Algumas semanas depois... Depois da primeira noite, eu e Bruno não nos separamos mais, a decisão de ficarmos juntos foi para valer e para sempre. Estava sendo como voltar a viver o sonho que tinha ficado para trás. Mamãe não quis ir morar com a gente, segundo ela não iria se acostumar com a casa nova e a gente como casal recém reconciliado precisava de privacidade. Estava triste por deixa-la morando sozinha, mas ela é tão teimosa. A Doces da Patrícia ia muito bem, agora tinha uma equipe completa na cozinha e para atendimento, por isso estava pensando em abrir outra loja, mas ainda sem um projeto realmente viável. Algumas vezes também pensava em voltar a trabalhar em uma empresa grande na minha área. O Doces da Patrícia surgiu como uma necessidade e eu tinha um carinho imenso pela minha cafeteria, porém ainda não me sentia totalmente realizada profissionalmente. A questão da minha parte na Invertcorp ainda não havia sido resolvida, sempre que Bruno tocava no assunto eu fugia. S
Nossos convidados chegaram depois de meia hora, deu tempo de arrumar a mesa e organizar um pouco a casa.O jantar foi maravilhoso, rimos e nos divertimos, mas eu sentia que algo estava no ar. Estávamos sentados no sofá tomando um licor quando Sara começou a falar.- Patrícia, queremos conversar com você – disse, pegando na minha mão.- Nossa, vocês estão me deixando nervosa – olhei receosa para eles, mas dessa vez senti a mão de Bruno segurar a minha outra mão e sabia que dessa vez ele não a largaria.- Amor, eu sinto e você também que a questão da empresa é a única coisa que falta resolvermos. Estou em dívida com você, não quero ficar com a parte da empresa que de fato não me pertence – falou, passando a mão no cabelo, que sabia que era um sinal de ansiedade.- Já conversamos sobre isso – tentei em vão mudar de assunto.- Minha querida, ouça com o coração aberto - mamãe interveio carinhosamente, arrumando os óculos que começou usar recentemente.- Patrícia, sabemos que você que não
Um ano depois...A partir do dia que nos reconciliamos não nos separamos mais. Passamos a morar juntos, não deixei que Patrícia dormisse um dia sequer no apartamento dela.Sua mãe não quis morar com a gente, o que deixou Patrícia triste e preocupada, mas com o tempo ela entendeu. Compramos uma casa com quintal enorme do jeito que dona Marly sempre quis para ter animais e um jardim, depois de três meses conseguimos convencer ela alugar o apartamento.A ideia da venda da parte de Patrícia da Invertcorp para Carlos surgiu depois de muito pensar, ela tinha sido categórica em afirmar que não queria voltar a trabalhar na empresa.Cheguei a sugerir a abertura do capital para venda a terceiros, ela ficou muito chateada, falou que era loucura. Estava em uma encruzilhada, até que um dia conversando com Carlos sobre isso, olhei para ele e fiz a proposta.Ele aceitou na hora, Carlos tinha um patrimônio considerável, vinha de uma família pobre, mas todo o valor que recebia da Invertcorp sempre for
- Você também é rica agora, meu amor – disse sorrindo - Sério, foi difícil, porque queria esse prédio. O dono estava irredutível, levei meses - falava arrumando seus cabelos para trás dos ombros.- Mas a minha empresa não vai precisar de todos os andares - disse abraçada a mim e olhando a sala que era enorme.- Por enquanto não, mas quem sabe um dia. Separei quatro por enquanto. Só deixamos sua sala pronta, o resto é por sua conta senhora CEO - ergui as sobrancelhas. - As demais salas continuavam com contrato de locação com o antigo dono, quando os contratos forem vencendo veremos o que fazer - disse e beijei o topo de sua cabeça.- Perfeito! Você é perfeito, eu te amo!- Seria perfeito se você aceitasse marcar a data do casamento – disse fazendo um biquinho.- Bruno – sussurrou com lágrimas nos olhos.- Chega de me enrolar, senhorita Brandão. Casa comigo de uma vez?- SIM! – exclamou me puxando para um beijo apaixonado.- Amanhã? – perguntei esperançoso.- Não, daqui uns seis meses.
