Como um furacão, Anya entrou no escritório de Klaus com passos firmes, sua presença elegante e imponente em um tailleur preto perfeitamente ajustado, que realçava seu corpo. O cabelo, liso e brilhante, caía solto em seus ombros, emoldurando seu rosto, onde os olhos azuis brilhavam com uma mistura de raiva e determinação.A secretária de Klaus, visivelmente nervosa, correu logo atrás dela, quase tropeçando em seus saltos altos na ânsia de parar Anya antes que seu chefe a visse. Falhando miseravelmente e, imediatamente, entrando em pânico.— Senhor Hoffmann, tentei impedir, mas a senhora Anya passou direto... — lamentou em um pedido de desculpas, a voz trêmula, buscando um fio de compreensão para seu insucesso na entrada abrupta de Anya.Klaus, sentado atrás de sua imponente escrivaninha, ergueu uma sobrancelha e levandou a mão, fazendo um sinal para a funcionária calar, deixando evidente não ser necessário mais explicações desesperadas.— Deixe-nos a sós — ordenou frio e controlado.Ass
Anya saiu do prédio da Hoffmann Construções e Empreendimentos com passos rápidos, o coração amargurando o confronto com o pai e colocando fim ao que restava de amor e respeito por ele. A brisa fria da tarde acariciava seu rosto, mas não era o suficiente para esfriar a fúria que ardia dentro dela. Seu olhar se fixou em uma van preta estacionada em uma curva e, sem hesitar, entrou no veículo.O interior da van estava cercado de aparelhos eletrônicos, em que três policiais trabalhavam junto com Nikolas, que estava a sua espera.Anya tirou o microfone escondido sob a lapela de sua blusa e o entregou ao policial que o pediu.— Aqui está. — Sua voz estava firme, mas uma ligeira tremedeira em suas mãos revelava a intensidade do momento. — Contém minha conversa com Klaus. Ele não nega nenhuma das acusações, e até mesmo se vangloria de algumas delas. Espero que seja o suficiente para finalmente fazê-lo responder perante a lei pelos crimes que cometeu.O policial pegou o dispositivo e o analiso
Dias depois, a mansão dos Oliveira estava envolta em uma atmosfera de tranquilidade, Anya estavam sentada ao lado de Clara na sala de estar, entretida nos preparativos do casamento para não pensar nos eventos em torno da prisão de seu pai e de seu ex-marido.Mesmo tendo ouvido a campainha, seguiu observando a lista de todas as coisas que Clara desejava para festa, até uma empregada informar que havia uma senhora pedindo para falar com Anya. Ao ouvir o nome, ela se ergueu de imediato e disse para deixarem entrar, surpresa e expectativa duelando em seu peito.Elisa Hoffmann, impecável em um elegante vestido cinza claro, entrou na sala. Seu cabelo negro estava preso em um coque perfeito, e seus olhos azuis, tão semelhantes aos de Anya, estavam opacos da costumeira tristeza.— Mãe? — A voz de Anya saiu em um sussurro de incredulidade.— Precisamos conversar, Anya. A sós — pediu, algo em seu olhar deixando Anya preocupada.Clara, em pé ao lado de Anya, olhou desconfiada para Elisa. Como mã
A prisão federal era um lugar sombrio, o tipo de ambiente que absorve qualquer resquício de esperança e o transforma em um vazio sufocante. As paredes de concreto eram marcadas pelo tempo, e o cheiro de desinfetante barato permeava o ar, misturando-se ao cheiro de suor e desespero.Liam Petrov, antes um homem de elegância e poder, agora estava sentado em uma pequena cela, seus olhos azuis frios fixos no nada. O cabelo loiro-claro, que sempre estava perfeitamente arrumado, desgrenhado, assim como o homem que o usava. Sua postura, antes ereta e confiante, estava curvada sob o peso das correntes que ele mesmo criou.Passou os últimos dias remoendo cada detalhe de sua queda. A mente coberta pela raiva e frustração direcionadas a Klaus Hoffmann. O sogro havia prometido poder e riqueza, mas lhe entregou somente ruína. Sempre soube que seguir as ordens de Klaus era arriscado, mas nunca imaginou ser deixado sozinho para enfrentar as consequências.Klaus tinha saído da prisão após poucos dias,
