pergunt
A casa finalmente estava em silêncio. O alvoroço da manhã caótica havia desaparecido, deixando para trás apenas um rastro de risadas e lembranças embaraçosas. Os amigos tinham ido embora e Bento, exausto de tanto brincar, finalmente se entregou ao sono.Kira estava deitada na cama, o corpo relaxado enquanto envolvia Bento em seus braços. O garotinho estava aninhado contra o peito dela, com a respiração suave e lenta. Os dedinhos pequenos enrolavam-se distraidamente nos fios loiros da mãe, em um gesto automático e carinhoso que ele fazia sempre que queria se aconchegar. Os olhinhos fechados e o biquinho adorável formado pelos lábios rosados mostravam que ele estava completamente entregue ao conforto e à segurança dos braços da mãe.Kira suspirou, um sorriso terno brincando em seus lábios enquanto observava o f
Noah bufou alto, mas o sorriso persistiu enquanto ele sentia o aperto carinhoso do filho em seus braços. A cena era tão simples e tão completa que ele sabia, sem sombra de dúvidas, que aquilo era tudo o que ele queria na vida.Kira sorriu ao ver Noah bufar de maneira exagerada, como se fosse uma criança mimada que não havia conseguido o brinquedo que queria. Mas o brilho de ternura nos olhos dele traía qualquer fingimento de frustração. Bento ainda estava aconchegado nos braços fortes do pai, o rostinho colado ao peito largo de Noah enquanto soltava suspiros suaves de um sono tranquilo.Kira se ajeitou na cama, os lençóis macios envolvendo seu corpo enquanto ela se recostava no travesseiro. Por mais exausta que estivesse, era impossível não sorrir ao observar os dois homens da sua vida tão próximos e conectados.— V
O sol despontava timidamente pelas frestas da cortina, derramando raios dourados que dançavam sobre a cama. Kira despertou primeiro, os olhos piscando contra a luz suave enquanto se espreguiçava preguiçosamente. O corpo relaxado e o coração tranquilo.Virou-se para o lado e encontrou Noah ainda adormecido, o rosto pacífico e os cabelos bagunçados descansando contra o travesseiro. Bento, porém, já não estava ali. Era típico do garoto sair da cama logo cedo para explorar o mundo como um pequeno furacão.Ainda sorrindo, Kira deslizou para fora da cama e vestiu um roupão leve, sentindo o tecido macio acariciar sua pele, mas antes de se levantar sentiu braços fortes envolverem a sua cintura e a puxarem para cama. Foi quando a campainha tocou. Noah foi até a porta e a abriu com um sorriso polido.— Bom dia, Gertrudes! — Ele cumprimentou a babá, uma mulher que causava medo em Noah, mas Bento adorava.— Bom dia, senhor Fitzgerald! — respondeu seriamente, entrando na casa com seu jeito profissional. — Onde ele está?— Aqui! — Bento gritou do tapete da sala, onde brincava com um caminhão de brinquedo que ele arrastava de um lado para o outro com pura empolgação.— Oi, Bentinho! Pronto para brincarmos hoje? — Gertrudes perguntou enquanto se abaixava para cumprimentá-lo.— Siiim! — Bento respondeu com animação, já correndo até ela para mostrar todos os seus brinquedos.Enquanto Gert Capítulo 149- Você é o Meu Vício
O campus da Universidade da Califórnia fervilhava de estudantes apressados e professores caminhando com pastas e livros em mãos. Kira passou pelo corredor movimentado com o coração batendo acelerado. Era sua primeira aula como professora convidada e ela queria que tudo saísse perfeito.Ela havia passado semanas preparando aquele material. O nervosismo de falar para uma plateia exigente a deixava ansiosa, mas o apoio constante de Noah fazia tudo parecer mais fácil. Sempre que se sentia insegura, lembrava-se das palavras dele: “Você nasceu para isso. Não existe ninguém mais preparada que você.”Entrou na sala de aula e foi recebida por dezenas de rostos atentos. Com a respiração profunda e um sorriso confiante começou e tudo fluiu perfeitamente. A aula foi um sucesso, os alunos participaram, discutiram, elogiaram. Ela se sentia no topo do mundo.— Parabéns, Kira! — Uma voz animada se fez ouvir quando ela saiu da sala. Era sua colega de trabalho, Rachel, uma mulher divertida e extroverti
— Noah… — Kira tentou intervir, mas sua voz era baixa demais.Brandon soltou uma risada curta, tentando parecer despreocupado.— Talvez você esteja exagerando um pouco, Noah. Só estou tentando aproveitar a companhia da sua esposa… que, aliás, é uma mulher incrível. Não sei como você teve tanta sorte.— Sorte? — Noah repetiu, com os punhos cerrados ao lado do corpo. — Não, Brandon. Não foi sorte. Foi amor, dedicação e respeito. Coisas que você claramente não entende.— Ah, vamos lá. — Brandon continuou, agora com um tom provocativo. — Ela é uma mulher linda, inteligente… e eu tenho certeza que qualquer homem faria tudo por ela.Foi o bastante.A explosão d