- Você também é rica agora, meu amor – disse sorrindo - Sério, foi difícil, porque queria esse prédio. O dono estava irredutível, levei meses - falava arrumando seus cabelos para trás dos ombros.- Mas a minha empresa não vai precisar de todos os andares - disse abraçada a mim e olhando a sala que era enorme.- Por enquanto não, mas quem sabe um dia. Separei quatro por enquanto. Só deixamos sua sala pronta, o resto é por sua conta senhora CEO - ergui as sobrancelhas. - As demais salas continuavam com contrato de locação com o antigo dono, quando os contratos forem vencendo veremos o que fazer - disse e beijei o topo de sua cabeça.- Perfeito! Você é perfeito, eu te amo!- Seria perfeito se você aceitasse marcar a data do casamento – disse fazendo um biquinho.- Bruno – sussurrou com lágrimas nos olhos.- Chega de me enrolar, senhorita Brandão. Casa comigo de uma vez?- SIM! – exclamou me puxando para um beijo apaixonado.- Amanhã? – perguntei esperançoso.- Não, daqui uns seis meses.
- Gisele - comecei falando devagar, fazendo carinho em suas mãos - depois de tudo o que Rogério fez com a Patrícia, juntei provas contra ele sobre toda a documentação que ele teve acesso ilegalmente, então - falava com cautela - pedi para que o advogado o procurasse.- E? - Ela levantou os olhos devagar e me encarou, mas não puxou as mãos, o que de certa forma me aliviou.- Ele ficou desesperado, com medo de ser processado e preso. Fizemos um acordo e ele não tem mais nenhuma cota na Invertcorp, nem as 10% que restaram. Além de ter que pagar uma indenização para Patrícia.- Que maravilha! - Gisele disse genuinamente feliz, um sorriso iluminou seu rosto.- Gisele, por tudo o que você sempre suportou, passei essas cotas para seu nome, nunca te deixaria desamparada – expliquei, com dó de minha mãe, no fundo ela foi usada e manipulada a vida inteira pelo crápula que era meu pai. Ele sempre foi sorrateiro se aproveitou da ingenuidade da minha mãe por ela ser tão jovem quando engravidou.Pr
Depois de três meses de preparo meu grande dia chegou. Eu estava feliz e ansiosa.Minhas amigas e mamãe estiveram comigo o tempo todo, quase o tempo todo. Roger que se encantou pela mamãe desde a primeira vez que a viu na ilha, a “roubava” vez ou outra para passeios, almoços, cafés, jantares, ficou nítido que ele estava encantado por ela.Isso me deixava feliz, saber que ela finalmente poderia seguir sua vida com alguém.Meu vestido era digno de princesa, não me importei que o casamento fosse na praia e meu vestido não condizia muito com o local, mas eu me sentia linda, completa, radiante.Era modelo tomara que caia, com decote coração, estilo sereia, ajustado na minha cintura. Todo o tecido era trabalhado em três tipos de renda e tule com algumas aplicações florais, nas costas havia vários botões que davam um ar super-romântico.Por cima da saia do vestido, vinha uma calda, sim eu quis, essa era a parte que não combinava com o local, mas logo a tiraria. Ao final
Gisele parecia está realmente arrependida da sua forma mesquinha, estava de coração aberto para mim e claro que eu a acolhi, falei que não tinha o que perdoar, o erro maior não fora dela, ela foi fútil mas infelizmente para ela, foi moldada dessa forma por está ao lado de alguém tão sem caráter quanto seu ex marido. No fundo eu precisava dessa trégua entre a gente, e nem sabia que precisava tanto, apesar de tudo Bruno ama muito a mãe e sei que não ficaria totalmente em paz se eu e ela não nos acertamos. Tirei um peso das minhas costas pois poderia fazer o homem que amo completamente feliz.Fiz a reconciliação por mim, por ele, por ela também que precisava de um novo recomeço, pelo nosso casamento e futuro filhos. Não seria justo crescer sem a vó por perto já que era algo que ela queria, fazer parte da nossa família.No fim Gisele demonstrou ser realmente aquela pessoa gentil que conheci na empresa, bem diferente da qual vi na sua casa quando fui apresentada como namora
