15. Fria

Alexandre

Era engraçado – ou talvez trágico – como tudo podia mudar tão rápido. Um dia, Beatrice estava nos meus braços, dividindo segredos, toques, noites de paixão. No outro, ela era uma sombra do que tinha sido comigo, fria e inalcançável.

Eu a observava pelos corredores da escola, esperando qualquer resquício daquela mulher intensa, da mulher que fugia para os meus braços quando o mundo desmoronava ao redor dela. Mas não havia mais nada, nem mesmo amizade. Seus olhos, que um dia me procuraram cheios de necessidade, agora desviavam sem hesitação. Seu sorriso, que costumava se abrir para mim mesmo quando não havia motivo, estava ausente.

Era como se eu fosse um estranho. Mais um dos professores medíocres que ocupavam os cargos daquela escola.

Tentei falar com ela algumas vezes. Pequenas interações. Um "bom dia" que ficou sem resposta. Um "você t

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