O almoço com os sócios foi mais longo do que o esperado. A conversa girava em torno dos novos contratos, projeções financeiras e estratégias de mercado. Mas a verdade? Eu mal conseguia me concentrar. Cada vez que Emma falava, sua voz suave me distraía. O jeito como ela cruzava as pernas, mexia no cabelo ou umedecia os lábios me fazia perder o fio da conversa. Eu precisava manter uma postura impecável, profissional. Mas, por dentro, estava em chamas por ela.
Emma estava sentada ao meu lado, irradiando uma sofisticação sutil que a tornava hipnotizante. O modo como seus olhos brilhavam ao engajar na conversa, o sorriso discreto nos lábios e a postura elegante me faziam querer observá-la por horas sem pressa. Ela parecia estar completamente à vontade, mas eu
Eu sentia o coração pulsando forte no peito, as batidas ecoando nas minhas orelhas, mas a tensão no ar era ainda mais intensa. Cada toque, cada movimento, parecia uma explosão prestes a acontecer, e minha mente estava dividida. O desejo que queimava dentro de mim estava quase insuportável, mas, ao mesmo tempo, havia algo em mim que me dizia para parar. Para pensar.Mas como eu poderia pensar quando ele estava ali, me tocando, me provocando, quase consumindo tudo o que restava de razão em mim? Eu não queria parar. Eu não queria que esse momento acabasse, mas a dúvida começava a invadir meus pensamentos, e eu não conseguia afastá-la. A linha entre nós, que sempre foi tão clara, parecia se desvanecer a cada segundo. Eu era a secretária dele. Ele, meu chefe.Minhas mãos estavam presas à sua camisa, como se fosse a única coisa que eu pudesse segurar.
O voo de volta para Nova Iorque foi silencioso. Pelo menos da minha parte. Anthony, como sempre, mantinha uma postura impecável, a expressão relaxada enquanto revisava alguns documentos. Mas eu sabia que era uma fachada. Sentada ao lado dele na cabine do seu jatinho particular, cada movimento seu parecia calculado para demonstrar indiferença, como se o que tivesse acontecido entre nós em Londres não tivesse nenhum peso.Mas tinha.O peso do desejo entre nós ainda pairava no ar, invisível para qualquer um ao redor, mas completamente presente para mim. Desde que eu havia pedido por tempo, ele respeitou minha decisão, mas também se fechou em sua própria muralha de autocontrole. E agora, enquanto a cidade brilhava abaixo de nós ao pousarmos, eu me perguntava se algum dia essa barreira entre nós voltaria a se romper.Pegamos um carro até meu prédio. A chuva fina
A semana passou em um borrão de trabalho exaustivo e pensamentos indesejados. Desde o momento em que pisei no escritório na segunda-feira de manhã, me afundei em relatórios, reuniões e contratos, qualquer coisa que pudesse manter minha mente ocupada. Mas era impossível. Porque toda vez que eu levantava o olhar, lá estava ela.Emma.Andando pelo corredor, organizando papéis, discutindo contratos com outros funcionários. Sempre a poucos metros de mim, mas inalcançável. Eu tentava ignorá-la, fingir que sua presença não me afetava, mas cada vez que ouvia sua voz, meu corpo reagia. Eu sabia que deveria manter distância, sabia que era o certo a fazer. Mas meu autoc
Eu não deveria ter aberto aquela porta.Mas, no instante em que vi Anthony parado ali, a respiração acelerada, os olhos escurecidos pelo desejo, eu soube que não tinha escolha. Porque meu corpo já tinha tomado sua decisão antes mesmo que minha mente pudesse argumentar contra.Quando o puxei para dentro, foi com uma urgência que beirava o desespero. A porta se fechou com um clique suave, mas o som soou tão definitivo quanto um cadeado sendo trancado. Não havia mais volta.Seus lábios tomaram os meus antes que qualquer palavra pudesse ser dita. Quentes, duros, famintos. Meu corpo respondeu no mesmo instante, pressionando-se contra
Ainda ofegante, virei para o lado, sentindo minha pele quente contra os lençóis bagunçados. Anthony ainda estava deitado ao meu lado, seu peito subindo e descendo enquanto recuperava o fôlego. A sala estava mergulhada em um silêncio denso, apenas o som da nossa respiração preenchendo o espaço entre nós.Meus dedos deslizaram suavemente pelo seu braço, traçando linhas invisíveis sobre sua pele. Eu não deveria estar fazendo isso. Não deveria querer mais. Mas ele estava ali, tão perto, e minha vontade de prolongar aquele momento era maior do que qualquer pensamento racional.— Como a gente vai esconder
A palestra estava sendo uma verdadeira tortura. Tudo o que eu mais queria era sair dali com Emma ao meu lado e sentir o gosto dos seus lábios outra vez. Não fazia nem 24 horas que havíamos ficado juntos, e eu já sentia uma necessidade absurda de tê-la de novo.Cruzei os braços, tentando manter a compostura, mas minha mente insistia em vagar para a noite anterior. O jeito como ela se entregou a mim sem reservas, o som do seu nome escapando dos meus lábios, os olhares carregados de desejo.Desviei os olhos para onde ela estava sentada. Emma mantinha a postura impecável, o olhar fixo no palestrante, as pernas cruzadas com a elegância que sempre demon
Fiquei parada ali, tentando manter a calma, mas minha mente estava longe. A última coisa que eu precisava era de mais complicação, e ainda assim, ali estava Anthony, com aquele sorriso que só ele tinha, me dizendo para ir com ele. O que eu estava fazendo?Ele se aproximou e tocou meu rosto, e um arrepio percorreu minha pele. Seus olhos estavam fixos nos meus, e eu sabia que não havia mais volta. Não era só o desejo, mas algo mais profundo, mais inquietante.Isso é loucura!Pensei, tentando racionalizar. Mas quando ele falou, sua voz baixa e intensa, não
Eu estava sentada na mesa da cozinha, o cheiro de café fresco preenchendo o ar enquanto mexia distraidamente a colher na xícara. O dia lá fora estava claro, mas minha mente parecia envolta em uma névoa de indecisão. Foi quando ouvi os passos dele se aproximando.Anthony parou à minha frente com aquele sorriso fácil, as mãos nos bolsos da calça jeans. Ele sempre tinha uma postura relaxada, como se o mundo ao seu redor estivesse sempre sob controle. Meus olhos encontraram os dele por um momento e senti meu coração dar uma leve tropeçada.— Emma, estava pensando… — Ele se inclinou contra o balcão, cruzando os braços. — O que acha de sairmos no final de semana? Só nós dois.A pergunta pairou no ar entre nós. Engoli em seco e coloquei a colher sobre o pires, tentando ignorar o aperto súbito no estômago.— Sair? Como um encontro? — Minha voz saiu hesitante, como se eu estivesse testando a palavra antes de aceitá-la como real.Ele sorriu, inclinando a cabeça de lado.— Sim, como um encontro.