27 de janeiro de 2017
Uau!! Eu não acredito no tanto de cerveja que eu bebi. Ajudo a Lara a colocar aquelas garrafas toda no lixo e, logo em seguida, Me sento na calçada da casa da minha amiga e comecei a comer um chocolate.— o que tá fazendo? — Disse Lara, notei que minha amiga já estava embreagada— Esperando meu irmão — bufei — minha mãe não para de pegar no meu pé , ele coloca na cabeça dela que eu sou uma irresponsável — quando vi um carro entrar na rua eu joguei a garrafa longe e limpei a boca — se ele sentir o cheiro eu só saio de casa daqui a 20 anos— vai lá amiga. Eu te amo — dei um abraço apertado nela. Lara põe a mão no peito— você está bem? - ela faz que sim com a cabeça e eu entro no carro.— merlya, merlya, Merlya... — ele chega perto demais de mim — vamos?— você tá bêbado?! - ele me encara antes começar a dirigir — você não pode dirigir bêbado...— cala sua boca!! — disse meu irmão, me dando um tapa forte no rosto —Aí de você se contar pro papai ou para o Luís. eu vou te matar! — ele diz acelerando o carro. - eu já tô cheio de ficar responsável por uma idiota que nem você!! Ah Miguel, você tem que buscar a lya, leva a lya para a faculdade?, Não deixar ela se meter em encrenca — b**e a mão no volante — Ninguém se quer pergunta se eu estou bem.— EU VOU FALAR PRA MAMÃE SE VOCÊ NÃO PARAR COM ISSO!! - tudo acontece muito rápido, eu sinto um impacto enorme do meu lado do carro e sou jogada pra frente... Eu tento falar, mas sinto uma dor insuportável no peito. Eu olho para o lado e vejo Miguel desacordado, com sangue escorrendo da testa. O carro está todo amassado e há vidros quebrados por toda parte. Eu ouço sirenes se aproximando e tento me mexer, mas não consigo. Eu sinto que estou perdendo a consciência e começo a chorar.— Lya! Lya! - eu ouço a voz da minha amiga, que parece estar do lado de fora do carro. Ela está gritando e chorando, tentando me acordar. Eu vejo o rosto dela pela janela, mas está tudo embaçado. Ela segura a minha mão e diz que vai ficar tudo bem, mas eu não acredito nela.Médico: Afastem-se, por favor! - eu ouço outra voz, mais firme e autoritária. É um médico, que está usando uma roupa azul escuro e um estetoscópio. Ele abre a porta do carro com dificuldade e me examina rapidamente. Ele diz algo no rádio e pede uma maca. Ele me coloca um colar cervical e uma máscara de oxigênio. Ele me diz para ficar calma e que ele vai me levar para o hospital.— Miguel... - eu sussurro, tentando olhar para o meu irmão. Eu não sei se ele está vivo ou morto. Eu sinto uma culpa enorme por ter brigado com ele, por ter bebido, por ter sido irresponsável. Eu queria pedir desculpas, mas não tenho forças. Eu só espero que ele esteja bem.— Não se preocupe com ele agora, Merlya. Você precisa se concentrar em você. Você sofreu um trauma grave e precisa de cuidados médicos urgentes. Você vai ficar bem, eu prometo. - ele me diz, enquanto me coloca na maca e me leva para a ambulância. Eu vejo Lara correndo atrás de mim, soluçando. Eu tento dizer algo para ela, mas não consigo. Eu fecho os olhos e rezo para que tudo isso seja um pesadelo.NARRADORA Como era de se esperar, Miguel saiu ileso do acidente e enquanto socorriam a irmã ele foi embora , sem que ninguém notasse sua falta. Dulce estava consciente mas muito machucada. Zoe, cunhada de Merlya andava pela rua para encontrar ela Lara se depara com uma cena chocante— o que houve...? Meu Deus, Merlya!! — grita ao ver o carro batido - Lya, você está me ouvindo?— Zoe!! — Lara corre até ela e a abraça forte — Ela vai ficar bem, não vai? — zoe anda abalada , pega o celular e liga para a emergência e depois para o irmão dela - Luís!! Eu tenho uma coisa urgente para te falar...— Meu Amor, o que aconteceu? Tem a ver com o nosso bebê?— não. tem haver com a merlya...MERLYAAcordei com uma sensação estranha no corpo. Olhei para o lado e vi meu irmão, Luís, examinando os aparelhos que estavam ligados a mim. Do outro lado da cama, minha mãe dormia abraçada à minha irmã, Lua. Tentei mexer os pés, mas não senti nada.— Ei, calma aí - ele colocou a mão no meu ombro, me impedindo de me levantar - Você acabou de sair de uma cirurgia, precisa ficar quieta e me explicar o que aconteceu.— Cirurgia? O que houve comigo? Por que não estou sentindo as minhas pernas? - Minha voz saiu em um grito, fazendo minha mãe acordar assustada.— Merlya... - Ele foi interrompido por um enfermeiro que entrou no quarto com alguns papéis na mão.Enfermeiro: Doutor Miller? - Ele entregou os papéis ao meu irmão, que era médico.