Bruno Ricci

Dois dias se passaram, resolvi ir à cafeteria de Patrícia, e Carol me atendeu. Tomei um capuccino delicioso e comi um donuts com meu recheio preferido. Patrícia nem chegou perto da minha mesa, ficou no caixa fingindo que eu era um cliente qualquer.

- Achei que o recheio de creme de chocolate ao leite com morango e um toque de limão tinha sido feito especialmente para mim – disse ao me aproximar do caixa.

- Foi idealizado por uma moça apaixonada que teve o coração partido - ela respondeu sem me olhar.

- Você é má.

- O senhor foi bem atendido? - perguntou como se falasse com um cliente desconhecido.

- Sim, mas preferia que você me atendesse.

- Ficou oitenta e um reis - olhou para o caixa.

- Pode ficar com o troco - disse ao entregar uma nota de duzentos.

- Nem pensar! - Ela me devolveu o troco.

- Sempre teimosa.

- Sempre insistente - ela me encarou e franziu o cenho.

- Posso te levar para casa?

- Não – disse firme.

- Vou te esperar! – exclamei, passando as mãos nos cabelos.

- Eu disse n
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