Cinco anos depois...Depois que chegamos da nossa lua de mel a minha vida voltou ao normal. A cafeteria estava sendo administrada inteiramente pela Carol e pelo Vinícius.Eu estava envolvida com a minha empresa, com as ideias trazidas pelos colaboradores, em como estávamos sendo procurados pelo mercado, agora me sentia completamente realizada.Estava concentrada analisando um contrato quando minha sala foi invadida.- Meu amor! - Bruno veio ao meu encontro, virou minha cadeira e me beijou.- Ah! Meu amor! – exclamei colocando a mão no peito.- Desculpa, não queria assustar você ou o bebê – disse, acariciando minha barriga de quase nove meses.Saímos e fomos para casa, cheguei e recebi o melhor abraço do mundo. Nosso pequeno Breno nos abraçou com carinho. Breno tinha quatro anos e meio, sim, eu engravidei na lua de mel.Quando nos casamos, combinamos que ficaríamos livres para aceitar um filho assim que ele quisesse vir e nosso Breninho veio rapid
- Ele já chegou, meu amor – respondeu, com seu sorriso de canto, vindo na minha direção. - Como assim? - Quando você insistiu em vir, eu o chamei e dei algumas diárias para ele no hotel da ilha. Ele não queria, disse que aqui não tem tudo que precisa, mas como você sabe eu sei ser insistente – explicou fazendo um carinho na minha barriga. - Chama ele logo, homem! - gritei, o puxando pela camisa quando uma contratação me atingiu novamente porque a dor era intensa. Bruno, então, viu que não dispúnhamos de muito tempo e ligou para Mamãe e para o dr. Maurício Alguns minutos depois... - Senhor e senhora Ricci, eu não acredito! – Dr. Maurício falou jogando as mãos para o ar e me olhando preocupado depois de me examinar. - Faz alguma coisa!!! - gritava gemendo, o suor escorrendo pelo meu rosto, meus cabelos presos num coque desengonçado e as contrações chegando sem dó. - Espero que corra tudo bem, para um parto de emergência eu tenho tudo o que preciso aqui - disse calçando as luvas.
** Bruno**Cinco anos depois...Um contrato de vinte milhões, caramba!Olhei de volta para o papel, apenas para verificar novamente. Mas lá estava. Era uma proposta tentadora e perfeita.No rabisco claro e digno de Samuel, o diretor de uma grande empresa internacional de comunicação, contei oito zeros redondos a minha frente."Fique calmo, mantenha sua compostura, você já lidou com contratos grandes. Mas não tão grande quanto este". PenseiPassei o papel sobre a mesa para Carlos e vi seu rosto se transformar em descrença. Meu parceiro não sabia dizer se tínhamos recebido uma grande benção ou a pior mão de todas.Quem eu estava enganando? Era difícil jogar com calma nesse momento. Os Bragas queriam comprar SecureVault nosso gerenciador de senhas avançado por vinte milhões de dólares.Mas eu não queria entregar a SecureVault, mesmo por uma quantia dessas. E a falta de compostura de Carlos implicava a mesma coisa. Limpei minha garganta.- Samuel, Marta... esta é uma oferta extremamente
- Você faz o quê? - Engoli em seco enquanto olhava para a imponente parede de pedra diante de mim.Os suportes de plástico multicoloridos na parede de pedra pareciam divertidos, até que percebi que eles eram a única coisa entre mim e a morte iminente!- Você sobe. Sem corda - Beatriz explicou pela terceira vez. Estávamos em um encontro de mães na academia de escalada de um amigo do marido dela.Sim, Beatriz se casou e agora é mãe de uma linda menininha de dois anos chamada Jade. Ela desenvolveu o gosto por aventuras depois que conheceu seu marido, já que ele é um aventureiro nato.- E é seguro?- Sim. Eu prometo. Aqui, observe isso.Olhei enquanto Beatriz se aproximava da parede e enfiava a mão na pequena bolsa de giz em sua cintura. Então ela bateu palmas e uma nuvem de poeira branca flutuou ao seu redor.Eu rapidamente verifiquei meu telefone, mesmo sabendo que não haveria novas mensagens.Está tudo bem. Eles estão seguros. Isso estava se tornando meu mantra.Eu hesitei em deixar B