Alguns dias se passaram depois disso, Dominic e Lucinda continuavam desaparecidos e quanto mais o tempo passava, mais eu me preocupava... Nossas vidas seguiram normalmente, eu trabalhava, estudava, tentava ajudar Lucy, depois Mariana etc... e assim foi todos os dias.
Eu estava em casa com mamãe e Edward (o médico), quando passei mal. Mamãe pediu que eu tomasse um banho e que fosse deitar, se não melhorasse eu seria levada até o hospital. Edward concordou, embora nimguem o houvesse chamado na conversa.
Cambaleei até o banheiro e tomei um banho, a água quente caindo em minhas costas foi extremamente reconfortante. Depois disso fui para a cama, me joguei em baixo das cobertas e fechei os olhos. Minutos depois eu já estava dormindo.
Fui acordada com alguém acariciando meus cabelos. A principio achei que fosse mamãe, mas quando me deparei com aqueles pequenos olhos azul piscina me encarando, levantei num pulo e c
Depois que convencemos Nicole a falar com John, e ele fazer um turbilhão de perguntas a ela, por mais incrível que pareça, ela dormiu no sofá marrom e extremamente confortável da casa dele. &n
Mas pra onde eu iria? como começar a busca por três pessoas desaparecidas? eu não sabia onde procurar... eu não tinha como procurar... Mesmo assim, mesmo frustrada e sem rumo nenhum, peguei minha bolsa já preenchida com coisas que poderiam me livrar de uma situação de risco (PS: eu não tinha uma arma, mesmo que naquele momento ter uma arma seria ótimo) e sai, o plano era pegar um táxi até a casa de Mariana, para depois, juntas, procurarmos os desaparecidos. Eu estava pronta para telefonar para a companhia de táxi quando um motoqueiro parou ao meu lado e desceu da moto rapidamente, logo em seguida tirou o capacete. - Felipe! - gritei enquanto me atirava em seu pescoço o puxando para um abraço apertado. - Analu! - ele gritou imitando minha voz. - Tudo bem? - perguntei. - Comigo tudo ótimo... o que não ta bem é o que aconteceu
Entramos no galpão infernal de mãos dadas, Felipe dissera que seria melhor assim, seria um ( ela está comigo, não se preocupem)... Claro que obedeci não é? afinal, eu estava entrando no lugar dos demônios, e embora eu fosse metade demônio, o único com quem me sentia bem era Daniel, e olhe lá... - estamos seguros? - perguntei pela milésima vez enquanto era encarada por vários garotos de uns quinze ou &
Daniel entrou no mercado exatamente dezessete minutos depois, sei disso pois foram os dezessete minutos mais longos de minha vida. Assim que ele me viu seus olhos brilharam... e eu tive certeza do quanto ele me amava, sempre desposto a sair de onde quer que seja para me salvar, e sempre feliz pelo simples fato de eu estar bem... eu queria poder um dia, ser a metade do que ele é para mim, eu quero poder agradecê-lo verdadeiramente, e não só com palavras.Ele me abraçou, mas foi um abraço rápido, então me pegou pelo pulso e puxou até seu carro... Não era bem o que eu imaginava que ele fosse fazer, mas levando em conta as circunstancias, era até um ato compreensível...- o que acha que estava fazendo? - Daniel disse gravemente assim que pegamos a rodovia.- Eu precisava fazer alguma coisa... eu vim tentar procurar alguma pista, alguma c
Acabei por não ver Lucinda, para mim já era suficiente saber que ela estava bem... Minha cabeça latejava, eram tantas as emoções que eu sequer sabia dizer o motivo. Daniel achava que pedir desculpas depois daquelas coisas horríveis seria suficiente, mas eu não esqueço essas coisas, não de uma hora para a outra. Eu estava no quarto pensando sobre tudo o que estava acontecendo quando ouvi um barulho na janela, me virei rapidamente e lá estava Felipe, me olhando arrependido. - Eu sinto muito Analu, eu não achei que... - está tudo bem, - falei - mas você deve ir em bora. - Ir em bora? mas acabei de chegar... não podemos conversar um pouco? - ele me fitou sério - por favor... - Felipe, eu não estou com cabeça para conversar agora, está acontecendo muitas coisas e... enfim, você tem que ir agora! - Eu não vou sair daqu
De duas coisas eu tinha certeza, primeira: Eu amava Daniel mais do que minha própria vida, segunda: eu estava total e completamente confusa sobre o que fazer. Naquela noite, quando Daniel foi embora, a primeira coisa em que pensei foi em como estava arrependida, e cheguei a conclusão de que não estava nervosa pelas coisas que ele havia me dito, no fundo eu sabia que tinham sido da boca pra fora, a verdade era que eu estava nervosa por eu pensar aquelas coisas, eu era mesmo a garotinha boba que ficava em perigo e esperava por ele, e sabia que sem ele eu não duraria algumas horas. E mesmo assim, mesmo diante de tantas burrices ele ainda estava ali, sempre a disposição, e sou muito grata por isso, mas não posso deixar que se torne rotina, não mais, eu precisava viver por mim, eu precisava ser independente ao menos uma vez na vida, e manda-lo em bora era a melhor maneira de fazer isso. No dia seguinte, a primeir
- Sabe Daniel... - falei depois do que pareceu uma eternidade - eu não podia ter feito isso. Ainda estávamos no carro, e depois do beijo, um silêncio constrangedor tomou conta do lugar. - O quê? - ele perguntou meio distraído, mas a voz era doce e calma. - Beijar você, e dizer que te amo... não foi certo. - por quê? não é a verdade? - é... e é esse o problema, nós não podemos continuar... eu não quero continuar. - não quer? - ele me olhava confuso - Analu, explique isso direito! - pra mim já deu, eu... tenho motivos que são meus, então apenas fique longe ok? Eu finalmente tinha tomado a decisão certa, quando coloquei a mão na fechadura da porta, Daniel a travou e ligou o carro. - Você não vai sair. - ele disse sorrindo, mas não era um sorriso de quem estava brincando,
No dia seguinte quando acordei, tudo estava bem de novo. Tomei um banho e me arrumei, ficar em casa só piorava as coisas. Liguei para Lucy e a convidei para ir até o Shopping, lugar que ela adorava. Peguei o Punto e busquei Lucy em sua casa, dessa vez Lucinda foi conosco, coisa que era estranha, mas sequer questionei. - Fico feliz que esteja finalmente seguindo meu conselho amiga! - Lucy disse animada. - é... - Lucinda completou - acho que depois que ela terminou com o namoradinho ficou com medo de andar por ai sozinha... - por quê ela ficaria com medo? - Lucy perguntou antes que eu pudesse formular uma resposta. - Ué... apenas medo, sabe como é. - Lucinda continuou. - Acho que ela não sabe o que diz... - falei. - Tem certeza Analu? - Lucinda perguntou, e tive a impressão de que ela sabia de tudo. <