Os olhos dele eram delicados, esboçaram talvez até um encanto quando olhou ao redor do salão de convivência, as oito tinham sido escolhidas e ele não podia estar mais feliz com aquilo. Laura usava um vestido rosa rodado, o cutucava de vez em quando fazendo comentários nas notas do celular sobre as selecionadas, a garota fazia questão de pontuar quem eram suas favoritas, no final, alguns nomes da lista batiam. - Querido seu aniversário está chegando, já tem ideia do que quer fazer? - A voz delicada da mãe entrava nos ouvidos dele. A irmã o encarava esperando uma resposta, muitas coisas haviam mudado e algumas a incomodavam. - Não me olhe assim Laura. - Ele suspirava olhando para o pão - Bom, farei o que sempre faço, uma festa na Passion Fruit. - De halloween? - Parvati dava leves palminhas. O garoto assentiu mordendo o pão, logo após mastigar e engolir a voz do garoto diminuía de som, sua fala era dita apenas para a irmã, já que as selecionas também tomavam café da manhã junto
- Claro que não, gosto da sua companhia, somos bons amigos, recentes, mas bons amigos. - Falei. - Sim, Ravi precisa relaxar um pouco, ele ficou muito triste com o falecimento da avó, por isso estava ausente na semana anterior. - Falou ele enquanto caminhávamos por entre as árvores. - Queria estar com ele agora para poder consolá-lo. - Falo um pouco triste. Caminhamos em silêncio por um tempo até chegar a uma mesa, ficamos conversando lá por mais alguns minutos, ele precisava fugir de toda aquela agitação que era o palácio. Quando chegamos em casa um pouco tarde, ele me levou para o quarto, as minhas criadas já estavam lá para me ajudar a me arrumar para dormi. A quarta havia amanhecido muito conturbada, todos estavam correndo de um lado para o outro, hoje muitos da realeza de outros países chegariam para a grande festa do príncipe na sexta, desci para o café em meio aquela agitação, sempre me sentava ao lado de Ravi, mas nesse dia Pandora já estava lá. Não uma das cenas que eu
Exatamente as 20 horas em ponto estávamos prontas para sair, tínhamos nossos carros com nossos guarda-costas, eles não levariam até a boate Passion Fruit, que havia sido fechada para a festa de aniversário de Marco. Assim que chegamos alguns dos convidados haviam chegado, a música eletrônica estava ensurdecedora, e por todos os lados os garçons com abandejas de bebida e comida passavam por nós. - Que luxo tudo isso. - Falou Eliza. - Nem me fale, uma loucura fechar uma boate enorme dessas. - Falei sorrindo para Eliza. - Meninas vocês estão aqui, fiquei sabendo que a mexicana ali com chapéu de mariachi é a princesa do México. - Falou Clara – Mas não é só isso, ela também é a ex-namorada de Marco. - Como você descobriu isso. - Perguntei. - Ouvi a princesa do Brasil falando isso, parece que quando eles terminaram foi um termino muito legal. - Falou Clara. - Vamos curtir a festa, e pensar que logo o príncipe Dante pode escolher uma de nós. - Falou Eliza nos puxando para a pista de da
- Eu achei que me deixariam em paz esse ano! - Ela ria delicadamente - O que aconteceu? A mulher deixava cada um dos três entrarem, fazendo cafunés na cabeça deles. - Bom tia, Laura se sujou inteira! As criadas de Surya davam risadas e sussurravam entre si “Uma princesa moleca” logo eram repreendidas pelo olhar da senhora que voltava a se sentar para que terminassem a pintura em seu corpo para o Diwali. - E vocês querem que eu compre tempo? - Ela suspira - Está tudo bem, acho que posso me atrasar. - Dadee Ma (avó) não pode saber disso! - Radesh dizia tímido para mãe. - Dadee Ma (avó) é o solo desse ano meu querido - Radesh fazia uma cara de supressa. O jovem mais velho parecia estar surpreso também e com uma cara pensativa. - Ela não é velha para isso? E ela não começaria sem você? - Falava ele. Antes que a fala continuasse o príncipe ia para frente soltando um aí com a mão na cabeça. - Não fale assim da sua jid (avô em árabe), seu podre! - Ravi parecia furioso com o comentá
O futuro rei assentiu com a cabeça, pedindo perdão para o amigo, Ravi sempre havia sido racional com a situação que se encontrava e por ser o filho mais novo nunca seria pressionado para o casamento enquanto houvesse solteiros em sua frente, porém a perspectiva mudava quando se falava da garota. Marco puxou o amigo saindo da frente da porta então o levando até o quarto, ambos conversaram sobre os acontecimentos que ocorriam, tomaram algumas cervejas e falavam com uma intimidade imensa. - Você se incomodaria se eu levasse… Pandora para seu baile da embaixada? - Fala a princesa do México. - Ela já foi em eventos assim? - Ravi tomava um gole - No entanto, que ela não saia no soco com você, ela queria bater naquele babaca estilista e não preciso disso. - Pandora La Fuente bate na rainha do México em atividade beneficente. - Fala Marco.Ravi fazia um gesto para os céus como que pedisse para o divino que aquilo não acontecesse. - Não tem nada que você me peça com essa cara de cachorro.
