MERLYANaquela tarde, decidi fazer uma surpresa para meus pais. Eu estava andando com a ajuda de uma muleta, mas ainda não tinha mostrado a eles o quanto eu tinha progredido. Eu queria que eles vissem que eu estava me esforçando, que eu estava lutando para melhorar.Quando eles chegaram em casa, eu estava esperando por eles na sala de estar. Eu podia ver a surpresa em seus rostos quando me viram em pé, apoiada na muleta.— Merlya, você está... - minha mãe começou, mas as palavras pareciam ter fugido dela.— Estou andando, mãe. - eu disse, com um sorriso. - Ainda preciso da muleta, mas estou progredindo.Os olhos da minha mãe se encheram de lágrimas e ela correu para me abraçar. Meu pai também parecia emocionado, e ele se juntou ao nosso abraço.— Estou tão orgulhosa de você, Merlya. - minha mãe disse, com a voz embargada. - Você é tão forte.— E você vai continuar melhorando, filha. - meu pai acrescentou. - Nós estamos com você em cada passo do caminho. - vou contar essa novidade ao L
MERLYAMERLYA Justo no momento em que Alex estava se declarando para mim, a porta da sala de fisioterapia se abriu abruptamente. Viramos a cabeça e vimos Natália parada ali, segurando uma imagem de ultrassom nas mãos.— Alex, você precisa ver isso. - ela disse, com um tom de urgência na voz.Alex soltou minha mão e se virou para Natália. Ele pegou a imagem do ultrassom e olhou para ela, seu rosto se tornando pálido.— Natália, o que é isso? - ele perguntou, sua voz tremendo.— É o nosso bebê, Alex. - ela respondeu, com um sorriso triunfante no rosto. - Eu fiz o ultrassom hoje. Nós vamos ter um menino.Eu senti como se o chão tivesse sido arrancado de debaixo dos meus pés. Eu sabia que Natália estava grávida, mas a realidade da situação só atingiu agora. Alex ia ser pai. E o bebê não era meu.— Parabéns, Natália. - eu disse, tentando manter a compostura. - Alex, eu... eu acho que preciso de um tempo.Sem esperar por uma resposta, eu me virei e saí da sala. Eu podia ouvir Alex me chama
27 de janeiro de 2017Uau!! Eu não acredito no tanto de cerveja que eu bebi. Ajudo a Lara a colocar aquelas garrafas toda no lixo e, logo em seguida, Me sento na calçada da casa da minha amiga e comecei a comer um chocolate. — o que tá fazendo? — Disse Lara, notei que minha amiga já estava embreagada— Esperando meu irmão — bufei — minha mãe não para de pegar no meu pé , ele coloca na cabeça dela que eu sou uma irresponsável — quando vi um carro entrar na rua eu joguei a garrafa longe e limpei a boca — se ele sentir o cheiro eu só saio de casa daqui a 20 anos — vai lá amiga. Eu te amo — dei um abraço apertado nela. Lara põe a mão no peito — você está bem? - ela faz que sim com a cabeça e eu entro no carro.— merlya, merlya, Merlya... — ele chega perto demais de mim — vamos? — você tá bêbado?! - ele me encara antes começar a dirigir — você não pode dirigir bêbado... — cala sua boca!! — disse meu irmão, me dando um tapa forte no rosto —Aí de você se contar pro papai ou para o Lu
— Então é isso? Eu vou ficar paralítica para sempre? - perguntei com desespero para Luís.— Não, Lya, você tem chances de se recuperar... Mas vai precisar de muita fisioterapia e determinação. Em seis meses ou um ano, você pode voltar a andar. - ele se sentou ao meu lado e segurou minha mão - Eu sei que é difícil, mas você não está sozinha...— Eu não quero isso! - gritei com raiva - Quero que todos saiam daqui! - ninguém ousou me contrariar naquele momento e todos saíram do quarto, menos Lua - Você também, vai embora!— Eu não vou te abandonar, maninha... - ela sorriu com ternura - Quanto mais cedo você começar a fisioterapia, mais rápido vai se sentir melhor. - ela tinha razão, mas eu estava tão revoltada que não quis ouvir. Quando vi que teria que usar uma cadeira de rodas, eu entrei em pânico e tentei me matar durante a noite em casa. Meus pais, Lua, minhas amigas e o Luís tentaram me apoiar, mas eu me recusei a fazer a fisioterapia. Miguel levou uma surra do papai e do Luís qu