O sol da manhã atravessava as janelas e iluminava a sala de jantar da mansão dos Oliveira, inundando o ambiente com uma luz suave e cálida. A família estava reunida em torno da grande mesa, onde o farto café da manhã foi disposto. Clara enchia-se sua xícara de café, enquanto Nikolas, Viktor e Anya seguiam em uma conversação leve.O ambiente estava tranquilo, mas havia uma tensão e ansiedade persistente no ar. Foi quando a campainha da mansão tocou.— Eu atendo — disse Anya, levantando-se rapidamente.Ao abrir a porta, deparou-se com Ricardo O’Connor, o melhor amigo e sócio de Nikolas. Ricardo parecia tenso, o que contrastava com seu habitual comportamento descontraído. Evitando seu olhar, perguntou sobre Nikolas. Anya o conduziu até a sala de jantar.— Bom dia a todos! — Ricardo abriu sua pasta e estendeu a Nikolas um envelope.Nikolas levantou-se e pegou o envelope.Todos os olhos se voltaram para o documento que ele começava a abrir.— O que é? — perguntou Anya se aproximando dele.N
A tensão na sala de estar da mansão dos Hoffmann era palpável. Anya apertou Max no colo, sentindo o pequeno corpo tremendo levemente. Nikolas estava ao seu lado, a presença calma e determinada oferecendo-lhe o suporte que precisava para enfrentar o pai barrando seu caminho.Ele deu um passo ameaçador em direção a Anya.— Faço e desfaço leis com facilidade, controlo quem eu quiser. Vocês não vão tirá-lo de mim — ele afirmou autoritário, carregando cada palavra com uma ameaça explícita. — Ele é um Hoffmann, deve ficar aqui, sob minha proteção.Anya ergueu o queixo, abraçando Max ainda mais forte. Sentia o calor e a respiração do menino contra seu peito lhe dar coragem.— Pai, a lei está do meu lado agora. Max é meu filho. Como mãe, tenho o direito de estar com ele. — Indicou o documento judicial que Nikolas carregava. — Este documento me garante a guarda provisória. Liam logo será condenado, e quando isso acontecer, ele perderá qualquer direito sobre Max.— Já disse que não ligo. Ele fi
Por insistência de Max, Anya o levou ao hospital particular em que Klaus foi internado.Segurando a mão de Max, que olhava ao redor com curiosidade, Anya entrou no quarto amplo e bem iluminado, com janelas grandes que permitiam a entrada de luz natural. Klaus Hoffmann, outrora uma figura imponente, agora estava deitado, imóvel, em uma cama hospitalar cercada por máquinas que monitoravam seus sinais vitais. O rosto, antes severo, parecia pálido e cansado, os cabelos grisalhos contrastando com a brancura dos lençóis.— Vovô ainda tá dormindo, mamãe — Max disse ao se aproximarem do homem desacordado, seus olhos azuis se enchendo de preocupação. — Vovô continua doente, mamãe?Elisa, que estava sentada ao lado da cama, levantou-se e se aproximou do neto.— Ele está descansando, querido — disse com um sorriso reconfortante, embora seus olhos tristes denunciassem a gravidade real do estado do marido. — O vovô precisa de muito descanso agora, mas com seu amor e carinho, ele vai ficar melhor.M
Era um dia perfeito para um casamento.No quarto, Nikolas se preparava para o grande momento e, diante do espelho, ajustava a gravata. Max, seu filho, estava ao lado, sentado na cama, balançando as perninhas enquanto observava o pai com curiosidade e admiração.Nikolas parou por um momento, observando pensativo sua imagem. O caminho até ali tinha sido longo e cheio de desafios, noites solitárias em que se perguntava se algum dia encontraria alívio para o insistente amor que Anya despertou nele. As dúvidas, que o assombrou por tanto tempo pareciam, agora, insignificantes. O que sempre prevaleceu, acima de tudo, foi o amor que sentia por ela — um amor que nunca esmoreceu, apesar de todas as mentiras criadas para se odiarem.Max interrompeu seus pensamentos, levantando-se da cama e se aproximando.— Papai, você está bonito — disse o menino sorrindo.Nikolas sorriu de volta, abaixando-se para ficar na altura do filho.— Obrigado, filho! — Olhou o menino de cima a baixo com aprovação — E vo