— O que diz aí? - Eu perguntei, ansiosa. Meu irmão se afastou um pouco e foi até o canto do quarto, onde meu pai estava sentado em uma cadeira. Ele parecia abatido e preocupado. - LOUUUU! - Eu gritei, usando o apelido que eu tinha dado a ele quando éramos crianças. - Mãe, por que ele está tão quieto? Tem alguma coisa errada comigo?— Oh, lya... - Ele suspirou e voltou para o meu lado. Seu rosto estava sério e triste. - Você está paraplégica... - Ele disse, baixinho.— O quê? Não pode ser! - Eu entrei em pânico e puxei os lençóis, tentando ver as minhas pernas. Eu me esforcei ao máximo para movê-las, mas nada aconteceu. - Foi o Miguel, não foi? Ele fez isso comigo! - Eu acusei, lembrando do meu ex-namorado que tinha me traído e me humilhado na frente de todo mundo. Meu pai se levantou da cadeira e fechou a cara.— Nós achamos que tinha sido algum outro garoto que você estava saindo... — respondeu Luis em choque.— Então é isso? Eu vou ficar paralítica para sempre? - perguntei com desespero para Luís.— Não, Lya, você tem chances de se recuperar... Mas vai precisar de muita fisioterapia e determinação. Em seis meses ou um ano, você pode voltar a andar. - ele se sentou ao meu lado e segurou minha mão - Eu sei que é difícil, mas você não está sozinha...— Eu não quero isso! - gritei com raiva - Quero que todos saiam daqui! - ninguém ousou me contrariar naquele momento e todos saíram do quarto, menos Lua - Você também, vai embora!— Eu não vou te abandonar, maninha... - ela sorriu com ternura - Quanto mais cedo você começar a fisioterapia, mais rápido vai se sentir melhor. - ela tinha razão, mas eu estava tão revoltada que não quis ouvir. Quando vi que teria que usar uma cadeira de rodas, eu entrei em pânico e tentei me matar durante a noite em casa. Meus pais, Lua, minhas amigas e o Luís tentaram me apoiar, mas eu me recusei a fazer a fisioterapia. Miguel levou uma surra do papai e do Luís qu
Cheguei na clínica e vi que a minha paciente já estava me esperando.— Bom dia, Melissa.Melissa: Bom dia, doutor. A sua paciente está na sala.— Obrigado. - Entrei na sala e me sentei na minha mesa, sem olhar para a frente. - Senhorita miller, você demorou muito para começar a fisioterapia. Você já deveria estar andando. - Quando levantei os olhos, encontrei o olhar castanho e expressivo dela. - O que houve?— Eu preciso contar o motivo? - Ela revirou os olhos. Que garota mal-educada. gostei!— Você tem razão, então boa sorte com a sua recuperação. — Abri a porta. — Tenha um bom dia.— Tá... Eu sei que você é o melhor... Do bairro. — Ela disse, cedendo um pouco, mas não muito. - Eu ri. - Eu não queria mais fazer terapia porque não acreditava que pudesse voltar a andar.— Uau, temos um progresso. - Um barulho do lado de fora da sala chamou a atenção de todos. - Li... - A porta se abriu com força e bateu na parede, quebrando a maçaneta.— Então é com essa aleijada que você me trai? - E
MERLYALua se colocou na minha frente e tentou impedir que a mulher se aproximasse de mim. Ela era a minha irmã e a minha melhor amiga. Ela sempre me defendia e me apoiava de tudo e de todos.— Você acha que eu vou me rebaixar a bater em uma aleijada? - ela disse com desprezo.— Chega, Natália! Você passou dos limites! - ele disse com raiva. Ele pegou o braço dela e tentou levá-la para fora.— Me solta, Alex! Você é um traidor! Você vai se arrepender de ter me trocado por essa coitada! - ela gritou e se soltou dele. Eu não aguentei mais ouvir aquelas ofensas. Eu peguei o controle da minha cadeira de rodas e acelerei na direção dela. Ela se assustou e saiu correndo pelo consultório.— Você é louca!!! — ela correu para a porta.— E não volte mais! - eu disse com ironia.Eu senti uma mão na minha cadeira e olhei para trás. Era uma loira bonita e sorridente.— Você fez uma coisa que eu queria fazer a muito tempo — ela disse com admiração - Eu sou Anahí Puerte, a irmã do Alex.— Prazer, eu
NARRADORFazia apenas um mês que Merlya tinha começado a sua fisioterapia. Ela sentia dor nas pernas, mas entendia que era parte do processo para que ela voltasse a andar novamente. Durante as três sessões que fez, ela e Alex se aproximaram muito e se tornaram amigos. o dia da festa havia chegado e Merlya estava animada para ir, mas também um pouco nervosa. Ela não sabia se Alex estaria lá, e se estivesse, como ele reagiria ao vê-la. Ela tinha sentimentos confusos por ele, mas também sabia que ele era seu fisioterapeuta, e que isso poderia complicar as coisas. Ela se arrumou com a ajuda de sua irmã, que escolheu um vestido vermelho e um colar de pérolas para ela. Ela se olhou no espelho e se sentiu bonita, mas também insegura. Ela se perguntou se Alex gostaria dela assim.Elas chamaram o motorista particular da família e foram para o endereço que Anahí tinha mandado. Era uma casa grande e iluminada, com música alta e muitas pessoas. Elas entraram e foram recebidas por Anahí, que as ab