- Gisele - comecei falando devagar, fazendo carinho em suas mãos - depois de tudo o que Rogério fez com a Patrícia, juntei provas contra ele sobre toda a documentação que ele teve acesso ilegalmente, então - falava com cautela - pedi para que o advogado o procurasse.- E? - Ela levantou os olhos devagar e me encarou, mas não puxou as mãos, o que de certa forma me aliviou.- Ele ficou desesperado, com medo de ser processado e preso. Fizemos um acordo e ele não tem mais nenhuma cota na Invertcorp, nem as 10% que restaram. Além de ter que pagar uma indenização para Patrícia.- Que maravilha! - Gisele disse genuinamente feliz, um sorriso iluminou seu rosto.- Gisele, por tudo o que você sempre suportou, passei essas cotas para seu nome, nunca te deixaria desamparada – expliquei, com dó de minha mãe, no fundo ela foi usada e manipulada a vida inteira pelo crápula que era meu pai. Ele sempre foi sorrateiro se aproveitou da ingenuidade da minha mãe por ela ser tão jovem quando engravidou.Pr
Depois de três meses de preparo meu grande dia chegou. Eu estava feliz e ansiosa.Minhas amigas e mamãe estiveram comigo o tempo todo, quase o tempo todo. Roger que se encantou pela mamãe desde a primeira vez que a viu na ilha, a “roubava” vez ou outra para passeios, almoços, cafés, jantares, ficou nítido que ele estava encantado por ela.Isso me deixava feliz, saber que ela finalmente poderia seguir sua vida com alguém.Meu vestido era digno de princesa, não me importei que o casamento fosse na praia e meu vestido não condizia muito com o local, mas eu me sentia linda, completa, radiante.Era modelo tomara que caia, com decote coração, estilo sereia, ajustado na minha cintura. Todo o tecido era trabalhado em três tipos de renda e tule com algumas aplicações florais, nas costas havia vários botões que davam um ar super-romântico.Por cima da saia do vestido, vinha uma calda, sim eu quis, essa era a parte que não combinava com o local, mas logo a tiraria. Ao final
Gisele parecia está realmente arrependida da sua forma mesquinha, estava de coração aberto para mim e claro que eu a acolhi, falei que não tinha o que perdoar, o erro maior não fora dela, ela foi fútil mas infelizmente para ela, foi moldada dessa forma por está ao lado de alguém tão sem caráter quanto seu ex marido. No fundo eu precisava dessa trégua entre a gente, e nem sabia que precisava tanto, apesar de tudo Bruno ama muito a mãe e sei que não ficaria totalmente em paz se eu e ela não nos acertamos. Tirei um peso das minhas costas pois poderia fazer o homem que amo completamente feliz.Fiz a reconciliação por mim, por ele, por ela também que precisava de um novo recomeço, pelo nosso casamento e futuro filhos. Não seria justo crescer sem a vó por perto já que era algo que ela queria, fazer parte da nossa família.No fim Gisele demonstrou ser realmente aquela pessoa gentil que conheci na empresa, bem diferente da qual vi na sua casa quando fui apresentada como namora
Cinco anos depois...Depois que chegamos da nossa lua de mel a minha vida voltou ao normal. A cafeteria estava sendo administrada inteiramente pela Carol e pelo Vinícius.Eu estava envolvida com a minha empresa, com as ideias trazidas pelos colaboradores, em como estávamos sendo procurados pelo mercado, agora me sentia completamente realizada.Estava concentrada analisando um contrato quando minha sala foi invadida.- Meu amor! - Bruno veio ao meu encontro, virou minha cadeira e me beijou.- Ah! Meu amor! – exclamei colocando a mão no peito.- Desculpa, não queria assustar você ou o bebê – disse, acariciando minha barriga de quase nove meses.Saímos e fomos para casa, cheguei e recebi o melhor abraço do mundo. Nosso pequeno Breno nos abraçou com carinho. Breno tinha quatro anos e meio, sim, eu engravidei na lua de mel.Quando nos casamos, combinamos que ficaríamos livres para aceitar um filho assim que ele quisesse vir e nosso Breninho veio rapid