No dia seguinte quando acordei, tudo estava bem de novo. Tomei um banho e me arrumei, ficar em casa só piorava as coisas. Liguei para Lucy e a convidei para ir até o Shopping, lugar que ela adorava.
Peguei o Punto e busquei Lucy em sua casa, dessa vez Lucinda foi conosco, coisa que era estranha, mas sequer questionei.
- Fico feliz que esteja finalmente seguindo meu conselho amiga! - Lucy disse animada.
- é... - Lucinda completou - acho que depois que ela terminou com o namoradinho ficou com medo de andar por ai sozinha...
- por quê ela ficaria com medo? - Lucy perguntou antes que eu pudesse formular uma resposta.
- Ué... apenas medo, sabe como é. - Lucinda continuou.
- Acho que ela não sabe o que diz... - falei.
- Tem certeza Analu? - Lucinda perguntou, e tive a impressão de que ela sabia de tudo.
<Estar com o grupo todo novamente foi pior do que eu imaginei que seria, sem Daniel e Dominic jamais seria a mesma coisa... E mais uma vez, fui tomada pela saudade. Então pude entender um pouco do que Mariana sentira ao perder Dominic, claro que no caso dela era um pouco pior. Ao menos eu sabia que Daniel estava bem, quer dizer, ele estava não é? Fechei a cara quando Mike passou pela porta com aquele sorriso de mafioso, ele trazia consigo uma garota e três homens, todos incrivelmente bonitos. Era uma das principais características de um demônio. - Sou Luna, - disse a garota depois do que pareceu uma eternidade de anjos e demônios se encarando- estes são Homero, Peter e Elliot... e o Mike não precisa de apresentação. - eu não preciso mais eu gostaria,- ele brincou - que seja, estamos aqui... qual é o plano? - Este é o problema! - Jonas disse abrindo a boca pela primeira vez de
- Pra começo de conversa, eu não fisguei ele... estávamos apenas conversando. - respondi sorridente. - a é? e por quê ele veio conversar com você? -Ele não veio conversar comigo... eu acidentalmente derramei coca cola nele, e então, como qualquer pessoa educada ele foi gentil. - pareceu mais do que gentil para mim... qual o nome dele? - Leinad, - quando falei o nome dele algo dentro de mim mudou, eu só não sabia dizer o quê. - Leinad? - ela gargalhou - vou procurar saber mais sobre ele. - Não faça isso Maria... é desnecessário! - completei enquanto a garçonete colocava nosso pedido sobre a mesa. - Ah Analu... se ele não fosse tão bonito eu faria você descartar ele só por ter esse nome... que tipo de mãe é a dele? - é só um nome. - murmurei - e não é tão estranho assim,
Acordei tarde naquele dia, mamãe já estava fora, trabalhando... Desci para a cozinha, estava faminta. Acabei sentada nas banquetas comendo cereal. - Isso é bom? - Mike perguntou se sentando ao meu lado. - O que você está fazendo aqui?! - Gritei. Corri para o lado oposto do balcão, Mike me olhava satisfeito. - Desculpe, - ele sorriu - não quis te assustar. - eu não quero saber Mike, saia daqui... agora! - Por favor Analu, só quero conversar... - Seus olhos eram sinceros. - conversar? - falei pausadamente - e você não podia bater na porta? - Claro que não! - ele disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo. - não? - não... por que se eu tivesse batido na porta você se vestiria antes de abrir. - O quê? - perguntei confusa.
Acabamos por assistir à um filme sobre entidades que se apoderavam de outros corpos, e no final, eu sequer me lembrava do nome... - Está com medo? - Leinad perguntou assim que entramos no carro. Fiz que sim, ciente de que passaria a noite sozinha no meu enorme quarto. - acha mesmo que essas coisas podem acontecer? - questionou sorrindo. - o que? - o corpo ser de alguém, mas o que está dentro... de repente, não ser. Nós dois trememos. Ele ligou o carro. - não sei Leinad... - disse, há tempos que poucas coisas me surpreendem. Se eu acreditava nessas coisas? é claro que sim. - bom... - Leinad disse encerrando o assunto - vamos comer alguma coisa agora? Chequei rapidamente o visor do meu celular, eu ainda tinha uma hora e alguns minutos. &n
Depois de convencer mamãe de que eu havia demorado por causa da pizza, subi para o meu quarto e me joguei na cama, sem nenhum pingo de sono. Aquilo tudo estava muito estranho, um bebê, uma foto minha... o que mais faltava para eu entender que ele era encrenca? Eu tinha que tomar cuidado, Daniel não estava ali para me proteger. Fui para minha escrivaninha, precisava desabafar! Daniel... As coisas aqui estão bem complicadas e assustadoras, se lembra do Leinad? ele não é tão perfeito quanto parece, na verdade, minhas desconfianças são de que ele sequer seja perfeito... Estava em sua casa, ele havia me deixado sozinha na sala, quando uma mulher entrou e me deu um bebê, eu não sei o por quê, mas estou com medo de descobrir... E isso não foi a unica coisa de estranho que aconteceu hoje, Leinad t
Era como se eu o tivesse perdido outra vez, e foi insuportável, cada segundo que se passou após isso... Só conseguia pensar em ligar para ele, mas eu já havia tentado meses antes, e muito provavelmente ele havia mudado de numero. Meu coração batia com dificuldade, lutando para sobreviver ao espancamento que levara da vida... O que me fez pensar, quanto tempo mais eu aguentaria? O quanto o meu coração aguentaria? Dei um breve sorriso amarelo para Edwart ao sentar, estávamos todos à mesa prontos para tomar o café da manhã e ir cada um para um lado. - Bom dia Analu... - ele disse retribuindo o sorriso. Não respondi e mordisquei um pedaço da panqueca que estava em meu prato. - Teve um pesadelo ontem a noite? - Edwart perguntou tentando puxar assunto. - Muito pe
Esperei por John totalmente aflita, tinha medo de que acontecesse novamente... Na verdade eu tinha medo de tantas coisas, que ia acabar pirando.Não sai do quarto até que a campainha tocasse, John era educado de mais para usar a janela. E por um momento jurei para mim mesma que nunca mais reclamaria disso, afinal, a porta já havia se tornado desnecessária.Passei por minha mãe no corredor, ela me olhou assustada ao me ver.- é para mim - falei.Ela assentiu. estava com medo de mim, dava para sentir isso.Abri a porta e me deparei com John, Mariana já o havia comunicado do incidente, e pelo que eu vi em seus olhos, a coisa era séria.- é muito ruim? -perguntei fechando a porta atrás de mim.Ele suspirou por um longo tempo.
O vento bateu em meu rosto, estava me punindo por ser tão burra. Eu caia rapidamente, não era um lugar tão alto a ponto de demorar para alcançar o chão, mas tudo parecia estar em câmera lenta, exceto meus pensamentos. Por quê eu estava fazendo aquilo? já não importava, era tarde de mais para se arrepender... na verdade, era tarde de mais para fazer qualquer coisa. Abaixo de mim eu via o chão se aproximando, cada vez mais perto, cada vez mais assustador. Tudo em que eu conseguia pensar era em quando meu corpo o alcançasse. Sentiria dor? ou seria rápido o bastante para sequer notar? E quanto a mamãe? e John? Era tudo tão distante e perfeito agora. Só ali, a ponto de estourar minha cabeça no chão que percebi que não importavam os problemas, enquanto ainda houvesse vida, ainda haveria chance. E de repente meu corpo se estabilizou no ar, leve e sereno... ao invés de descer rumo ao ch