Merlya voltou para a festa e procurou por Anahí. Ela a encontrou na sala, conversando com Luana e outros amigos. Ela se aproximou dela e a puxou pelo braço.— Anahí, eu preciso falar com você. — disse Merlya, com a voz trêmula.— O que foi, Merlya? Você está bem? Você está chorando? — perguntou Anahí, preocupada.— Não, eu não estou bem. Eu acabei de descobrir uma coisa terrível. — disse Merlya.— O que foi? Me conta. — disse Anahí, levando Merlya para um canto mais reservado.— Você sabe que a Natália está aqui? — perguntou Merlya.— Natália? A ex-namorada do Alex? O que essa lambisgoia tá fazendo aqui? — perguntou Anahí.— Isso mesmo. Ela apareceu lá fora e disse ao Alex que está grávida dele. — disse Merlya.— O quê? Não pode ser. Isso é mentira. Ela está tentando enganar ele. — disse Anahí, indignada.— Eu não sei, Anahí. Eu só sei que eu fiquei arrasada. Eu gosto do Alex, Anahí. Eu gosto muito dele. E ele também gosta de mim, eu sei que sim. Mas agora ele vai ter um filho com outr
— Alex, eu sei que isso é difícil para você, mas eu preciso que você me escute. Eu sei que nós terminamos, mas eu ainda te amo. E eu sei que você também me ama, lá no fundo. Nós fomos feitos um para o outro. Nós temos uma história juntos, e agora nós teremos um filho juntos. Um filho que precisa de um pai, de uma família. Você não pode negar isso, Alex. Você não pode fugir da sua responsabilidade. Você tem que ficar comigo. Você tem que me dar uma chance. Nós podemos ser felizes juntos. Nós podemos criar o nosso filho com amor e carinho. Por favor, Alex, não me rejeite. Não rejeite o nosso filho. Ele é seu, Ele é seu. — disse Natália, o beijando Alex se afastou de Natália e empurrou-a para longe dele. Ele estava furioso e assustado com as palavras de Natália. Ele não acreditava nela. Ele achava que ela estava mentindo, que ela estava tentando enganá-lo. Ele não queria ficar com ela, nem com o filho dela. Ele queria ficar longe dela.— Para com isso, Natália! Para de mentir! Eu não te
Eu contei, mas ele não me ouviu. Ele não quis me ouvir. Ele me rejeitou, dona Maria. Ele me rejeitou e ao nosso filho. Ele disse que não me ama, que não quer ficar comigo, que não quer saber do nosso filho. Ele disse que vai fazer um teste de DNA para provar que o filho não é dele. Ele disse que vai me denunciar por falsidade ideológica e tentativa de extorsão. Ele disse coisas horríveis para mim, dona Maria. Coisas que me magoaram muito. — disse Natália, chorando.Dona Maria ficou indignada ao ouvir as palavras de Natália. Ela não podia acreditar que o seu filho fosse capaz de agir assim com a mãe do seu neto. Ela sentiu uma raiva e uma decepção por Alex.— Não pode ser, Natália! Não pode ser! O meu filho não pode ter feito isso com você! Ele não pode ter feito isso com o meu neto! Ele não pode ser tão cruel, tão insensível, tão irresponsável! Ele tem que assumir o seu filho, Natália! Ele tem que ficar com você! Ele tem que formar uma família com você! Ele tem que te amar, Natália! El
MERLYAEu estava na sala, assistindo a um programa qualquer, quando ouvi a campainha tocar. Comecei a controlar a minha cadeira e me dirigir até a porta. Natália estava encostada na porta, segurando um teste de gravidez.— Sabe o que é isso? - ela me encarou com raiva - Eu estou grávida do Alex. Você tem que terminar com ele para que esse bebê tenha um pai.Natália me olhou com uma mistura de fúria e loucura.— Não me interessa o que você tem a dizer - eu disse friamente - Você não tem o direito de vir à minha casa e me pedir isso.Eu puxei Natália pelo braço e empurrei-a para fora da minha casa. Ela tentou resistir, mas eu era mais forte.— Merlya, você não sabe com quem está lidando... TEMOS QUE CONVERSAR!! - ela gritou enquanto eu tentava fechar a porta— Conversar sobre o quê? Eu não quero nada com o Alex. Eu... Eu não posso!!Eu bati a porta na cara dela e tranquei-a com chave. Eu voltei para a sala e peguei o meu celular. Eu liguei para o Alex imediatamente.— Alô? Merlya? O que