Marco era o melhor amigo de Laura e ela era a melhor amiga dele, o coração do príncipe se machucava todas as vezes sabendo que a irmã tinha um incrível potencial e um brilhante futuro, porém por dentro ela era uma bomba prestes a explodir. Algumas lágrimas também caíram de seu rosto, por mais que a irmã fosse mais habilidosa em muitas coisas por ele a lei do primogênito permanecia. Aquela lei lhe deu a felicidade, mas também comprou a prisão de duas pessoas que ele amava intensamente. Seus pensamentos voltaram para hoje, com o encontro com Eliza, acredito que as coisas entre mim e a garota que parece ter saído de um romance do século dezenove está melhorando, e muito. Meu coração está cada vez mais dividido entre quem amar, mas não posso negar que ao entrar nessa boate quem me vem à mente é ela, com os olhos castanhos e o sorriso delicado. Verei aquela doce garota hoje, espero que tudo ocorra bem pois ela merece que tudo seja perfeito, acredito que a amo, quando falamos de amor pelo
A coelhinha era adorável com as bochechas rosadas e com flores a enfeitando. O casal caminhou até a roda gigante, onde se sentaram com a pelúcia os observando na frente. - Ela é fofa. - O olhar da garota estava pousado no presente que os encarava. - Fofa, doce e perfeita. - Ele dizia pensando em Eliza, abrindo um sorriso - Assim como você. A puxava para um beijo, delicado, ela sorria com o comentário, ele respirava fundo. Aquelas semanas pra Marco haviam sido novas descobertas, novas formas de expressar o que sentia, ele era grato por ter Eliza em sua vida, pois ela o tinha mostrado que quando sentimos, não devemos ter vergonha de mostrar. Lutando com tudo que ele sempre tinha visto em sua vida, a fala da alteza se iniciava de forma tímida: - Sabe Eliza, preciso te agradecer. - A voz demonstrava receio, ele nunca falava assim com ninguém - Por hoje, pelo último encontro. Eu me sinto confortável ao seu lado, você me encoraja a me abrir. Estar com você me faz esquecer de tudo, você
Os olhos da mãe brilharam ao ouvir ele falando em Hindi, os dois caminhavam em direção ao jardim do terceiro andar. Quando entraram, alguns pássaros voavam em volta e o pequeno lago artificial refletia as primeiras luzes do dia. Ele ajudou a mãe a se sentar no banco e então se sentou ao lado dela, sua reação foi pegar a mão da mulher assim como fazia quando era pequeno, ela sorria a acariciando com delicadeza. - Paarvatee ne mujhe bataaya ki kya hua. (Laura me contou o que aconteceu.) Laura a olhou alguns segundos para a mãe dizia o que fez a espinha se arrepiar, o olhar que ela direcionava ele não continha julgamentos apenas acolhimento.- Não sabia que vocês se falavam ainda... - Fala a mulher. A respondeu pensativo, o sol começava a subir totalmente no palácio externo do castelo a vista era linda, porém o interior era mais e os leves cantos dos primeiros bichos a acordarem já tocavam no ouvido dos dois. - Vah meree betee hai, aur tum mere bete ho, tum hamesha mere paas laut aao