Cheguei na clínica e vi que a minha paciente já estava me esperando.— Bom dia, Melissa.Melissa: Bom dia, doutor. A sua paciente está na sala.— Obrigado. - Entrei na sala e me sentei na minha mesa, sem olhar para a frente. - Senhorita miller, você demorou muito para começar a fisioterapia. Você já deveria estar andando. - Quando levantei os olhos, encontrei o olhar castanho e expressivo dela. - O que houve?— Eu preciso contar o motivo? - Ela revirou os olhos. Que garota mal-educada. gostei!— Você tem razão, então boa sorte com a sua recuperação. — Abri a porta. — Tenha um bom dia.— Tá... Eu sei que você é o melhor... Do bairro. — Ela disse, cedendo um pouco, mas não muito. - Eu ri. - Eu não queria mais fazer terapia porque não acreditava que pudesse voltar a andar.— Uau, temos um progresso. - Um barulho do lado de fora da sala chamou a atenção de todos. - Li... - A porta se abriu com força e bateu na parede, quebrando a maçaneta.— Então é com essa aleijada que você me trai? - E
MERLYALua se colocou na minha frente e tentou impedir que a mulher se aproximasse de mim. Ela era a minha irmã e a minha melhor amiga. Ela sempre me defendia e me apoiava de tudo e de todos.— Você acha que eu vou me rebaixar a bater em uma aleijada? - ela disse com desprezo.— Chega, Natália! Você passou dos limites! - ele disse com raiva. Ele pegou o braço dela e tentou levá-la para fora.— Me solta, Alex! Você é um traidor! Você vai se arrepender de ter me trocado por essa coitada! - ela gritou e se soltou dele. Eu não aguentei mais ouvir aquelas ofensas. Eu peguei o controle da minha cadeira de rodas e acelerei na direção dela. Ela se assustou e saiu correndo pelo consultório.— Você é louca!!! — ela correu para a porta.— E não volte mais! - eu disse com ironia.Eu senti uma mão na minha cadeira e olhei para trás. Era uma loira bonita e sorridente.— Você fez uma coisa que eu queria fazer a muito tempo — ela disse com admiração - Eu sou Anahí Puerte, a irmã do Alex.— Prazer, eu
NARRADORFazia apenas um mês que Merlya tinha começado a sua fisioterapia. Ela sentia dor nas pernas, mas entendia que era parte do processo para que ela voltasse a andar novamente. Durante as três sessões que fez, ela e Alex se aproximaram muito e se tornaram amigos. o dia da festa havia chegado e Merlya estava animada para ir, mas também um pouco nervosa. Ela não sabia se Alex estaria lá, e se estivesse, como ele reagiria ao vê-la. Ela tinha sentimentos confusos por ele, mas também sabia que ele era seu fisioterapeuta, e que isso poderia complicar as coisas. Ela se arrumou com a ajuda de sua irmã, que escolheu um vestido vermelho e um colar de pérolas para ela. Ela se olhou no espelho e se sentiu bonita, mas também insegura. Ela se perguntou se Alex gostaria dela assim.Elas chamaram o motorista particular da família e foram para o endereço que Anahí tinha mandado. Era uma casa grande e iluminada, com música alta e muitas pessoas. Elas entraram e foram recebidas por Anahí, que as ab
Merlya voltou para a festa e procurou por Anahí. Ela a encontrou na sala, conversando com Luana e outros amigos. Ela se aproximou dela e a puxou pelo braço.— Anahí, eu preciso falar com você. — disse Merlya, com a voz trêmula.— O que foi, Merlya? Você está bem? Você está chorando? — perguntou Anahí, preocupada.— Não, eu não estou bem. Eu acabei de descobrir uma coisa terrível. — disse Merlya.— O que foi? Me conta. — disse Anahí, levando Merlya para um canto mais reservado.— Você sabe que a Natália está aqui? — perguntou Merlya.— Natália? A ex-namorada do Alex? O que essa lambisgoia tá fazendo aqui? — perguntou Anahí.— Isso mesmo. Ela apareceu lá fora e disse ao Alex que está grávida dele. — disse Merlya.— O quê? Não pode ser. Isso é mentira. Ela está tentando enganar ele. — disse Anahí, indignada.— Eu não sei, Anahí. Eu só sei que eu fiquei arrasada. Eu gosto do Alex, Anahí. Eu gosto muito dele. E ele também gosta de mim, eu sei que sim. Mas agora ele vai ter um filho com outr