Patrícia Brandão
Os pingos de chuva me atingiram e se misturaram com as minhas lágrimas, chorava tanto que cheguei a ponto de soluçar, mas ao mesmo tempo um peso saiu de cima de mim.

Falar para ele o que estava entalado na garganta me fez bem, eu precisava daquilo. Era como lavar a alma com aqueles pingos gelados, me sentia renovada. Foi bom desabafar um pouco, falar tudo aquilo doeu, mas foi necessário, precisava que Bruno entendesse toda a dor que me causara.

Entrei no prédio devagar, não tentei me proteger da chuva, eram as lágrimas do céu que, de alguma forma, caíam para me abençoar.

Cumprimentei o porteiro, entrei no elevador pisando firme, abri a porta do apartamento e fui tomar um banho quentinho. Relaxar seria minha melhor aposta nesse momento.

Dar adeus ao Bruno foi como dar adeus a uma parte que vivia dentro de mim, eu arranquei a parte que mais amei por mais de um ano, a parte que me fez realizar um sonho. Mesmo que por pouco tempo eu amei e me senti amada.

- Filha! - saio dos meus pens
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